domingo, 17 de novembro de 2019

Evo Morales: OEA também é responsável pelo golpe de Estado


O ex-presidente boliviano culpou a Organização dos Estados Americanos por ter provocado golpe de Estado na Bolívia após uma auditoria que relatava fraudes eleitorais. Evo nega um processo eleitoral fraudulento e lista os responsáveis por sua renúncia: "a direita, a polícia, as Forças Armadas e a OEA"
(Foto: REUTER)

247 - O ex-presidente boliviano Evo Morales, forçado a renunciar por pressões de um golpe de Estado em seu país, disse em entrevista à BBC News Mundo que a Organização dos Estados Americanos (OEA) também é responsável pelo golpe. 8 pessoas já morreram pela ditadura boliviana.
A OEA realizou uma auditoria nas votações e constatou que houve fraude eleitoral na Bolívia. Evo Morales nega e diz que pode ter havido erros, como sempre há, mas não fraude. "Quero que saibam: a OEA também é responsável pelo golpe de Estado. Você sabe o porquê? Em primeiro lugar, diante de alegações de fraude, dissemos que havia uma auditoria. Já fizemos uma auditoria interna. De acordo com informações técnicas, sempre pode haver erros, mas não houve fraude".
"Em todos os países há contagem rápida. Eu pedi para que se revisasse voto por voto, mesa por mesa, para mim isso era o mais válido. Todos os partidos que participaram tem um registro de sufrágio. Porque não se revisa isso? Se isso foi alterado, é fraude. Se não foi, como podemos nos embasar em pesquisas de boca de urna?", completou.
Evo também se mostrou insatisfeito com a falta de precisão do relatório da OEA. O ex-presidente exige que sejam mostradas as mesas nas quais os votos foram adulterados. "É isso que eu digo que eu quero que demonstrem, em quais mesas havia contagem alterada, onde deveria ter ganho Carlos Mesa e ganhou Evo. Agora, dentro de uma auditoria interna, me disseram que havia irregularidades, problemas, mas isso não demonstra que houve fraude".
Questionado sobre quem são os responsáveis pelo golpe, Evo respondeu: "a direita, a polícia, as Forças Armadas e a OEA". Morales também foi perguntado se teria feito alguma autocrítica. "Me cabe fazer autocrítica, de quê, me diga? Que erros eu cometi?", rebateu.
O ex-presidente também refutou a ideia de que teria abandonado a Bolívia e ressaltou que corria risco de vida em seu país. "Olha, no sábado, 9 de novembro, coloque isso na sua cabeça se você é um ser humano, eu chego em Chimoré (centro da Bolívia). As equipes de segurança me fazem ler as mensagens recebidas: "Entregue-me o Evo, vamos agir". Telefonemas, mensagens: "Vou enviar 50 big sticks [cacetetes, em inglês]". Eu perguntei: o que são 50 big sticks ? 50 mil dólares para quem me entregar. Você quer me ver morto? Te pergunto. Você quer me ver morto? Diga-me... Responda-me, como jornalista, você quer ver o Evo morto?".
Evo Morales afirmou que ainda não há data prevista para sua volta à Bolívia.


Folha: Bolsonaro revelou pendor autoritário ao ameaçar Lula


"Jair Bolsonaro (PSL) fez mais uma acintosa exibição de seu pendor autoritário ao reagir às primeiras manifestações feitas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após sair da cadeia", aponta editorial publicado pela Folha de S. Paulo, neste domingo

247 – Em editorial publicado neste domingo, o jornal Folha de S. Paulo reitera, mais uma vez, que Jair Bolsonaro é um projeto de ditador. "Jair Bolsonaro (PSL) fez mais uma acintosa exibição de seu pendor autoritário ao reagir às primeiras manifestações feitas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após sair da cadeia.  Atacado pelo líder petista, que condenou sua política econômica e disse que ele governa para milicianos em vez de se preocupar com o país, o chefe do Executivo ameaçou recorrer à Lei de Segurança Nacional para conter o antecessor", aponta o texto. 
"A lei não foi revista após a redemocratização, mas certamente não constitui o instrumento adequado para um governante lidar com seus adversários em tempos de paz", reforça o editorial. "Ao alimentar o saudosismo, Bolsonaro tenta intimidar seus adversários e minar a confiança da sociedade na capacidade das instituições democráticas de enfrentar os desafios do presente."

