O
presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o ministro da Economia, Paulo Guedes,
deixaram de se falar em meio à pandemia do coronavírus, acrescentando fatores
de crise política no país
Paulo Guedes e Rodrigo Maia (Foto: Luiz Macedo/Ag. Brasil) |
247 - Os desentendimentos entre o presidente da Câmara, Rodrigo
Maia, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, já vinham se manifestando há
semanas. Mas eles ainda mantinham canais de conversa abertos. Adora, não se
falam mais nem sequer pelo telefone.
Embora concordando
com a essência da Reforma da Previdência, Maia e Guedes começaram a brigar
quando o presidente da Câmara tomou para si o protagonismo da aprovação.
No episódio da votação do Orçamento
impositivo, ambos voltaram a se estranhar. Agora, em plena crise do coronavírus
as relações foram cortadas com a tramitação das medidas de socorro aos
estados.
Segundo o Painel da Folha de S.Paulo,
o projeto de ajuda aos estados foi a gota d'água no corte de relações, pois
Jair Bolsonaro, subsidiado por Guedes, viu-se alijado da política, vendo Maia
oferecer benesses em nome da União aos estados.
Aliados de Maia dizem que Paulo Guedes
está ressentido com o roubo da cena em temas econômicos por parte do presidente
da Câmara, com o agravante de que o governo Bolsonaro não quer gastar um
centavo para ajudar o governador de São Paulo, João Doria, na luta contra o
coronavírus. No momento, Doria é considerado o principal adversário de
Bolsonaro na eleição presidencial de 2002.
A temperatura se elevou tanto na briga
entre Guedes e Maia, que o ministro acusa o presidente da Câmara de tentar um
assalto aos cofres da União. Guedes cogita proibir sua equipe de enviar
informações a Maia.
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