Ao
comentar o livro Tormenta, Jair Bolsonaro se referiu à autora como "aquela
japonesa" e também afirmou que ela morreria de fome se tentasse ser
jornalista no Japão; Oyama é neta de japoneses e nasceu em Mogi das Cruzes, no
interior de São Paulo
Bolsonaro Oyama (Foto: Bolsonaro Oyama) |
247 – A recente agressão
racista e xenófoba de Jair Bolsonaro contra uma jornalista brasileira
descdendente de japoneses repercutiu muito mal na comunidade de nisseis
residentes no País. "Nikkeis se manifestam contra fala do
presidente", diz o título de uma página da edição mais recente do jornal
Nippak, que chegou às bancas do bairro da Liberdade, em São Paulo, na
quinta-feira (23). Sob a manchete, dois artigos de membros da comunidade com
críticas a Jair Bolsonaro (sem partido)., segundo aponta reportagem da
Folha de S. Paulo, publicada neste domingo.
O alvo da agressão
de Jair Bolsonaro foi a jornalista Thays Oyama, autora do livro Tormenta, que
revela bastidores do governo atual e também a paranoia de Bolsonaro, que se
referiu a ela como "aquela japonesa" e também afirmou que ela
morreria de fome se tentasse ser jornalista no Japão; Oyama é neta de japoneses
e nasceu em Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo.
Para estudiosos do tema, integrantes da
comunidade e advogados consultados pela Folha de S. Paulo, "as expressões
de Bolsonaro sobre a autora embutem racismo e xenofobia e se somam a outras
vezes em que o presidente recorreu a estereótipos e fez comentários sobre
características físicas da etnia". Segundo eles, a situação poderia ser
classificada como injúria racial. A jornalista, no entanto, disse que não irá
processar Bolsonaro.
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