Depois do
ataque desferido neste domingo contra as instituições democráticas durante ato
golpista na frente do Palácio do Planalto alegando ter o apoio das Forças
Armadas, estas são obrigadas a se explicar e dizer com clareza se estão com o
golpe bolsonarista ou com a Constituição
Ministro da Defesa, Fernando Azevedo. (Foto: Isac Nóbrega/PR) |
247 - Na véspera do ato
em que Bolsonaro novamente ameaçou liquidar a ordem democrática, o ocupante do
Palácio do Planalto se reuniu com os três comandantes de Forças, o ministro da
Defesa, general Fernando Azevedo, e o chefe da Secretaria de Governo, general
Luiz Eduardo Ramos, informa o jornalista Igor Gielow da Folha de S.Paulo.
A assessoria do Ministério da Defesa,
segundo o jornalista, fez “uma avaliação do emprego das Forças Armadas na
Operação de Combate ao Coronavírus, além de avaliação de determinados aspectos
da conjuntura atual”. Durante a reunião, o Supremo Tribunal Federal foi
duramente criticado pelos presentes.
"Isso significa que os generais deram
amparo à nova intentona retórica do presidente?", questiona o jornalista.
"O uso feito
por Bolsonaro dos militares, ainda mais depois de estar cercado deles,
explicita o real drama para a os fardados: a intrínseca conexão com a política,
algo que conseguiram evitar durante boa parte do período
pós-redemocratização".
"O preço de imagem ainda é
insondável, mas apenas o fato de serem questionados acerca de seus desígnios
evidencia o tamanho do gênio que permitiram sair da garrafa ao se alinhar a
Bolsonaro, Os militares terão de responder sobre o discurso golpista do presidente",
finaliza Gielow.
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