domingo, 22 de março de 2020

Na Argentina, governo passa sensação de segurança à população



Blog do Esmael - No Brasil há o sentimento geral de abandono e o medo de que o governo do presidente Jair Bolsonaro corte os salários pela metade, nesse período de luta contra o coronavírus. Já na Argentina, ao contrário, los hermanos têm a sensação de segurança e conforto –mesmo com o isolamento social determinado pelo presidente Alberto Fernández.
Na semana passada, o governo argentino decretou quarentena e as ruas estão desertas nas grandes cidades no país vizinho, como na capital Buenos Aires. Junto com a medida restritiva de circulação, Fernández anunciou proteção para os trabalhadores do setor privado que terão direito ao pleno gozo de sua renda habitual.
Entre outras medidas, o governo argentino já havia anunciado antes da quarentena obrigatória licenças remuneradas de trabalho para maiores de 60 anos, mulheres grávidas e menores de 60 anos em condições “arriscadas”, tanto no setor público quanto no privado.
O Blog do Esmael teve informação de uma executiva brasileira, que mora em Buenos Aires, sobre a situação no país. Segundo ela, até os correligionários do ex-presidente Mauricio Macri se sentem protegidos pela política social peronista.
Seria como se os bolsonaristas, no Brasil, passassem a confiar mais no ex-presidente Lula, nesses tempos de coronavírus, do que em Bolsonaro. Ou seja, que o PT se tornasse uma alternativa concreta para a eleição de 2022.
Na Argentina, as autoridades nacionais de saúde confirmaram neste sábado (21) a detecção de outros 67 novos casos de coronavírus, com os quais o total de infectados no país chegou a 225, incluindo quatro mortes. Em um dia, novos casos dobraram, já que 30 haviam sido relatados na sexta-feira (20) e um total acumulado de 158.
O presidente Alberto Fernández estuda endurecer o controle do isolamento, mas descarta o estado de sítio. Até agora, com a ajuda das Forças Armadas, o governo prendeu 3.200 pessoas em todo o país por violar a quarentena.
Ainda conforme relato da executiva brasileira em Buenos Aires, somente um membro da família é autorizado a sair, por vez, para comprar mantimentos no supermercado ou na padaria.


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