Eleito
com a promessa de combater a corrupção, o governo de Jair Bolsonaro ficou
marcado em um ano de gestão por uma série de denúncias, que atingem não só
destacados membros do Executivo como seu núcleo familiar. Por conta disso, em
2019, o Brasil caiu uma posição no ranking do IPC (Índice de Percepção da
Corrupção), e ocupa a 106ª posição entre os 180 países avaliados
Foto: ABR) |
247 - Estudo da ONG
Transparência Internacional aponta que o Brasil é percebido como um dos países
mais corruptos do mundo. Recebeu no ano passado a pior nota desde 2012.
A informação é da jornalista Fernanda Mena, na Folha de
S.Paulo, indicando que o governo Bolsonaro, apesar do discurso, "não
adotou medidas que impactassem na percepção de que práticas corruptas, tais
como abuso de poder, subornos e acordos secretos, tenham diminuído no
país".
"O resultado reflete um ano de poucos
avanços e muitos retrocessos na luta contra a corrupção no Brasil", avalia
Bruno Brandão, diretor-executivo da Transparência Internacional no Brasil.
O texto da ONG evidencia os casos de
corrupção envolvendo membros do núcleo duro do governo, como o ministro do
Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, denunciado por esquema de candidaturas
laranjas do PSL, e o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho,
envolvido em investigações sobre suborno.
O filho do titular do Executivo, o senador
Flávio Bolsonaro é citado no estudo como um político investigado sob suspeita
dos crimes de peculato, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e
organização criminosa.
"O grau de tolerância do presidente
com esses casos é contraditório com o discurso de campanha do presidente",
avalia Brandão.
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