Divulgação/AEN |
O juiz federal substituto da 23.ª Vara Federal de Curitiba
Paulo Sérgio Ribeiro decidiu que foi comprovado o pagamento de propina pela
Odebrecht que favoreceu integrantes do governo de Beto Richa. Na sentença, o
juiz julgou parcialmente procedente as acusações feitas pela força-tarefa Lava
Jato do Ministério Público Federal no Paraná em 2018.
O ex-chefe de
gabinete de Beto Richa, Deonilson Roldo, foi condenado à pena de 10 anos e 5
meses de regime inicial fechado pela prática dos crimes de corrupção passiva e
fraude à licitação, além de pagamento de multa.
Já o empresário Jorge Theodócio Atherino,
operador financeiro do grupo político que comandava o estado do Paraná, também
foi condenado pela prática do crime de corrupção passiva. O juiz aplicou para
Atherino a pena de 4 anos, 9 meses e 15 dias, para cumprimento em regime
inicial semiaberto, além de pagamento de multa. Ambos foram absolvidos das
imputações do crime de lavagem de dinheiro.
Ainda foram condenados executivos e
funcionários do Grupo Odebrecht, denunciados pelo MPF/PR e considerando a
colaboração no caso. As partes foram intimadas da sentença, quando poderão
apresentar recursos.
O ex-governador é réu em outra ação penal,
que ainda está em tramitação.
Histórico – A corrupção
no governo do Paraná foi investigada na 53ª fase da Lava Jato. Na ocasião,
foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária,
além de diversos mandados de busca e apreensão no Paraná, em São Paulo e na
Bahia. O objetivo é aprofundar as investigações sobre a prática de crimes de
corrupção, lavagem de dinheiro e fraude à licitação referentes à duplicação da
PR-323, favorecendo a empresa Odebrecht.
E em 5 de setembro de 2018, a força-tarefa
Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná denunciou 11 pessoas pelos
crimes de corrupção (ativa e passiva) e lavagem de dinheiro. As provas que
embasam a acusação revelaram o pagamento de propinas pela Odebrecht para obter
favores ilegais relacionados à Parceria Público Privada (PPP) para exploração e
duplicação da PR-323, entre os municípios de Francisco Alves e Maringá, durante
o ano de 2014, cujo valor era de R$ 7,2 bilhões.
Entre os denunciados, estão o empresário
Jorge Theodócio Atherino, apontado como “operador” (intermediário que
gerenciava as propinas) do ex-governador Carlos Alberto Richa (Beto Richa), e o
ex-chefe de gabinete deste último, Deonilson Roldo; além de Adolpho Julio da
Silva Mello Neto, Benedicto Barbosa da Silva Junior, Fernando Migliacchio da
Silva, Luciano Riberiro Pizzatto, Luiz Antônio Bueno Junior, Luiz Eduardo
Soares, Maria Lucia Tavares, Olívio Rodrigues Junior e Álvaro José Galliez
Novis.
Fonte:
Contraponto
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