sábado, 12 de outubro de 2019

Haddad atribui colapso da economia à Lava Jato e ao golpe, mas também critica Dilma


Em artigo publicado neste sábado, Fernando Haddad diz que a Operação Lava Jato destruiu cadeias produtivas e que o golpe de 2016 não trouxe ao país uma agenda de desenvolvimento, mas também criticou a ex-presidente Dilma Rousseff por, na sua visão, enfraquecer a base fiscal do País
Fernando Haddad
Fernando Haddad (Foto: Ricardo Stuckert)

247 – Candidato a ser candidato a presidente da República em 2022, o ex-prefeito Fernando Haddad criticou a Lava Jato, o golpe de 2016, mas também a ex-presidente Dilma Rousseff pelo colapso da economia brasileira, em artigo publicado neste sábado. "Em 2015, uma tempestade perfeita promoveu o colapso da economia. Em primeiro lugar, cumpre notar o desacerto da agenda adotada para estimular a economia. Fortemente influenciadas pela Fiesp, as desonerações fiscais, o Supersimples, a campanha pela redução artificial dos custos de energia etc. revelaram-se equivocadas", disse ele, na crítica a Dilma.
"Em segundo lugar, vale relembrar a atitude do PSDB", afirmou, mencionando o apoio do partido ao golpe de 2016. "Por fim, um fato sempre negligenciado pela imprensa tradicional. A destruição, pela Lava Jato, de cadeias produtivas inteiras. A experiência internacional deveria ter servido de guia para lidar com grandes empresas dirigidas por gente corrupta ou imoral", pontuou.
"Hoje, temos um governo desastroso em várias áreas —política externa, meio ambiente, ciência e tecnologia, educação etc.—, que pode comprometer a recuperação e nos condenar, por anos, a um desempenho econômico medíocre", diz ele.  


Começam a ser vividos os momentos decisivos sobre saída de Lula da prisão


A partir do último minuto desta sexta-feira (11) começou a semana decisiva em que se vai saber se Lula permanece preso ou sai do cárcere de Curitiba, beneficiado por progressão de regime
Ricardo Stuckert
Ricardo Stuckert (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - A jornalista Bela Megale, de O Globo, publica em sua coluna deste sábado, que começou no último minuto da sexta-feira (11) o prazo de uma semana para que a defesa do ex-presidente Lula se manifeste no processo de execução penal que pode tirá-lo da cadeia.
A jornalista lembra que o Ministério Público já se posicionou pela progressão de regime de Lula, que reagiu afirmando que não iria barganhar seus direitos e sua liberdade.   
O ex-presidente se mantém firme em sua decisão de não aceitar condicionamentos e restrições para sair da prisão, como o uso de tornozeleira eletrônica.   
A posição de Lula é só deixar a prisão, onde compre pena injusta como preso político desde abril do ano passado, se tiver a sua inocência reconhecida e conquistar a liberdade plena.   
A jornalista informa que o advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin Martins, irá a Curitiba nos próximos dias para definir com ele o conteúdo do documento a ser enviado à Justiça. A ideia é usar todo o prazo e se posicionar no processo só na próxima sexta-feira (18).  
Bela Megale ressalta que se trata do último passo antes de a juíza de Curitiba, Carolina Lebbos, proferir sua decisão sobre a soltura do ex-presidente.


