O longa-metragem American Factory (Indústria Americana), produção do casal Michele e Barack Obama, levou o prêmio de melhor documentário no Oscar de 2020.
Embora tenha sido bem recebido na Academia, ‘Democracia em Vertigem’ de Petra Costa sucumbiu diante do império e da indústria cinematográfica americana.
O documentário dos Obama faz uma fusão de dois filmes. Ele começa em dezembro de 2008 com um The End, com as cenas que mostram a produção do último veículo a sair da linha de montagem de uma fábrica da GM na cidade de Moraine, Ohio, Estados Unidos. É um ambiente confrangedor que deixará 2,4 mil desempregados, registrado num curta-metragem editado em 2009, The last truck: Closing of a GM Plant.
A história é uma crítica ao funcionamento do que eles consideram “autoritário” mercado chinês, que compete em situação de desigualdade com o americano.
O longa vitorioso ontem expõe os conflitos que uma fabricante chinesa de vidros automotivos, chamada Fuyao, enfrenta para tentar implantar sua maneira de produzir numa antiga fábrica que comprou da GM nos Estados Unidos, em Dayton, Ohio, em 2014.
Os operários americanos não conseguem acompanhar o ritmo de produção dos chineses. Em vez de lucro, a fábrica começa a dar prejuízo, para contrariedade do presidente do grupo, o milionário chinês Cao Dewang, um cara ambicioso, tão hábil quanto sincero.
“Que os trabalhadores do mundo se unam como disseram Karl e Julia Reichert da American Factory”, declarou Petra, após o resultado da premiação de melhor documentário.
Enfim, ao menos o prêmio de melhor documentário ficou com um “democrata” –dizem alguns que torciam por Petra Costa.
A cineasta brasileira aproveitou o tapete vermelho, em Hollyood, para fazer uma perguntinha básica: “quem mandou matar Marielle Franco?”
The end.
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