A CPI das Fake News do Congresso Naconal deve votar nesta
quarta-feira (5), em reunião marcada para as 13h, uma pauta com 20 itens. Entre
eles, está o requerimento do deputado Rui Falcão (PT-SP) para que o chefe do
Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general
Augusto Heleno Ribeiro, compareça à comissão para prestar esclarecimentos.
O objetivo é apurar denúncia da deputada Joice Hasselmann
(PSL-SP) de que o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) quis criar uma estrutura
paralela de inteligência no governo, com grampos telefônicos e criação de
dossiês. Segundo a deputada, o general Heleno teria conhecimento da iniciativa.
Há outros requerimentos que se basearam no depoimento de
Joice à CPI mista, em dezembro passado. O deputado Túlio Gadêlha (PDT-PE), por
exemplo, requer que o Poder Judiciário autorize acesso a mensagens do grupo
intitulado de “gabinete do ódio” no Instagram. Segundo Joice, o grupo é
composto por militantes favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião,
ela denunciou a existência de uma “milícia digital” que espalha ameaças e
ataques a críticos do governo. Já o deputado Rui Falcão requisita endereços de
IP de computadores relacionados a essa “milícia virtual” e à disseminação de
fake news.
Também estão na
pauta de votação três requerimentos da deputada Caroline de Toni (PSL-SC). Ela
pede que a Polícia Legislativa, o Ministério Público Federal (MPF), o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), o Facebook e o Twitter prestem informações sobre o “Mensalinho
do Twitter”. De acordo com a parlamentar, esse seria um esquema de pagamento de
influenciadores de redes sociais para a propagação de pautas positivas,
disfarçadas de notícias, supostamente para beneficiar candidaturas do PT.
Caroline de Toni pede também esclarecimentos do MPF sobre delações da Operação
Lava Jato que apontariam a destinação de dinheiro para ações de influência
digital.
A CPI
das Fake News, que é presidida pelo senador Angelo Coronel (PSD-BA) e relatada
pela deputada Lídice da Mata (PSB-BA), foi instalada no Congresso Nacional em
setembro do ano passado para investigar a criação de perfis falsos para
influenciar as eleições de 2018 e os ataques cibernéticos contra a democracia e
o debate público.
A
prática de cyberbullying contra autoridades e cidadãos vulneráveis também está
sendo investigada, assim como o aliciamento de crianças para o cometimento de
crimes de ódio e incentivo ao suicídio.
Fonte:
blog do Esmael com informações da Agência Senado.
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