segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Sucessor de Evo, sindicalista lidera pesquisas eleitorais na Bolívia


Segundo a pesquisa divulgada no último domingo (22), o dirigente sindicalista Andrónico Rodríguez, que é vice-presidente das seis Federações de Cocaleiros do Trópico de Cochabamba, aparece com 23% das intenções de voto para presidente, dois pontos percentuais à frente de Carlos Mesa, da Comunidade Cidadã (CC), que disputou as últimas eleições contra Morales

Brasil de Fato - Vice-presidente das seis Federações de Cocaleiros do Trópico de Cochabamba, Andrónico Rodríguez lidera as pesquisas eleitorais na Bolívia, um mês e meio após o golpe que levou à renúncia de Evo Morales, do Movimento ao Socialismo (MAS). Aos 30 anos de idade, Rodríguez é considerado o sucessor de Morales entre os cocaleiros da região central do país e pertence ao mesmo partido do ex-presidente.
A data da próxima eleição não está definida. Há dois cenários possíveis: março de 2020 ou 6 de agosto, Dia da Pátria – antiga data das posses na Bolívia.
O favorito
Apoiado por Morales, Andrónico tem formação em Ciência Política é uma das referências dos movimentos populares que protestam contra o governo de facto da presidenta autoproclamada Jeanine Añez. Desde que ela assumiu o país, houve ao menos de 25 assassinatos de opositores.
Segundo a pesquisa do instituto Mercados y Muestras divulgada no último domingo (22), o dirigente cocaleiro aparece com 23% das intenções de voto para presidente, dois pontos percentuais à frente de Carlos Mesa, da Comunidade Cidadã (CC), que disputou as últimas eleições contra Morales.
O empresário Luis Fernando Camacho, representante da extrema-direita, que liderou o movimento golpista na região de Santa Cruz de La Sierra, tem 16%.
O MAS concordou com a disputa de novas eleições mesmo após a vitória de Morales em primeiro turno, em outubro. Desde o anúncio dos resultados, o país foi tomado por manifestantes que alegam ter havido fraude na apuração dos votos. A Organização dos Estados Americanos (OEA) realizou uma auditoria e disse que havia irregularidades, mas até hoje não explicou em que consistia a suposta fraude e qual seria o resultado correto das eleições.
O ex-presidente Morales está exilado na Argentina, onde tem denunciado a violência e o caráter racista do golpe que levou à posse de Áñez. Ele e vários ministros renunciaram a seus cargos após terem as casas incendiadas e familiares ameaçados de morte.
O candidato do MAS para as próximas eleições ainda não foi confirmado oficialmente. Andrónico é o favorito para assumir o posto, não só por liderar as pesquisas, mas por ter crescido sete pontos percentuais em menos de um mês.

Bolsonaro recria Proer e manda projeto ao Congresso de socorro a bancos com dinheiro público


No apagar das luzes de 2019, o governo Jair Bolsonaro encaminhou projeto ao Congresso Nacional que prevê o uso de recursos públicos no socorro a bancos, o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), desde 2000. O projeto segue os moldes do Proer, programa criado pelo governo de Fernando Henrique Cardoso para injetar bilhões no sistema para salvar bancos
Fracasso de Guedes e Bolsonaro derruba a confiança dos empresários do setor de serviços
Fracasso de Guedes e Bolsonaro derruba a confiança dos empresários do setor de serviços (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - Jair Bolsonaro encaminhou nesta segunda-feira (23), no apagar das luzes de 2019, um projeto de lei completar para o Congresso Nacional que prevê o uso de recursos públicos no socorro a bancos em dificuldade, o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
O projeto chamado de “resolução bancária”, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, representa um novo marco legal para intervenção e liquidação de instituições financeiras no Brasil.
Na publicação do Diário Oficial não há detalhes sobre o projeto, apenas a mensagem de encaminhamento ao Congresso. 
O uso de dinheiro do Tesouro Nacional, ou seja, dos contribuintes, para socorrer bancos é proibido desde 2000, com a promulgação da Lei de Responsabilidade Fiscal. 
O governo tenta manobrar esta medida ao estabelecer no projeto que o dinheiro público só seria usado depois de esgotadas as demais fontes para o reequilíbrio das instituições financeiras.
De acordo com o Art. 45 da proposta, somente em caso de risco de crise sistêmica ou de ameaça à solidez do Sistema Financeiro Nacional, do Sistema de Pagamentos Brasileiro ou do Sistema Nacional de Seguros, Capitalização, Resseguros e Previdência Complementar Aberta, o Conselho Monetário Nacional (CMN) poderá, por meio de proposta da autoridade de resolução – o Banco Central, por exemplo – “aprovar a realização de empréstimos da União ao fundo de resolução do qual a pessoa jurídica participe”. O CMN é formado hoje por representantes do BC e do Ministério da Economia.
Com isso, ficará a cargo do CMN aprovar um empréstimo da União a um fundo de resolução do qual a instituição financeira participe. Fundo este que será criado, conforme estabelece o projeto. 
Na prática, o projeto prevê a capitalização, pela União, do fundo de resolução que, por sua vez, poderá conceder recursos a um banco em dificuldades, por exemplo.
O projeto lembra do Proer, programa criado pelo governo de Fernando Henrique Cardoso para injetar bilhões no sistema para salvar bancos.

