sábado, 16 de novembro de 2019

Toffoli mira nos agentes públicos que vazaram ou receberam informações sigilosas


Pedido de Dias Toffoli para receber 19.441 relatórios sobre movimentações financeiras suspeitas visa descobrir quais foram os agentes públicos que receberam e que possam ter vazado tais informações sigilosas
(Foto: Marcelo Camargo/ABR)

247 - Ao pedir e receber 19.441 relatórios sobre movimentações financeiras suspeitas de 412.484 pessoas físicas e de 186.173 pessoas jurídicas, o presidente do STF, Dias Toffoli, está interessado em saber quais foram os agentes públicos que receberam e que possam ter vazado informações financeiras sigilosas sobre pessoas expostas politicamente e com prerrogativa de função, informa Ricardo Noblat
"É o caso dele e de alguns dos seus pares no Supremo e em outros tribunais, mas não só. Daí porque Toffoli reforçou, ontem, a ordem dada ao Banco Central de lhe remeter tudo o que tenha a ver com o assunto. Até a próxima segunda-feira, ele quer saber quais são as instituições cadastradas que recebem os relatórios e quais são os agentes públicos aptos a acessarem tais informações", explica o jornalista.

Toffoli nega pedido de Aras para revogar acesso a informações fiscais de 600 mil


Presidente do STF, Dias Toffoli, negou existência de medida invasiva por parte do Supremo na decisão ao Banco Central para enviar relatórios de inteligência financeira produzidos nos últimos três anos pelo antigo Coaf
(Foto: Carlos Moura/SCO/STF (07/11/2019))

247 - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, rejeitou nesta sexta-feira (15) o pedido feito pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, para revogar a decisão do próprio Toffoli ao Banco Central para enviar os relatórios de inteligência financeira produzidos nos últimos três anos pelo antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). 
O ministro negou existência de medida invasiva por parte do Supremo. “Não se deve perder de vista que este processo, justamente por conter em seu bojo informações sensíveis, que gozam de proteção constitucional, tramita sob a cláusula do segredo de justiça”, afirmou o ministro, de acordo com o G1.
Toffoli afirmou na decisão que a Receita Federal já disponibilizou as informações pedidas “a todo o Sistema de Justiça brasileiro para adoção de medidas cabíveis, ou seja, à autoridade policial, ao Ministério Público e ao próprio Poder Judiciário”, demonstrando “transparência ao comunicar os destinatários das suas ações, o que, nem de longe, caracterizaria uma medida desproporcional e invasiva”.
Com a decisão, o presidente do Supremo pode ter acesso aos dados sigilosos de 600 mil pessoas e empresas (412.484 pessoas físicas e 186.173 pessoas jurídicas). Na resposta enviada ao ministro, a UIF informou que tinha disponibilizado o acesso aos relatórios e ressalvou que, nos documentos, havia informações de um "número considerável" de pessoas politicamente expostas e de pessoas com prerrogativa de foro por função.
Mais cedo, o jornalista Ricardo Kotscho, do Jornalistas pela Democracia, havia antecipado que o presidente do STF não iria ceder ao pedido do PGR. (leia mais no Brasil 247
Leia também reportagem da agência Reuters sobre o assunto:
SÃO PAULO (Reuters) - O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu nesta sexta-feira que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, revogue a decisão que determinou o envio à corte de relatórios elaborados pelo antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), atual Unidade de Inteligência Financeira do Banco Central, informou a Procuradoria-Geral da República.
Toffoli determinou que o BC envie a corte todos os Relatórios de Inteligência Financeira (RIF) e das Representações Fiscais para Fins Penais (RFFP) realizados nos últimos três anos, medida considerada por Aras como “demasiadamente interventiva” que pode colocar em risco informações privadas de mais de 600 mil pessoas, de acordo com nota divulgada pela PGR.
“Ao reiterar que a medida é desproporcional, coloca em risco a integridade do sistema de inteligência financeira e pode afetar o livre exercício de direitos fundamentais, o PGR afirma que a providência é dispensável ao fim pretendido - o de conhecer a metodologia empregada pela Unidade de Inteligência Financeira”, disse a PGR em nota publicada em seu site.
No pedido, Aras também afirmou que a decisão de Toffoli não encontra previsão na legislação e contraria recomendação do Grupo de Ação Financeira Internacional (Gafi), em que afirma que as unidades de inteligência financeira devem ser independentes e autônomas.

