Símbolo
maior da impunidade no Brasil, deputado é alvo de acusação de ter recebido R$
65 milhões em propinas, sendo R$ 30 milhões da Odebrecht e R$ 35 milhões da
Andrade Gutierrez
Aécio Neves diz que Congresso discute adiar eleições municipais para 2022 (Foto: UESLEI MARCELINO/REUTERS) |
247 - O deputado federal
Aécio Neves (PSDB-MG) foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR)
ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (30), pela prática dos
crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A acusação é de Aécio ter recebido R$ 65
milhões em propinas, sendo R$ 30 milhões da Odebrecht e R$ 35 milhões da
Andrade Gutierrez.
Em troca, o tucano teria beneficiado as
companhias em obras de infraestrutura como o projeto do Rio Madeira e as usinas
hidrelétricas de Santos Antônio e Jirau.
De acordo com a acusação, entre os
envolvidos no esquema, estão Dimas Toledo, ex-diretor de Furnas, e o empresário
Alexandre Accioly, que também foram denunciados pela PGR.
A acusação é baseada nas delações
premiadas de executivos da Odebrecht.
“As provas coligidas na investigação demonstraram a
existencia de um pernicioso e perene esquema de troca de favores, cujo
epicentro é Aécio Neves, configurando um sistema institucionalizado de
corrupção”, escreve a subprocuradora-geral da República Lindôra Maria Araújo.
Aécio já é réu em outro caso em que é
acusado de receber 2 milhões de reais em propina da JBS.
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