A
rejeição a projetos de leis, na sessão de ontem da Câmara de Arapongas,
provocou a reação dos vereadores da oposição.
Para
justificar uma de suas propostas, a vereadora Angélica usou uma lei aprovada
pela Câmara de Apucarana e promulgada pelo presidente Luciano Molina, em
fevereiro deste ano. Já Aroldo Pagan estabeleceu um comparativo do
comportamento entre as Câmaras de Arapongas e Apucarana. Para ele Arapongas joga
na lata do lixo, projetos que Apucarana entende como pertinente à comunidade.
Em
Arapongas, o projeto de lei 69/2019 de autoria da vereadora Angélica enfermeira
foi rejeitado por oito dos quinze vereadores da Casa enquanto em Apucarana, a
lei, de autoria do vereador Lucas Leugi foi aprovada por unanimidade dos
vereadores e promulgada pelo presidente da Câmara Luciano Molina no último dia
13 de fevereiro. (Confira):
Os
dois projetos, tanto o de Arapongas quanto o de Apucarana tratam do mesmo
assunto e dispõem sobre a criação do Cartão de Pessoa em Tratamento com Câncer.
A proposta
da vereadora Angélica Enfermeira, em Arapongas foi rejeitada porque a Comissão
de Justiça, Legislação e Redação atendeu parecer jurídico que opinou pela
inconstitucionalidade da matéria.
Angélica
reclamou do parecer contrário à sua proposta. Para ela existe ordem para
emissão de parecer contrário a todos os projetos da oposição. “Nós sabemos que
existe uma ordem para vocês, primeiro por jurídico daqui dar parecer contrário
em todos os projetos nossos da oposição”, denunciou a vereadora enfermeira.
Angélica exalta o presidente da Câmara de
Apucarana
Na
sua fala durante o encaminhamento do voto, a vereadora Angélica Enfermeira (foto) fez
um longo discurso e justificou a proposta alegando que priorizar o
estacionamento para pacientes em tratamento de câncer é muito importante porque
muitas vezes elas sentem debilitadas e tem dificuldades de locomoção.
Angélica,
na busca pelos votos favoráveis, encontrou apoio no comportamento da Câmara de
Apucarana e se referiu ao vereador Lucas Leugi e o presidente da Câmara, sem
mencionar seu nome.
“Eu
deixo meu apelo aos vereadores – sabe porque eu deixo, o colega vereador da
cidade vizinha, e é impossível não comparar; Lucas Leugi e agora senhor
presidente eu quero aqui ter a graça de cumprimentar o senhor igual o Lucas
Leugi teve a graça de cumprimentar o presidente da Câmara de Apucarana. Aqui,
mesmo vetado pelo prefeito, o presidente da Câmara derrubou o veto junto com os
vereadores e promulgou a lei”, esclareceu a vereadora. “Sabe porque – porque diferente
de muitos políticos o presidente da Câmara de Apucarana é a favor da vida, ele
prioriza as pessoas que precisa”, exaltou.
“Então
eu deixo aqui o apelo aos nobres vereadores, para que nós possamos mostrar que
acima de nossos interesses políticos está a vida e, principalmente aqueles que
se encontra com ela comprometida de alguma forma, encerrou.
Aroldo Pagan atribui conduta da Câmara de
Apucarana à pressão do MBL
Na
sua fala, ao se referir à rejeição dos projetos, o vereador Aroldo Pagan (foto) enalteceu o comportamento dos vereadores de Apucarana e “alfinetou” a “Casa” em
Arapongas. Segundo ele, tem que acompanhar outras Câmaras – outras atividades
parlamentares para compilar o que acontece de bom em outros municípios. Para o
vereador a Câmara de Arapongas está jogando na lata do lixo, projetos, que, em
Apucarana os vereadores entendem como constitucional e pertinentes para
comunidade. “Infelizmente se tiver alguém que esteja tentando se espelhar em
nossa Casa, talvez não esteja conseguindo arrumar um bom exemplo, porque nós estamos
jogando na lata do lixo, projetos que na cidade vizinha há 14 km daqui entendem
como pertinentes como bons para a comunidade, entendem que é um projeto
constitucional e aqui a gente entende ao contrário”, alfinetou Pagan.
Aroldo
Pagan atribuiu a conduta da Câmara de Apucarana, à pressão do Movimento Brasil
Livre (MBL), para ele, o movimento, em Apucarana, tem grande poder de voz e
alguns políticos não suportam a pressão e acabam aprovando projetos que são
benéficos à população.
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