Ratinho Júnior (Foto: Franklin de Freitas) |
O governador
Ratinho Júnior (PSD), afirmou que o Paraná pode passar a ter que adotar uma
política de "quarentena pesada", se a população não colaborar
mantendo o isolamento social contra a disseminação do coronavírus. Ratinho
voltou a defender que os paranaenses evitem sair de casa e mantenham cuidados
recomendados pelas autoridades de saúde, para que não seja preciso tomar novas
medidas para evitar aglomerações. Ele afirmou, por exemplo, que as pessoas
devem evitar usar o transporte coletivo em momentos de pico.
"A aglomeração tem que ser evitada.
Transporte público, nós não podemos ter ônibus lotados. Isso é uma maneira que
acaba propagando essa infestação do vírus de forma muito rápida. Então se tiver
ônibus muito cheio, não entre, espere outro ou mude seu cronograma de sair de
casa", afirmou. "Essas são as recomendações básicas que nós temos que
tomar, se não o Estado, em algum momento vai ter que fazer daí sim uma quarentena
pesada que é o que nós queremos evitar se a população colaborar", alertou
o governador.
“Não é uma corrida de 100 metros. É uma
maratona que requer meses ainda de planejamento. Quero agradecer à população
paranaense que tem compreendido a importância de ficar em casa. Temos 550 casos
confirmados em 30 dias, mas isso não quer dizer que vencemos a guerra. O
isolamento social continua. Temos que proteger a todos, principalmente nossos
idosos”, afirmou o governador, em transmissão via redes sociais feita do
Hospital do Rocio, em Campo Largo, na região Metropolitana de Curitiba. O local
recebeu novos leitos exclusivos para o tratamento da Covid-19.
Ratinho Júnior declarou que não há prazo
para a retomada de todas as atividades na economia. Ele destacou que não há uma
proibição por parte do Governo do Estado, mas apenas uma orientação sobre o que
deve ou não funcionar. “Não tem data definida para a retomada porque não
sabemos quando isso tudo vai acabar. Sabemos que, por experiências mundiais,
quatro meses tem sido o prazo para o retorno da normalidade, mas não sabemos.
Aqui não fizemos um decreto proibindo nichos do mercado de atuarem. Fizemos sim
uma orientação sobre os setores essenciais e o que deveria fechar. O comércio
em Curitiba, por exemplo, fechou as portas por orientação da Associação
Comercial, porque muitos funcionários e clientes não queriam mais sair de casa.
O mais importante é manter a orientação de que todos que possam fiquem em
casa”, afirmou o governador.
Ratinho Júnior também fez um apelo para
evitar a superlotação no serviço de saúde. “Não é fácil ficar em casa, mas
neste momento todos têm que entender que só isso vai nos dar a oportunidade de
controle. Não é o presidente, o governador e os prefeitos que vão fazer com que
isso fique sob controle. É o bom senso que vai nos fazer vencer esta guerra. Se
isso não acontecer, aí o estado terá que intervir para recolher todo mundo para
que o sistema hospitalar não entre em colapso”, comentou. “O gatilho para tomar
uma decisão drástica de recolher todos é o aumento diário de casos no paraná.
Se isso sair muito fora da curva, teremos que tomar uma decisão drástica. Por
enquanto, a população está colaborando”, explicou.
MAIS LEITOS
O secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto, participou a mesma transmissão
pelas redes sociais e informou que a capacidade de leitos de UTI vai
praticamente dobrar no estado. “Já ampliamos em 418 o número de leitos de UTI e
estamos preparando outros 500 para entrar em operação em até 45 dias. Vamos
fechar com quase 1000 novos leitos, quase dobrando a capacidade no estado”,
declarou.
Fonte:
Bem Paraná
Nenhum comentário:
Postar um comentário