Em
entrevista ao jornalista Mauro Lopes, a jurista Liana Cirne Lins diz que o
miliciano Adriano da Nóbrega foi alvo de uma execução numa "queima de
arquivo". Ela diz ainda que alguém acima dele determinou sua morte, já que
ele, Adriano, era o chefe do grupo Escritório do Crime no Rio de Janeiro e,
portanto, a figura maior entre os milicianos do grupo no estado. Assista
Liana Cirne Lins e Adriano da Nóbrega |
247 - A jurista Liana Cirne Lins afirmou ao jornalista Mauro Lopes,
na TV 247, que a morte de Adriano da Nóbrega foi uma “queima de arquivo” e que
alguém acima dele na ordem hierárquica do Escritório do Crime ordenou sua
execução. Liana explicou que Adriano da Nóbrega era o chefe do grupo miliciano
no estado do Rio de Janeiro, ou seja, para que ele fosse assassinado era
preciso a ordem de uma pessoa que estivesse ainda acima dele.
“Adriano da
Nóbrega foi assassinado por queima de arquivo, e isso faz sentido se a gente
observa a narrativa do assassinato da Marielle até hoje. O Chefe do Escritório
do Crime no Rio era Adriano da Nóbrega, e a gente não pode ignorar isso. Se o
chefe foi assassinado, é porque tem um chefe mais importante acima dele que foi
o mandante. Toda a mídia carioca afirma que o Adriano da Nóbrega era o chefe do
grupo miliciano Escritório do Crime no Rio de Janeiro. Para ele ter sido
executado, como eu penso que foi, é porque alguém mais importante que ele
determinou que isso acontecesse”, disse a jurista.
Ela ressaltou que o Escritório do Crime
tem sua “cabeça” no Rio de Janeiro, mas que os braços do grupo se estendem por
todo o território nacional.
Sobre a declaração do secretário de
Segurança Pública da Bahia, Maurício Teles Barbosa, que afirmou que Adriano da
Nóbrega havia sido morto durante trocas de tiros em uma operação policial com o
intuito de prendê-lo, Liana Cirne Lins rebateu questionando a falta de provas
que confirmem a versão do secretário. “Me desculpe o secretário de Segurança Pública
da Bahia, não vem com essa conversa fiada. Um homem com essa experiência, um
capitão do Bope ia atirar contra 70 policiais da Polícia Militar da Bahia?
Vocês acreditam nisso? Eu não acredito. Não é crível essa informação, isso
seria um ato desesperado de um homem enlouquecido num momento suicida. Adriano
da Nóbrega não tinha essas características, ele era frio, era racional, era um
assassino. Como esse homem ia sair atirando contra 70 policiais? Isso tem
cheiro de mentira, gosto de mentira e cor de mentira. O que o secretário de
segurança pública da Bahia está dizendo aí para justificar não tem
credibilidade”.
Liana, durante a entrevista, traçou uma
linha do tempo que liga a morte de Adriano da Nóbrega ao assassinato da
vereadora Marielle Franco em 14 de março de 2018.
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