Após ser denunciado pelo MPF por suposta "invasão a celulares de
autoridades", o jornalista do The Intercept Brasil Glenn Greenwald,
responsável pela série da Vaza Jato, afirmou que esta é mais uma tentativa de
acabar com a imprensa livre no Brasil
Jair Bolsonaro, Sérgio Moro e Glenn Greenwald (Foto: ABr | Vinicius Loures/Câmara dos Deputados) |
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- O jornalista do site The Intercept Brasil Glenn Greenwald, um
dos responsáveis pela série de reportagens conhecida como Vaza Jato, comentou
nesta terça-feira (21), na coluna de Mônica Bergamo,
da Folha, a denúncia feita contra ele pelo Ministério Público
Federal (MPF).
Glen Greenwald afirmou que
esta é mais uma tentativa de acabar com a imprensa livre no país e que é uma
retaliação pelo que já divulgou o Intercept. "É uma tentativa óbvia de
atacar a imprensa livre em retaliação pelas revelações que relatamos sobre o ministro
Moro e o governo Bolsonaro".
Ele também disse que não
fica intimidado com a denúncia e que continuará fazendo seu trabalho. "Não
seremos intimidados por essas tentativas tirânicas de silenciar jornalistas.
Estou trabalhando agora com novos relatórios e continuarei a fazer meu trabalho
jornalístico. Muitos brasileiros corajosos sacrificaram sua liberdade e até sua
vida pela democracia brasileira, e sinto a obrigação de continuar esse nobre
trabalho", disse. "Não fiz nada além do meu trabalho como jornalista,
eticamente e dentro da lei", completou.
O MPF alega que Glenn
participou de uma "invasão a celulares de autoridades" que deu origem
ao material que sustenta as reportagens da Vaza Jato, ou seja, as conversas
entre o ex-juiz da Lava Jato, o ministro da Justiça Sérgio Moro, e procuradores
da operação.
O jornalista publicou a
íntegra da nota em sua conta no Twitter, onde também postou um vídeo para
comentar a ação pouco tempo depois. Confira:
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