Estão marcados
para os dias 8 e 9 de julho os interrogatórios do ex-governador do Beto Richa
(PSDB), de sua mulher Fernanda e de outros cinco réus num dos processos da
Operação Quadro Negro. A decisão é do juiz substituto da 9ª
Vara Criminal de Curitiba, José Daniel Toaldo
No processo, Beto e a mulher respondem por
obstrução de investigação. Ela também é ré por formação de organização
criminosa, assim como os outros cinco acusados. A Operação Quadro Negro apura
desvios de mais de R$ 20 milhões de obras de escolas públicas do Paraná, entre
os anos de 2012 e 2015.
Na mesma decisão, o juiz também marcou as
oitivas das testemunhas arroladas pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) para
ocorrer entre 8 e 21 de maio. As testemunhas de defesa serão ouvidas entre 15 e
24 de junho.
Beto Richa é apontado pelo MPPR como chefe
da organização criminosa que implantou um sistema de corrupção para conseguir
propina por meio do favorecimento de empresas privadas contratadas pelo
governo.
Conforme diz a denúncia, depois de tomar
ciência das investigações, o então governador procurou o delator e ex-diretor
da Secretaria de Educação, Mauricio Fanini, e determinou que ele eliminasse
provas de comunicações e de encontros entre eles.
Os promotores argumentam que, ao descobrir
que havia um pedido de prisão contra o ex-diretor da Secretaria, Beto solicitou
que um ex-procurador – que informou Fanini sobre o pedido – o instruísse a se
livrar de evidências do esquema de pagamentos indevidos.
O MPPR aponta que Fernanda Richa agiu para
evitar que Fanini revelasse fatos sobre o suposto esquema de corrupção,
“atuando pessoalmente em encontros e por meio de mensagens de texto”. (Do
G1 Paraná).
Fonte: Contraponto
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