terça-feira, 24 de março de 2020

Prefeitura fecha e funcionalismo terá regime especial de atuação


Em casos de urgência, como queda de uma árvore, rompimento de um asfalto, uma tempestade com danos, entre outras situações emergenciais, o contribuinte deverá entrar em contato pelo telefone 3422-4000, que uma equipe de plantão será acionada
(Foto: PMA)

Depois de decretar medidas preventivas à pandemia de coronavírus relacionadas à rede de ensino, comércio e parte da indústria, o prefeito Júnior da Femac anunciou nesta segunda-feira (23/03) a paralisação do atendimento presencial ao contribuinte junto ao prédio central da Prefeitura de Apucarana e todos os órgãos das administrações direta e indireta. As medidas, que constam em um novo decreto municipal, foram tomadas após reunião com todo o secretariado e começam a valer a partir desta terça-feira (24/03).
“Está suspenso, pelo prazo de 15 dias, o atendimento presencial ao público no prédio da Prefeitura de Apucarana. Cada secretaria, de acordo com a sua necessidade, vai adotar junto aos servidores sistema de revezamento ou plantão “home office”, fazendo com que os funcionários fiquem em casa à disposição da prefeitura durante o horário de trabalho. O objetivo é que, a exemplo do que já acontece na educação, no comércio e em parte da indústria, o máximo de servidores fiquem em suas residências”, anunciou o prefeito Júnior da Femac.
Em casos de urgência, como queda de uma árvore, rompimento de um asfalto, uma tempestade com danos, entre outras situações emergenciais, “o contribuinte deverá entrar em contato pelo telefone 3422-4000, que uma equipe de plantão será acionada”, informou o prefeito.
Pelo decreto municipal, focam mantidos integralmente os serviços da Guarda Municipal, dos agentes de fiscalização, dos agentes de trânsito e dos serviços funerários. “Funcionam normalmente ainda os Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP) e o monitoramento do Botão do Pânico”, cita o prefeito Júnior da Femac.
Também não terá interrupção o trabalho dos vigias municipais e terceirizados, do serviço terceirizado de troca de lâmpadas da iluminação pública (ligação gratuita 0800-6001428), da roçagem terceirizada – por ser uma atividade importante de combate à dengue -, da coleta de lixo domiciliar, do recolhimento de cavalos abandonados e do canil municipal. O pregão eletrônico do setor de Compras e Licitações também não será paralisado, pois é feito de forma online. “Os serviços de saúde e de assistência social, por conta da pandemia, estão sendo regulamentados por decretos federais e estaduais”, lembrou Júnior.
Taxas e prazos – O prefeito Júnior da Femac tranquilizou os contribuintes quanto aos prazos para pagamento de impostos, taxas, apresentação de recursos, entre outros processos administrativos. “Tudo está suspenso por 15 dias, a exemplo do que fizeram os governos Federal e Estadual e o próprio Tribunal de Contas. Ninguém será prejudicado”, disse o prefeito.
Município anuncia compra de 100 mil máscaras
Para atender aos agentes de saúde, da assistência social e da segurança pública, a Prefeitura de Apucarana iniciou processo de compra, em caráter emergencial, de 100 mil máscaras. A medida, segundo anunciou o prefeito Júnior da Femac, pode contar também com participação da Associação dos Municípios do Vale do Ivaí (Amuvi). “Conversei a pouco por vídeo-conferência com o prefeito de Kaloré, Washington da Silva, que é o novo presidente da Amuvi, que manifestou interesse da entidade também participar deste sistema de compra. Ele vai agora levantar e nos passar a quantidade de máscaras necessárias para atender a todos os municípios-membros”, anunciou o prefeito Júnior da Femac.
Prefeito reforça apelo pelo isolamento social
Ao anunciar o fechamento da prefeitura para o atendimento presencial ao público, com a implantação do sistema de revezamento e de plantão “home office” dos servidores, o prefeito Júnior da Femac voltou a enfatizar apelo para que as pessoas mantenham o isolamento social. “O momento é de ficar em casa. Segundo as autoridades em Saúde, o “boom” da doença é nesta semana e na próxima. Você que tem pessoa de idade em casa ou dentro do grupo de risco, não deixe que saia de casa. Se precisar ir ao banco, ao mercado, à farmácia, vá sozinho, não a leve. A mortalidade para quem tem mais de 60 anos é alta. O momento agora é isolamento para proteger a todos”, lembrou.
Júnior alertou ainda para que as pessoas tenham cuidado com as “fake news”. “Informações erradas e enganosas que, neste momento, se forem disseminadas podem atrapalhar a salvar vidas. É importante ir sempre atrás de informações corretas, comunicadas pelas autoridades e emitidas através dos veículos de comunicação”, disse.
Setores industrial e logístico não podem parar totalmente
O prefeito Júnior da Femac dirimiu ainda dúvidas quanto ao funcionamento do setor industrial e de transportes. “Na nossa área industrial está proibido o atendimento presencial de vendas, apenas a produção dentro da indústria está acontecendo. Estamos seguindo recomendações do Ministério da Saúde para ter cuidado com a paralisação da atividade industrial e de logística pois precisamos que os alimentos, os medicamentos, os equipamentos de proteção continuem sendo feitos e transportados. Agora mesmo vamos comprar essas 100 mil máscaras, se Deus ajudar vamos conseguir comprar de empresas de Apucarana, como que iríamos comprar se a indústria estivesse parada? As cadeias produtivas estão interconectadas e se uma para pode fazer que um produto importante neste momento de pandemia deixe de ser fornecido”, explicou o prefeito.
Júnior citou como exemplo a indústria de embalagens. “Existem muitas em Apucarana, como que vamos parar este setor se estamos tendo que comprar álcool em gel e ele vem dentro de uma embalagem? Tudo está interconectado, inclusive com o transporte. Os caminhões, as oficinas mecânicas que estão abertas em Apucarana para casos de emergência. A nossa indústria de roupa, que vende muito para São Paulo. Seguramente estas indústrias estão parando. Se não pararam vão parar na sequência por que a parte comercial parou em São Paulo. Todas as medidas que estamos tomando seguem o Ministério da Saúde e o Governo do Estado”, concluiu Júnior.


Nenhum comentário:

Postar um comentário