País ainda tem 11,6 milhões de
pessoas em busca de uma vaga. Taxa média do ano foi de 11,9%
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Fila de emprego no Maracanã, zona Norte do Rio Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo |
RIO — Com
informalidade recorde, a taxa
de desemprego no Brasil voltou a recuar no último trimestre de 2019,
segundo dados da Pnad
Contínua, divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE. O resultado
dos três meses encerrados em dezembro caiu para 11%, em linha com a expectativa
de analistas. Mas o desemprego ainda atinge 11,6 milhões de brasileiros.
O indicador
é melhor do que o registrado no trimestre encerrado em setembro, que
serve como comparação, quando 12,5 milhões de pessoas estavam sem emprego, e a
taxa estava em 11,8%. A média do ano foi de 11,9%, 0,4 ponto percentual a menos
que a registrada em 2018.
A taxa
de desemprego segue no menor patamar desde o trimestre encerrado em março de
2016, quando foi de 10,9%. Para trimestres encerrados em dezembro, é a menor
taxa desde 2015, quando ficou em 8,9%.
A
melhora do mercado de trabalho foi puxada pelo avanço da informalidade nas
ocupações. No ano passado, 41,4% da força de trabalho não tinham vínculos
formais de trabalho, o equivalente a 38,4 milhões de pessoas, na média do ano.
Este é
o maior contingente desde 2016, quando foi iniciada a série histórica.
Seguro-desemprego: benefício é negado a trabalhador que tem MEI ou
empresa com CNPJ ativo
O
cálculo do IBGE leva em consideração a soma dos trabalhadores sem
carteira, trabalhadores domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, conta
própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar.
Se
comparado com 2018, 1 milhão de pessoas entraram nesse grupo ao longo de 2019.
Renda praticamente estagnada
No trimestre
encerrado em dezembro, a taxa de informalidade atingiu 41% da população
ocupada, ou 38,7 milhões de trabalhadores. O contingente é menor do que o
registrado nos três meses encerrados em setembro, quando o indicador bateu
recorde da série histórica iniciada em 2016.
A
queda, no entanto, é atribuída a questões sazonais do mercado de trabalho, como
as contratações temporárias de final de ano.
O
avanço de um mercado de trabalho com postos de menor remuneração fez com que o
rendimento médio do brasileiro ficasse praticamente estagnado na comparação com
2018. A média anual foi de R$ 2.330, com pequena alta de 0,4% em relação a
2018, quando foi de R$ 2.321.
Fonte:
O Globo
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