Em seus primeiros anos de governo, ex-presidentes Lula e Dilma geraram
800 mil e 1,9 milhão de empregos com carteira assinada, respectivamente. Por
outro lado, parte das 644 mil vagas criadas pelo governo de Jair Bolsonaro em
2019 é para o trabalho intermitente, em que o trabalhador trabalha pouquíssimas
horas e conta como emprego formal
247
- O site da bancada do PT no Senado desmentiu nesta
segunda-feira, 27, informação do Ministério da Economia, de que o Brasil criou
644.079 empregos formais em 2019, que seria um recorde comparado aos últimos
seis anos (leia mais no Brasil 247).
Em seu primeiro ano de
governo (2003), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva gerou mais de 800 mil
postos de trabalho formal. No primeiro ano do segundo mandato (2007), a geração
de empregos formais chegou a 1,9 milhão — um crescimento que superou o já
excelente resultado de 2006, quando o País registrou o surgimento de 1,5 milhão
de vagas com carteira assinada.
O desempenho de Bolsonaro
também fica muito longe do alcançado no primeiro ano de governo da presidenta
Dilma Rousseff (2011), quando o Brasil, a caminho do pleno emprego, criou mais
1,9 milhão de vagas com carteira assinada.
O resultado do primeiro ano
de Dilma é mais impressionante quando se leva em conta que o País teve um
fortíssimo crescimento em 2010, último ano de Lula na Presidência, quando a
geração de empregos foi de 2,5 milhões de postos formais.
Segundo o economista Bruno
Moretti, assessor da Bancada do PT no Senado, das 644 mil vagas geradas sob a
batuta de Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes, 85 mil são para o chamado
trabalho intermitente.
“Vale lembrar que o
trabalhador, nessa modalidade, pode nem ser chamado para trabalhar ou pode
trabalhar pouquíssimas horas. Mas, desde a reforma trabalhista, conta como
emprego formal”, explica Bruno Moretti.
Em novembro de 2019, o
Brasil registrou quase 12 milhões de desocupados e mais de 26 milhões de
subutilizados — gente que desempenha uma carga horário inferior à sua
disponibilidade e necessidade. Em 2020, a taxa de desemprego deve fechar o ano
em 11,4%.
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