Reativação de Módulo Policial fortalece segurança na Zona Sul de Arapongas



Dando continuidade à entrega de importantes obras para Arapongas, a Prefeitura realizou na manhã desta sexta-feira (11) a reativação do Módulo Policial Subtenente Heleno Pinto Cavalcante – situado na Zona Sul. Totalmente restaurado pela Secretaria de Obras, o espaço terá a presença permanente de Policiais Militares, além do apoio da Guarda Municipal. A retomada das atividades no Módulo Policial – que ficou desativada por anos – amplia e fortalece a segurança pública dos bairros da Zona Sul, além de maior suporte à Colônia Esperança e Distrito de Aricanduva. O Módulo Policial conta em seu plano de ação com um sargento para comando, com expediente diário, equipes policiais e espaço para registros de boletins de ocorrência (B.O.).
A solenidade contou com a presença de autoridades, entre elas o prefeito Sérgio Onofre, vice-prefeito Jair Milani, secretário de Segurança Pública e Trânsito, Paulo Argati, e comandante da 7ª CIPM, capitão Humberto Cavalcante, presidente do Conseg, Luiz Yokomizo, deputado estadual Tiago Amaral, secretários municipais, vereadores, demais autoridades e comunidade local. 
O capitão Cavalcante enalteceu os esforços que resultaram na reabertura do Módulo - que também presta uma homenagem a seu pai, subtenente Heleno (in memorian). “Estou há 40 anos neste município e digo que os esforços que têm partido da atual gestão na área de segurança, tendo à frente o secretário Argati, são um exemplo. O prefeito Sérgio Onofre e sua equipe em momento algum hesitaram em retomar esse local parafortalecer a segurança de toda a região. Iniciamos aquiuma nova fase nova, com um ponto estratégico de base para que toda a comunidade se sinta segura. Honraremos também o nome de meu pai, que durante sua vida lutou com afinco pela segurança”, agradeceu. 
Para o prefeito, além de celebrar os 72 anos de Arapongas, as obras já entregues e as previstas para término ainda neste ano presenteiam a população como um todo. “Em campanha, um dos pedidos que mais ouvi aqui foi de investimento em segurança. Esse módulohonra um compromisso que assumimos com a população desta região”, afirmou Sérgio Onofre. Eleainda acrescentou outros projetos para a região e que devem reforçar ainda mais a segurança. Entre eles a implementação da Escola Municipal Militar (na Escola Municipal Doutora Maria Hercília Horácio Stawinski,primeira a contar com esse sistema de ensino), a construção do Colégio Estadual da Zona Sul, para atender o Jardim São Bento, Alto da Boa Vista e outros bairros, com investimentos de R$ 7,7 milhões advindos do governo estadual, também com funcionamento no sistema militar, além da construção de um Centro de Detenção Provisória (CDP), com recursos estaduais na ordem de R$ 10 milhões – que deve solucionar a superlotação da cadeia pública de Arapongas. O CDP deve ser anunciado ainda neste mês pelo governador Ratinho Júnior.
O deputado Tiago Amaral discursou homenageando a família Cavalcanti. “Não convivi com o subtenente Heleno, mas tenho a honra de conhecer e ser amigo dos seus filhos, que estão entre os melhores policiais do Paraná”, afirmou.
O mesmo ato marcou a entrega de novos equipamentos para a Guarda Municipal de Arapongas (GMA). Entre os novos materiais não-letais, constam 25 dispositivos para eletrochoque, 124 dispositivos individuais e sprays de pimenta, além de duas novas viaturas. Somados, os investimentos chegam à R$ 297.910,29.
Conheça melhor o perfil do homenageado
O dia marcou também a homenagem ao Subtenente Heleno Pinto Cavalcante, que dá nome ao módulo policial. Com a presença dos filhos, netos e da viúva, Leni Cavalcante, os familiares também foram homenageados com flores e placa de reconhecimento público. Nascido em Bom Conselho, Pernambuco, ingressou na Polícia Militar do Paraná em 1956, integrando a Companhia de guarda do Palácio do Iguaçu. O então Soldado Heleno galgou a graduação de terceiro sargento radiotelegrafista, passando a exercer com brilhantismo a função na Capital do Estado. Com destaque, foi selecionado para prestar seus serviços no interior do Estado com a missão de aprimorar a comunicação da Corporação em todo o Paraná. 
Em sua vida profissional, exerceu afunção de Comandante de Destacamento, foi nomeado Delegado de Polícia nas cidades de Centenário do Sul e Alvorada do Sul. Com a promoção a 2º Sgt, assumiu o comando do então 4º Pelotão de Polícia Militar de Arapongas, onde trabalhou por cinco anos e foi testemunha da evolução do 4º Pel. para a 3ª Companhia do 15º BPM, a atual 7ª Companhia Independente de Polícia Militar. 
Foi transferido para a reserva remunerada no ano de 1990 e faleceu dia 09 de dezembro de 2013 devido a complicações cirúrgicas. Foi escolhido como nome da primeira turma de formação de soldados da 7ªCIPM, a turma Subtenente Heleno Pinto Cavalcante. 
Residiu por mais de trinta anos em Arapongas, sendo um dos moradores pioneiros do Conjunto Flamingos, o primeiro bairro da Zona Norte de Arapongas.



Moro quer empresário lucrando com sistema prisional no Brasil


Moro defendeu a participação do setor privado no sistema prisional brasileiro. "O empresário não vai realizar o investimento se ele não tiver o retorno, se não tiver o lucro. Nós analisamos que isso é bastante possível”, disse ele
O Judiciário no Fundo do Poço
O Judiciário no Fundo do Poço (Foto: Reuters)

Por Rafa Santos, no Conjur – O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, decidiu subir o tom ao tratar da questão dos presos integrantes de facções criminosas.
Durante palestra no Fórum de Investimentos Brasil, evento promovido pela Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), disse que os presos têm que fazer uma escolha básica entre “cenoura ou porrete”.
A declaração foi dada quando ele tratava da redução de benefícios de progressão de pena para presos que integram facções criminosas e faz parte do “pacote anticrime” enviado pelo Ministério da Justiça ao Congresso Nacional em janeiro deste ano.
Além de endurecer o discurso, o ex-juiz da "lava jato" criticou a ação de improbidade do Ministério Público Federal no Pará, que obteve liminar para afastar do cargo de coordenador da intervenção federal em presídios no estado, Maycon Cesar Rottava.
A ação do Ministério Público Federal do Pará conta com a assinatura de 17 dos 28 procuradores da República que atuam no estado e aponta que as torturas vão do empalamento à perfuração dos pés dos presos por pregos. Além dos procuradores, foram recolhidos testemunhos de presos e de agentes penitenciários.
Na última terça-feira (8/10), o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão subordinado ao Ministério da Justiça, divulgou uma nota em que diz que não reconhece as acusações de tortura generalizada durante o emprego da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) em 13 prisões no Pará.
Mercado do cárcere

Durante a palestra desta sexta, Moro também defendeu a participação do setor privado no sistema prisional brasileiro. Afirmou que os investimentos no sistema oferecem uma oportunidade de lucro para os  empresários.

“Nós precisamos do investimento privado para várias iniciativas e passamos a identificar aqueles setores em que o investimento privado possa agregar. Para que isso seja possível, é preciso conciliar o interesse do governo com o interesse do empresariado. O empresário não vai realizar o investimento se ele não tiver o retorno, se não tiver o lucro. Nós analisamos que isso é bastante possível”, disse.