Glenn Greenwald vê Deltan Dallagnol "marcado para morrer"


A coluna Radar, repercutida pelo editor do Intercept, afirma que o procurador estaria no bico do corvo porque um conselheiro do CNMP teria dito que Dallagnol vai ser defenestrado da força-tarefa Lava Jato
Deltan Dallagnol
Deltan Dallagnol (Foto: Senado | ABr)

Por Esmael Morais, em seu blog – O jornalista norte-americano Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept Brasil, em seu Twitter, repercutiu matéria da Veja segundo a qual o procurador Deltan Dallagnol estaria “marcado para morrer” em virtude de 16 processos no CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público)
A coluna Radar afirma que o procurador estaria no bico do corvo porque um conselheiro do CNMP teria dito que Dallagnol vai ser defenestrado da força-tarefa Lava Jato.
‘Começaremos pelas sanções e leves. Pode demorar, mas ele será retirado da Lava-Jato’, registra a Veja, citando como fonte um conselheiro do CNMP.
Noutra nota, a revista Veja registra que conselheiros do Tribunal de Contas da União (TCU) fizeram sessão secreta para discutir o caso Dallagnol.
Segundo a publicação, retuitada por Glenn, os ministros do TCU querem ter acesso ao pacote de mensagens em que o coordenador da força-tarefa detona a corte de contas.




Réu no caso Marielle só teria visitado casa de Jair Bolsonaro no dia do crime


O ex-policial Élcio Queiroz entrou 12 vezes no condomínio Vivendas da Barra e, em 11 das visitas, se dirigiu à casa de Ronnie Lessa – o outro suspeito de ter assassinado Marielle Franco. A única exceção é a entrada no dia do crime, 14 de março, quando a planilha manuscrita indica que a autorização de acesso na portaria foi dada por alguém da casa 58, onde vivia o atual presidente Jair Bolsonaro
(Foto: Esq.: Antonio Cruz - ABR / Dir.: Mídia Ninja)

247 – "O ex-policial militar Élcio Queiroz, acusado de participação no assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, entrou ao menos 12 vezes no condomínio Vivendas da Barra de janeiro a outubro do ano passado —a vereadora do PSOL foi morta em março. Apreendidas pela Polícia Civil e analisadas pela Folha, as planilhas de controle de acesso indicam que, em 11 dessas visitas, Élcio sempre teve como destino a casa 65, de Ronnie Lessa, policial militar aposentado também acusado e preso pelo crime", aponta reportagem de ítalo Nogueira e Marina Lang, na Folha de S. Paulo.
"A única exceção é a entrada no dia do crime, 14 de março, quando a planilha manuscrita indica que a autorização de acesso na portaria foi dada por alguém da casa 58, onde vivia o atual presidente Jair Bolsonaro, então deputado federal. Essa menção ao imóvel do presidente passou a ser alvo de averiguação no mês passado, quando um dos porteiros declarou à polícia que o ex-PM Élcio entrou no condomínio naquele dia após autorização do “seu Jair”, da casa 58", aponta o texto.


No ano que vem, nove feriados prolongados

Contraponto


O ano de 2020, que começará dentro de 45 dias, contará com nove feriados emendáveis em nível nacional, sem contar os feriados estaduais e municipais de cada cidade.
Estão previstos no calendário nacional nove datas em que o dia de folga cai às segundas, terças, quintas ou sextas-feiras.
São eles: Carnaval (24 de fevereiro, segunda-feira), Paixão de Cristo (10 de abril, sexta-feira), Tiradentes (21 de abril, terça-feira), Dia do Trabalho (1º de maio, sexta-feira), Corpus Christi (11 de junho, quinta-feira), Independência do Brasil (07 de setembro, segunda-feira), Nossa Senhora Aparecida (12 de outubro, segunda-feira), Finados (02 de novembro, segunda-feira) e Natal (25 de dezembro, sexta-feira).
Até o fim do ano, o Ministério do Planejamento divulgará uma portaria com todas as datas oficiais.

Fonte: Contraponto