O grupo
de comunicação Globo, um dos mais alinhados ao ministro da Justiça, Sergio
Moro, fez uma análise sobre suas posições públicas e concluiu que ele é um
político; portanto, Moro já pode ser considerado um dos potenciais candidatos à
presidência em 2022 e um adversário de Jair Bolsonaro no campo da direita
247 – "Em
pouco mais de 700 tuítes até agora, o ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança
Pública) tem desenhado um perfil cada vez mais político para si. Desde abril,
quando ingressou na rede social, Moro reduziu a frequência de postagens sobre
ações de governo e aumentou a carga de elogios, críticas e posicionamentos
sobre temas variados, desde a soltura do ex-presidente Lula até índices de
criminalidade no país", aponta reportagem de
Bernardo Mello, publicada no jornal O Globo deste domingo.
A análise do jornal a partir das
publicações de Moro no Twitter aponta que o ministro usou a rede social de
forma mais opinativa nos últimos meses. "Em dezembro, por exemplo, a conta
do ministro somou 25 tuítes em que predominaram opiniões, por exemplo, sobre o
decreto do indulto natalino, a sanção à figura do juiz de garantias e a escolha
do próprio Moro como uma das personalidades da década por um jornal britânico.
Já no mês de estreia na rede social foram apenas 14 postagens com esse perfil,
a maioria rebatendo críticas ao pacote anticrime. Enquanto Moro fez quase 100
publicações em abril destinadas a divulgar ou explicar ações de governo, a incidência
desse perfil caiu para 36 tuítes em novembro, mês que antecedeu a aprovação do
pacote anticrime no Congresso. Ao criar sua conta no Twitter, Moro disse que
usaria a rede social para 'divulgar os projetos e propostas' do Ministério da
Justiça", informa o jornalista.
Essa mudança de perfil indica que Moro já pode ser considerado um dos potenciais
candidatos à presidência em 2022 e um adversário de Jair Bolsonaro no campo da
direita. Ele já tem convite, inclusive, do Podemos, de Alvaro Dias, para
disputar o cargo daqui a três anos. Não por acaso, o Podemos foi um dos alvos
recentes de Bolsonaro.
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