Gasolina e etanol sobem de preço no Paraná às vésperas das viagens de fim de ano

(Foto: Franklin de Freitas)


Os preços médios da gasolina e do etanol hidratado subiram no Paraná, em relação à semana anterior, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A última análise da ANP é de 18 de dezembro, pouco antes do período de viagens de fim de ano.
Os levantamentos de preço são semanais. O próximo seria no dia 25, mas, como é feriado, deverá sair mais tarde.
Nos postos pesquisados pela ANP, o preço médio da gasolina subiu 0,49%, para R$ 4,317, em relação à semana anterior. A variação em relação ao mês passado é de 3,20%. E, em relação aos últimos 12 meses, a alta é de 3,57%.
No caso do etanol, o preço médio subiu ainda mais: 1,33%, passando para R$ 3,128 em relação à semana anterior. A variação em relação ao mês passado é de 4,93%. E, em relação aos últimos 12 meses, a alta é de 8,12%.
No Paraná, a diferença entre os preços médios é de 72%. Portanto, abastecer com etanol não é vantajoso. A ANP considera que o etanol, por ter menor poder calorífico, deve ter um preço até 70% do da gasolina nos postos para ser considerado vantajoso.
No Brasil, o preço da gasolina subiu em 22 estados (incluindo o Distrito Federal)na última semana. Caiu apenas em Maranhão, Paraíba, Tocantins, Minas Gerais e Rio de Janeiro
O preço do etanol, por sua vez, aumentou em 21 estados (incluindo o Distrito Federal); manteve-se estável no Amapá e caiu em Amazonas, Rondônia, Roraima, Ceará e Paraíba.
Fonte: Bem Paraná


Editorial do Estadão diz que Brasil tem hoje um "governo perdido"


O jornal quatrocentão da elite paulista concluiu que Bolsonaro "não sabe o que fazer para interromper a destruição da Amazônia e de outros biomas nem demonstra disposição genuína de fazê-lo" e alerta ainda para os prejuízos econômicos que o Brasil terá com essa política de ataque ao meio ambiente

247 – "O governo do presidente Jair Bolsonaro não tem política ambiental. Não sabe o que fazer para interromper a destruição da Amazônia e de outros biomas nem demonstra disposição genuína de fazê-lo. Ao contrário, os atos e palavras do presidente da República e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, quase invariavelmente confirmam a incapacidade do governo de compreender a extensão do problema e suas consequências políticas e econômicas para o Brasil", aponta o jornal Estado de S. Paulo, em editorial publicado neste domingo.
"Mesmo quando parece afinal interessado em enfrentar o problema do desmatamento, o governo adota um tom desnecessário de revanche. O ministro Ricardo Salles participou da Conferência do Clima da ONU em Madri – que Bolsonaro pretendia boicotar – e cobrou “recursos que foram prometidos e até agora não recebemos”, em referência ao fundo destinado a custear iniciativas de países emergentes para enfrentar as mudanças climáticas. O que poderia ser uma bem-vinda mudança de atitude – afinal, há pouco tempo Bolsonaro desdenhou do Fundo Amazônia, bancado por Alemanha e Noruega – ganha ares de picuinha. E, para não alimentar esperanças de que o governo se emendou, Bolsonaro logo esclareceu que seu ministro do Meio Ambiente não sabia do que estava falando, pois não vai 'vender a Amazônia em troca de migalhas ou grandes fortunas'”, aponta ainda o texto.

