“Quando
chegou a hora de apresentar todas as provas, entregou um nada e depôs sobre um
vazio", diz o advogado Ticiano Figueiredo, presidente do Instituto de
Garantias Penais; “a montanha pariu um rato” é a expressão corrente no mundo
jurídico para o depoimento de Moro à PF
Foto: Lula Marques) |
247 - Um grande
fiasco. Esta é a sensação do mundo jurídico sobre as acusações de Sergio Moro a
Jair Bolsonaro em seu depoimento à Polícia Federal. A frase mais comum sobre o
depoimento é uma que, ironicamente, foi usada no passado pelo próprio Moro para
tentar desqualificar as revelações da Vaza Jato: a montanha pariu um rato.Para
Ticiano Figueiredo, presidente do Instituto de Garantias Penais, o depoimento
de Sergio Moro à PF mostrou que o ex-juiz tem percepção distorcida sobre o que
são provas acusatórias. "No discurso de despedida, imputou uma série de
crimes ao presidente. Quando chegou a hora de apresentar todas as provas,
entregou um nada e depôs sobre um vazio", disse o advogado ao Painel da Folha de S.Paulo.
Ministros do STF, advogados, integrantes
da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República avaliam que o
depoimento de Moro trouxe poucas novidades e carece de elementos para que, de
fato, possa provar crimes de Jair Bolsonaro.
Em conversas com pessoas próximas, o procurador-geral da República, Augusto Aras,
tem dito que é impossível que o inquérito prospere para uma denúncia contra
Bolsonaro.
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