Collor: governo não tem como dar certo e Bolsonaro corre risco de impeachment


"Continuando do jeito que está, não vejo como este governo possa dar certo. São erros primários. Bolsonaro esteve na Câmara por 28 anos, viu como se forma um movimento numa casa em que o chefe do Executivo não dispõe de maioria", alerta o ex-presidente Fernando Collor, que foi eleito em 1989 e sofreu impeachment em 1992
(Foto: PR | Senado)

247 – Primeiro presidente eleito após a redemocratização do País, Fernando Collor de Melo disse que Jair Bolsonaro pode repetir a sua sina: a de cair por não ter maioria no Congresso e não se dedicar de forma adequada à construção de uma sólida base parlamentar. "Vejo semelhança entre o tratamento que eu concedi ao PRN e o que ele está conferindo ao PSL. Em outubro de 1990, nós elegemos 41 deputados. O pessoal queria espaço no governo, o que é natural. Num almoço com a bancada, eu disse: 'Vocês não precisam de ministério nenhum. Já têm o presidente da República'. Erro crasso. O que está acontecendo com o Bolsonaro é a mesma coisa", disse ele, em entrevista ao jornalista Bernardo Mello Franco. publicada no jornal O Globo. "Logo no início, ele tinha que ter dado prioridade aos 53 deputados do PSL. E, a partir desse núcleo, construído a maioria para governar. Ele perdeu esse momento. Agora reúne a bancada para dizer que vai sair do partido? Erro crasso. Estou dizendo porque eu já passei por isso. Estou revendo um filme que a gente já viu. Vai ser um desassossego para ele", afirma.
Collor não vê possibilidade de que o governo Bolsonaro seja bem-sucedido. "Continuando do jeito que está, não vejo como este governo possa dar certo. São erros primários. Bolsonaro esteve na Câmara por 28 anos, viu como se forma um movimento numa casa em que o chefe do Executivo não dispõe de maioria", diz ele, que fala até em risco de impeachment. "É uma das possibilidades. Bolsonaro não vem se preocupando com a divisão da sociedade brasileira, que se aprofunda. O discurso dele acentua a divisão. Com a soltura do Lula, a tendência é que essa divisão se abra ainda mais. O governo tem que ser bombeiro. Tem que entender que não está mais em campanha. Hoje uma boa parcela dos eleitores que não queriam o PT está desiludida. É preciso que alguém acorde neste governo e diga: 'O rei está nu'”, afirma.

Volta Feriado: movimento será intenso nas principais estradas do PR


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A volta do feriado da Proclamação da República deve aumentar o fluxo de veículos em vários trechos de estradas paranaenses neste domingo (17). A partir das 11 horas o trânsito já deve se intensificar e o pico deve ser entre 16 e 17 horas, segundo as concessionárias.
O destino mais procurado no Paraná foi o litoral. Segundo a concessionária Ecovia, mais de 136 mil veículos devem circularam pela BR-277, no trecho entre Curitiba e Litoral. O pico neste domingo, de 2.6 mil veículos, deve ser entre 16h e 17 horas.
Já na BR-376, entre Curitiba e as praias de Santa Catarina, o retorno sentido Capital paranaense deve ter horário de maior fluxo a partir das 9 horas e seguir até 22 horas, segundo a concessionária Arteris Litoral Sul.
Na BR-116, entre Curitiba e São Paulo, também é esperado movimento intenso. Neste trecho o fluxo maior deve ser no sentido São Paulo entre 12h e 22 horas. 
E para quem volta do interior do Paraná, na BR-277 o movimento mais intenso deve ser registrado entre 15h e 22 horas de hoje (17). Segundo a concessionária Rodonorte, responsável pelo trecho, 51 mil veículos devem circular pelos dois sentidos da BR 277 na região de São Luiz do Purunã, neste domingo.

ORIENTAÇÕES PARA UMA VIAGEM TRANQUILA

Segundo a PRF,  para não ter surpresas desagradáveis, antes de pegar a estrada é fundamental verificar as condições do veículo. É preciso estar atento aos equipamentos obrigatórios, às condições mecânicas e dos pneus. 
Além disso, é fundamental respeitar os limites de velocidade, manter distância de segurança em relação aos demais veículos e ultrapassar apenas quando houver plenas condições de segurança. 
Outra dica da PRF é planejar a viagem, evitando os horários de pico nas estradas. 
Em casos de emergência o telefone da Polícia Rodoviária Federal é 191. Nas rodovias estaduais, a PRE (Polícia Rodoviária Estadual) pode ser acionada pelo telefone 198.
Fonte: paranaportal