quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Clima exige cuidados redobrados com a dengue


De acordo com dados da Divisão de Endemias de Apucarana, em média 38% dos focos da dengue são encontrados em ambientes externos, como lixo, sucatas, pneus, entulhos e ferro velho. Outros 30% são registrados nos quintais e dentro das próprias residências 
(Foto: PMA/Arquivo)

A onda de calor e chuva que tem atingido Apucarana nos últimos dias exige cuidados redobrados com a prevenção da dengue. O alerta é da divisão de combate a endemias da Autarquia Municipal de Saúde (AMS), que tem atuado diariamente com 54 agentes de campo para combater a proliferação do mosquito transmissor.
O clima, propício para o avanço da doença, tem preocupado as autoridades locais por isso, a exemplo do que fez no mês passado, o prefeito Júnior da Femac voltou a pedir nesta quarta-feira (19/02) engajamento da população na luta para eliminar os criadouros do mosquito Aedes Aegypti. “Apucarana tem conseguido manter a doença sob controle, mas é imprescindível que o alerta seja mantido 24 horas por dia. Esta é uma luta que devemos travar juntos: Poder Público e população. Vamos proteger nossa família e nossos vizinhos para que essa doença não avance em nossa cidade”, pediu o prefeito.
O mosquito vive por cerca de 30 dias, período em que voa em torno de 3 quilômetros dentro de um raio de ação de 150 metros. “Isso significa que se o mosquito estiver numa casa, ele alcançará todos os moradores localizados nesta quadra. Ou seja, quem não cuida da sua residência coloca em risco, além da sua família, toda a vizinhança. A dengue mata”, observa Junior da Femac.
O diretor da Divisão de Endemias da Autarquia Municipal de Saúde, Mauro Aguiar, frisa que os agentes atuam de forma setorizada. “São cinco equipes que fazem o atendimento de toda cidade. Além do trabalho de segunda a sexta-feira, aos sábados realizamos a recuperação da casas, retornando às residências que encontramos fechadas nas visitas feitas durante a semana e também realizamos ação de bloqueio junto ao setor onde foi registrado casos suspeitos da doença”, explica Aguiar.
Além das residências, o setor de combate a endemias de Apucarana também mapeia 150 pontos estratégicos com visitas quinzenais. “Pedimos à população que realize limpeza periódica dos quintais, calhas, terrenos baldios e também a manutenção dos vasos de flores evitando que sejam focos de proliferação do mosquito transmissor”, diz o diretor municipal. Aguiar relata que os cemitérios da cidade também estão tendo cuidado redobrado por parte do município. “Tratam-se de locais críticos, que estamos atentos para evitar a presença de vasos e outros recipientes que possam acumular água”, pontua.
De acordo com dados da Divisão de Endemias, em média 38% dos focos da dengue são encontrados em ambientes externos, como lixo, sucatas, pneus, entulhos e ferro velho. Outros 30% são registrados nos quintais e dentro das próprias residências, como em vasos, garrafas e recipientes utilizados na alimentação de cães e gatos.
Pneus – Grandes vilões quando o assunto é “criadouro de dengue”, a Prefeitura de Apucarana mantém o IBC da Vila Nova como uma central de recolhimento de pneus usados. Além de profissionais do setor de borracharia, o local também atende a toda população. “Caso a pessoa tenha um pneu em casa, encontre jogado na rua, ou em terrenos baldios, basta levar até o IBC da Vila Nova, de segunda a sexta-feira, das 8 às 14 horas, que o município providencia a correta destinação”, esclarece Aguiar.
Denúncias – Através do telefone 3422-5888 – ramal 3048, a população pode obter informações relacionadas à prevenção e ao controle da doença no município. “Através deste número, os apucaranenses podem solicitar visita técnica dos agentes de endemias, fazer denúncias, comunicar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti fora das residências e muitas outras situações que requeiram uma atuação dos profissionais da saúde”, conclui o prefeito Júnior da Femac.


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