Ex-chefe
do Estado Maior do Exército e ex-ministro-chefe do GSI, o general da reserva
Sérgio Etchegoyen vê o atentado dos EUA no Iraque, que resultou no assassinato
de Qasem Soleimani, como "extremamente grave" e diz que
"escancara a atitude norte-americana de xerifes do mundo"
General Etchegoyen e Donald Trump (Foto: Reuters) |
247 - Ex-ministro-chefe
do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo de Michel Temer e
ex-chefe do Estado Maior do Exército, o general da reserva Sérgio Etchegoyen
disse ao UOL que
o bombardeio determinado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao
aeroporto de Bagdá, no Iraque, nesta quinta-feira (2), que resultou no
assassinato do general Qasem Soleimani, chefe da Força Revolucionária da Guarda
Quds do Irã, é "um caso extremamente grave".
"Na minha opinião, a gravidade
resulta dos precedentes que isso pode gerar. Imagina se ele [Donald Trump]
decide atacar uma instalação do PCC que refina drogas para os EUA por
aqui?", afirmou Etchegoyen.
"A versão
americana é de que se estaria preparando um ataque contra alvos americanos. Se
os EUA apresentarem provas disso, reduz-se a repercussão. Mas apenas reduz,
pois escancara a atitude norte-americana de xerifes do mundo e a visão
extraterritorialista de sua legislação", disse o general da reserva.
"Foi mais uma operação à revelia do
Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), aprofundando a
imagem de irrelevância daquele fórum e a postura unilateralista
americana", disse.
Quanto ao governo brasileiro se envolver,
Etchegoyen é enfático: "Não temos nada a ver com isso".
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