Lula
participou pela primeira vez de reunião (virtual) do Grupo de Puebla. Ele,
Dilma, o presidente argentino Alberto Fernandéz ex-presidentes como Rafael
Correa, (Equador), Fernando Lugo (Paraguai), Evo Morales (Bolívia) indicam:
prioridade na crise do coronavírus é salvar vidas
Lula, Dilma, Fernandéz e mais 8 ex-presidentes em reunião sobre coronavírus: "saúde em primeiro lugar" (Foto: Divulgação) |
247 com Fórum - O
ex-presidente Lula e a ex-presidenta Dilma Rousseff participaram de uma reunião
virtual do Grupo de Puebla nesta sexta-feira (10) que contou com a presença de
cerca de 40 lideranças políticas e sociais da América Latina, incluindo o
presidente da Argentina, Alberto Fernández, e outros 8 ex-presidentes.
O presidente argentino resumiu, nas ações
de seu governo, o espírito da reunião: "Entre a economia e a saúde das
pessoas, escolhi a saúde".
Participaram do encontro 40 líderes
políticos da América Latina e mais o ex-presidente espanhol José Luis Zapatero.
No total, contando Lula e Dilma, estavam 10 ex-presidentes: Evo Morales, da
Bolívia, Rafael Correa, do Equador, Fernando Lugo, do Paraguai, Ernesto Samper,
da Colômbia, Martin Torrijos, do Panamá, Leonel Fernández, da República
Dominicana, Luis Guillhermo Solis, da Costa Rica -e José Luis Zapatero, da
Espanha.
Lula, que encerrou a conversa e emocionou
os presentes, disse que os governantes devem “tomar decisões valentes” em um
momento como esse, de pandemia do novo coronavírus.
“Nós que fomos governantes temos que ter
clareza da universalidade das políticas públicas que o estado tem que oferecer
ao seu povo”, declarou. “Somente o Estado pode garantir os direitos sociais de
todo e qualquer cidadão”, completou.
Foi a primeira participação do
ex-presidente em um fórum do Grupo de Puebla.
Fernández, que foi o único presidente em
exercício a participar da conversa, disse que “ninguém se salva sozinho” e
afirmou que a saúde deve estar em primeiro lugar nesse momento. “Entre a
economia e a saúde das pessoas, escolhi a saúde. Uma economia que cai 11% pode
subir novamente. Um homem ou uma mulher que morre, não”, afirmou. A declaração
confronta diretamente o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.
Na conversa, os líderes regionais pregaram
também o perdão da dívida dos países da América Latina com organismos de
crédito internacional diante da necessidade do investimento público para
superar a pandemia do novo coronavírus.
“É importante que as organizações
internacionais perdoem dívidas. A vida não pode ser uma mercadoria, a saúde não
pode ser um negócio. A economia é importante, mas a primeira vida deve ser
salva”, disse o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales. Morales foi deposto por
um golpe de Estado no final de 2019.
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