Desgoverno: gasolina já se aproxima de 6 reais em alguns postos do País


A gasolina mais cara do Brasil entre os dias 15 e 21 de dezembro é a do Posto Marina Piratas Mall Ltda, localizado na Praia do Jardim, em Angra dos Reis
(Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)

Da revista Fórum Cerca de um mês depois da Petrobras impor reajustes nos preços dos combustíveis de acordo com a subida do dólar e com o mercado internacional, o consumidor brasileiro já sente no bolso o baque de uma gasolina mais cara. O litro em capitais como Rio de Janeiro e São Paulo chega a atingir R$ 5,299 em alguns postos. O posto de gasolina com o litro mais caro localiza-se em Angra dos Reis, cobrando R$ 5,859.
Segundo dados revelados pela Agência Nacional do Petró­leo, Gás Natural e Biocom­bustíveis (ANP), a gasolina mais cara do Brasil entre os dias 15 e 21 de dezembro é a do Posto Marina Piratas Mall Ltda, localizado na Praia do Jardim, em Angra dos Reis. O segundo posto de gasolina mais caro se localiza no município de Paraíso do Tocantins (TO) e cobra R$ 5,690 o litro.


Golpe de estado contra Dilma reduziu os direitos trabalhistas das empregadas domésticas


O percentual de domésticas com carteira assinada é o menor desde 2013 e a formalização do trabalho dessas profissionais, uma conquista do governo da ex-presidente Dilma Rousseff, foi um dos motivos que levou setores da classe média às ruas naquele ano
Estado garante salário de R$ 1,2 mil para domésticas

247 – "As empregadas domésticas estão mais velhas, mais escolarizadas e menos protegidas. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que traçou o perfil dessas trabalhadoras mostra que a formalização ficou em 28,6% no ano passado, o menor nível desde 2013. Naquele ano, o percentual de domésticas com carteira tinha ultrapassado os 30% pela primeira vez, atingindo o pico em 2016 (33,3%). Como consequência da crise, as famílias passaram a optar pelas diaristas — hoje, 44% das domésticas estão nessa categoria, sem carteira assinada, contra 36,8% em 2016", aponta reportagem da jornalista Cássia Almeida, no jornal O Globo.
formalização do trabalho dessas profissionais, uma conquista do governo da ex-presidente Dilma Rousseff, foi um dos motivos que levou setores da classe média às ruas em 2013. Madames diziam que, com direitos trabalhistas, não conseguiam mais ter empregadas.

Petrobras venderá usina de biodiesel no interior do Paraná

(Foto: Divulgação)


A Petrobras Biocombustível (PBio) vai vender a totalidade de suas ações na Indústria e Comércio de Biodiesel Sul Brasil S/A (BSBios). Subsidiária da Petrobras, a PBio detém 50% de participação na BSBios e fará a venda em conjunto com sua sócia RP Biocombustíveis S.A, controladora dos 50% restantes.
O processo de venda das ações da indústria de biodiesel instalada no sul do país será conduzido exclusivamente pela PBio.
A BSBios é proprietária de duas usinas de biodiesel, uma em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, e a outra em Marialva, no Paraná.
A usina de Passo Fundo tem capacidade para produzir 288 mil metros cúbicos de biodiesel por ano (m³/ano). Em 2020, a capacidade deve ser ampliada para 414 mil m³/ano. A usina pode esmagar 1.152 mil toneladas/ano e armazenar 120 mil toneladas de grãos, 60 mil toneladas de farelo e 7,5 mil m³ de biodiesel.
A Usina de Marialva pode produzir 414 mil m³ de biodiesel por ano e armazenar 3 mil m³ de óleo vegetal, 1,5 mil m³ de gordura animal e 4,5 mil m³ de biodiesel.
Fonte: Bem Paraná com informações da Agência Brasil

New York Times acusa Bolsonaro de estimular a volta dos esquadrões da morte no Brasil


A notícia foi publicada na coluna do jornalista Nelson de Sá que destacou que os assassinatos são “estimulados pelo presidente Jair Bolsonaro e por sua afirmação de que criminosos devem morrer como baratas”
Jair Bolsonaro e militares
Jair Bolsonaro e militares (Foto: Marcos Corrêa/PR)

247 – Reportagem do jornal New York Times, o maior e mais influente do mundo, diz que, com Jair Bolsonaro, as milícias policiais “operam nas sombras da repressão do governo brasileiro” e que os assassinatos são “estimulados pelo presidente Jair Bolsonaro e por sua afirmação de que criminosos devem morrer como baratas”.
A notícia foi publicada na coluna do jornalista Nelson de Sá que destacou ainda outro trecho da reportagem: “parte esquadrão da morte, parte crime organizado, suas fileiras estão cheias de policiais de folga e aposentados que matam à vontade, muitas vezes com total impunidade”.
“Alguns membros de milícia são abertos sobre suas motivações criminosas, cobrando altas somas ao estilo da máfia”, para fornecer suposta segurança ou para conceder permissão para “atuar no comércio local”, aponta ainda a coluna.