sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Taxa de desemprego cai para 11% no último trimestre de 2019, com informalidade recorde


País ainda tem 11,6 milhões de pessoas em busca de uma vaga. Taxa média do ano foi de 11,9%
Fila de emprego no Maracanã, zona Norte do Rio Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo
Fila de emprego no Maracanã, zona Norte do Rio Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo

RIO — Com informalidade recorde, a taxa de desemprego no Brasil voltou a recuar no último trimestre de 2019, segundo dados da Pnad Contínua, divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE. O resultado dos três meses encerrados em dezembro caiu para 11%, em linha com a expectativa de analistas. Mas o desemprego ainda atinge 11,6 milhões de brasileiros.
O indicador é melhor do que o registrado no trimestre encerrado em setembro, que serve como comparação, quando 12,5 milhões de pessoas estavam sem emprego, e a taxa estava em 11,8%. A média do ano foi de 11,9%, 0,4 ponto percentual a menos que a registrada em 2018.
A taxa de desemprego segue no menor patamar desde o trimestre encerrado em março de 2016, quando foi de 10,9%. Para trimestres encerrados em dezembro, é a menor taxa desde 2015, quando ficou em 8,9%.
A melhora do mercado de trabalho foi puxada pelo avanço da informalidade nas ocupações. No ano passado, 41,4% da força de trabalho não tinham vínculos formais de trabalho, o equivalente a 38,4 milhões de pessoas, na média do ano.
Este é o maior contingente desde 2016, quando foi iniciada a série histórica. 


O cálculo do IBGE leva em consideração a soma dos trabalhadores sem carteira, trabalhadores domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar.
Se comparado com 2018, 1 milhão de pessoas entraram nesse grupo ao longo de 2019.

Renda praticamente estagnada

No trimestre encerrado em dezembro, a taxa de informalidade atingiu 41% da população ocupada, ou 38,7 milhões de trabalhadores. O contingente é menor do que o registrado nos três meses encerrados em setembro, quando o indicador bateu recorde da série histórica iniciada em 2016.
A queda, no entanto, é atribuída a questões sazonais do mercado de trabalho, como as contratações temporárias de final de ano.
O avanço de um mercado de trabalho com postos de menor remuneração fez com que o rendimento médio do brasileiro ficasse praticamente estagnado na comparação com 2018. A média anual foi de R$ 2.330, com pequena alta de 0,4% em relação a 2018, quando foi de R$ 2.321.
Fonte: O Globo

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