sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Em Arapongas vereadores de oposição exaltam Apucarana e “alfinetam” Câmara local


A rejeição a projetos de leis, na sessão de ontem da Câmara de Arapongas, provocou a reação dos vereadores da oposição.
Para justificar uma de suas propostas, a vereadora Angélica usou uma lei aprovada pela Câmara de Apucarana e promulgada pelo presidente Luciano Molina, em fevereiro deste ano. Já Aroldo Pagan estabeleceu um comparativo do comportamento entre as Câmaras de Arapongas e Apucarana. Para ele Arapongas joga na lata do lixo, projetos que Apucarana entende como pertinente à comunidade.



 Chamou a atenção dos vereadores o fato de matéria com conteúdo semelhante ser rejeitada por vereadores de Arapongas e aprovada na Câmara de Apucarana.
Em Arapongas, o projeto de lei 69/2019 de autoria da vereadora Angélica enfermeira foi rejeitado por oito dos quinze vereadores da Casa enquanto em Apucarana, a lei, de autoria do vereador Lucas Leugi foi aprovada por unanimidade dos vereadores e promulgada pelo presidente da Câmara Luciano Molina no último dia 13 de fevereiro. (Confira):
Os dois projetos, tanto o de Arapongas quanto o de Apucarana tratam do mesmo assunto e dispõem sobre a criação do Cartão de Pessoa em Tratamento com Câncer.
A proposta da vereadora Angélica Enfermeira, em Arapongas foi rejeitada porque a Comissão de Justiça, Legislação e Redação atendeu parecer jurídico que opinou pela inconstitucionalidade da matéria.
Angélica reclamou do parecer contrário à sua proposta. Para ela existe ordem para emissão de parecer contrário a todos os projetos da oposição. “Nós sabemos que existe uma ordem para vocês, primeiro por jurídico daqui dar parecer contrário em todos os projetos nossos da oposição”, denunciou a vereadora enfermeira.

Angélica exalta o presidente da Câmara de Apucarana
Na sua fala durante o encaminhamento do voto, a vereadora Angélica Enfermeira  (foto) fez um longo discurso e justificou a proposta alegando que priorizar o estacionamento para pacientes em tratamento de câncer é muito importante porque muitas vezes elas sentem debilitadas e tem dificuldades de locomoção.  
Angélica, na busca pelos votos favoráveis, encontrou apoio no comportamento da Câmara de Apucarana e se referiu ao vereador Lucas Leugi e o presidente da Câmara, sem mencionar seu nome.  
“Eu deixo meu apelo aos vereadores – sabe porque eu deixo, o colega vereador da cidade vizinha, e é impossível não comparar; Lucas Leugi e agora senhor presidente eu quero aqui ter a graça de cumprimentar o senhor igual o Lucas Leugi teve a graça de cumprimentar o presidente da Câmara de Apucarana. Aqui, mesmo vetado pelo prefeito, o presidente da Câmara derrubou o veto junto com os vereadores e promulgou a lei”, esclareceu a vereadora. “Sabe porque – porque diferente de muitos políticos o presidente da Câmara de Apucarana é a favor da vida, ele prioriza as pessoas que precisa”, exaltou.
“Então eu deixo aqui o apelo aos nobres vereadores, para que nós possamos mostrar que acima de nossos interesses políticos está a vida e, principalmente aqueles que se encontra com ela comprometida de alguma forma, encerrou.  

Aroldo Pagan atribui conduta da Câmara de Apucarana à pressão do MBL
Na sua fala, ao se referir à rejeição dos projetos, o vereador Aroldo Pagan (foto) enalteceu o comportamento dos vereadores de Apucarana e “alfinetou” a “Casa” em Arapongas. Segundo ele, tem que acompanhar outras Câmaras – outras atividades parlamentares para compilar o que acontece de bom em outros municípios. Para o vereador a Câmara de Arapongas está jogando na lata do lixo, projetos, que, em Apucarana os vereadores entendem como constitucional e pertinentes para comunidade. “Infelizmente se tiver alguém que esteja tentando se espelhar em nossa Casa, talvez não esteja conseguindo arrumar um bom exemplo, porque nós estamos jogando na lata do lixo, projetos que na cidade vizinha há 14 km daqui entendem como pertinentes como bons para a comunidade, entendem que é um projeto constitucional e aqui a gente entende ao contrário”, alfinetou Pagan.
Aroldo Pagan atribuiu a conduta da Câmara de Apucarana, à pressão do Movimento Brasil Livre (MBL), para ele, o movimento, em Apucarana, tem grande poder de voz e alguns políticos não suportam a pressão e acabam aprovando projetos que são benéficos à população.


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