Jornalista
da Globo, que liderou a campanha pelo golpe contra a ex-presidente Dilma
Rousseff, hoje lamenta o resultado da ascensão do fascismo no Brasil
(Foto: Reprodução | PR) |
247 – A jornalista Miriam Leitão, que exerceu papel de liderança no
golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff, com a tese de que ela deveria cair
por "pedaladas fiscais", hoje lamenta o resultado deste processo, que
foi a ascensão de Jair Bolsonaro, personagem que, segundo ela, despreza a vida
e não serve para ser presidente.
"Quando o
Brasil atravessou ontem a fronteira dos mil mortos por Covid-19 o presidente
Jair Bolsonaro saiu para passear novamente. Foi a uma padaria, a uma farmácia,
passou pelo Hospital das Forças Armadas onde, disse aos jornalistas, foi fazer
teste de gravidez. Ele é coerente. Tem tratado a pandemia com a displicência de
sempre. Seus atos e palavras nos últimos trinta dias mostram a constância da
mensagem contra o isolamento social e as recomendações das autoridades de
saúde", disse Miriam em sua coluna.
"Bolsonaro mostrou nesse um mês — do
dia 10 de março ao dia 10 de abril — várias vezes, desprezo pela vida
humana", diz ainda a jornalista. "Nesse mês em que o Brasil entrou em
espiral de infectados e mortos e se assusta com a dimensão ainda desconhecida
da pandemia, tudo o que o presidente da República fez foi brigar com
governadores, minar seu ministro, ficar de picuinhas, receitar remédio
duvidoso. Na crise, Bolsonaro provou que não sabe exercer o cargo de presidente
da República", conclui.
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