O
ex-ministro teve acesso a investigações que tramitavam sob segredo de justiça,
como no caso das laranjas do PSL, e informações privilegiadas, como no
inquérito dos "hackers" que vazaram mensagens de Telegram ao site
Intercept Brasil
Minas se coloca contra o Estado de exceção (Foto: Pedro de Oliveira/ ALEP) |
247 - Após Sérgio
Moro pedir demissão na última sexta-feira (24) e denunciar as intenções de Jair
Bolsonaro de interferir politicamente na Polícia Federal, parte da imprensa
tentou ofuscar as imoralidades cometidas pelo ex-ministro da Justiça e
Segurança Pública que acessou informações privilegiadas e “relatórios de
inteligência” no comando da pasta. A reportagem é do portal GNN.
Em julho de 2019, com o desdobramento do
escândalo dos laranjas do PSL, Bolsonaro disse a jornalistas que Moro “mandou a
cópia do que foi investigado pela Polícia Federal". "Mandei um
assessor meu ler porque eu não tive tempo de ler", acrescentou.
A investigação de laranjas do PSL
tramitava sob segredo de Justiça em Minas Gerais. A Folha de São Paulo escreveu
que “surgem dúvidas éticas e legais” quando Bolsonaro determinou que Moro
mandasse a Polícia Federal investigar os supostos esquemas ilícitos de outros
partidos.
Moro também teve acesso privilegiado ao
inquérito dos supostos hackers que vazaram mensagens de Telegram ao site
Intercept Brasil. O ex-ministro da Justiça chegou a telefonar para os citados
nas conversas prometendo que os resquícios (provas) seriam destruídos.
O presidente da Associação de Delegados da
Polícia Federal (ADPF), Edvandir Paiva, pediu a Moro um maior distanciamento
dos trabalhos da corporação. “Em tese, o ministro da Justiça não deveria ter
nenhuma informação sobre investigação sigilosa”, afirmou Paiva
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