terça-feira, 24 de setembro de 2019

Sim, o Brasil já foi respeitado e admirado. Relembre o primeiro discurso de Lula na ONU


"No Brasil, estamos instaurando um novo modelo capaz de conjugar estabilidade econômica e inclusão social. As negociações comerciais não são um fim em si mesmo. Devem servir à promoção do desenvolvimento e à superação da pobreza. O comércio internacional deve ser um instrumento não só de criação, mas de distribuição de riqueza", disse Lula em 2003, arrancando aplausos de líderes internacionais
Foto: Ricardo Stuckert)

247 – Diante de uma platéia de chefes de Estado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou por cerca de 20 minutos na abertura da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas no dia 23 de setembro de 2003.
Leia abaixo a íntegra do discurso:
Discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura da 58a Assembléia Geral da ONU:
“Que minhas primeiras palavras diante deste Parlamento Mundial sejam de confiança na capacidade humana de vencer desafios e evoluir para formas superiores de convivência no interior das nações e no plano internacional.
Em nome do povo brasileiro, reafirmo nossa crença nas Nações Unidas. Seu papel na promoção da paz e da justiça permanece insubstituível.

Rendo homenagem ao Secretário-Geral, Kofi Annan, por sua liderança na defesa de um mundo irmanado pelo respeito ao direito internacional e a solidariedade entre as nações.

Esta Assembléia se instala sob o impacto do brutal atentado à Missão da ONU em Bagdá que vitimou o Alto Comissário para Direitos Humanos, nosso compatriota Sérgio Vieira de Mello. A reconhecida competência de Sérgio nutria-se das únicas armas em que sempre acreditou: o diálogo, a persuasão, a atenção prioritária aos mais vulneráveis. Exerceu, em nome das Nações Unidas, o humanismo tolerante, pacífico e corajoso que espelha a alma libertária do Brasil. Que o sacrifício de Sérgio e de seus colegas não seja em vão. A melhor forma de honrar sua memória é redobrar a defesa da dignidade humana onde quer que ela esteja ameaçada.
Saúdo fraternalmente o senhor Julian Hunte, que assume a Presidência desta Assembléia em momento especialmente grave na história da ONU. A comunidade internacional está diante de enormes desafios políticos, econômicos e sociais, que exigem esforço acelerado de reforma da Organização, para que nossas decisões e ações coletivas passem a ser de fato respeitadas e eficazes.
Senhoras e Senhores,
Nesses nove meses como presidente do Brasil, tenho dialogado com líderes de todos os continentes. Percebo nos meus interlocutores forte preocupação com a defesa e o fortalecimento do multilateralismo. O aperfeiçoamento do sistema multilateral é a contraparte necessária do convívio democrático no interior das Nações. Toda nação comprometida com a democracia, no plano interno, deve zelar para que, também no plano externo, os processos decisórios sejam transparentes, legítimos, representativos.
As tragédias do Iraque e do Oriente Médio só encontrarão solução num quadro multilateral, em que a ONU tenha um papel central. No Iraque, o clima de insegurança e as tensões crescentes tornam ainda mais complexo o processo de reconstrução nacional. A superação desse impasse somente poderá ser assegurada a partir da liderança da ONU. Não apenas no restabelecimento de condições aceitáveis de segurança, mas também na condução do processo político, com vistas à restauração plena da soberania iraquiana no mais breve prazo.
Não podemos fugir a nossas responsabilidades coletivas. Pode-se talvez vencer uma guerra isoladamente. Mas não se pode construir a paz duradoura sem o concurso de todos.
Senhor presidente,
Dois anos depois, ainda estão vivas em nossa memória as imagens do bárbaro atentado de 11 de setembro. Existe, hoje, louvável disposição de adotar formas mais efetivas de combate ao terrorismo, às armas de destruição em massa, ao crime organizado. Constata-se, no entanto, preocupante tendência de desacreditar a nossa Organização e até mesmo de desinvestir a ONU de sua autoridade política.
Sobre esse ponto não deve haver qualquer ambigüidade. A ONU não foi concebida para remover os escombros dos conflitos que ela não pôde evitar por mais valioso que seja o seu trabalho humanitário. Nossa tarefa central é preservar os povos do flagelo da guerra. Buscar soluções negociadas com base nos princípios da Carta de São Francisco.
Não podemos confiar mais na ação militar do que nas instituições que criamos com a visão da História e a luz da Razão.
A reforma da ONU tornou-se um imperativo, diante do risco de retrocesso no ordenamento político internacional. É preciso que o Conselho de Segurança esteja plenamente equipado para enfrentar crises e lidar com as ameaças à paz. Isso exige que seja dotado de instrumentos eficazes de ação.
É indispensável que as decisões deste Conselho gozem de legitimidade junto à Comunidade de Nações como um todo. Para isso, sua composição em especial no que se refere aos membros permanentes não pode ser a mesma de quando a ONU foi criada há quase 60 anos.
Não podemos ignorar as mudanças que se processaram no mundo, sobretudo a emergência de países em desenvolvimento como atores importantes no cenário internacional muitas vezes exercendo papel crucial na busca de soluções pacíficas e equilibradas para os conflitos.
O Brasil está pronto a dar a sua contribuição. Não para defender uma concepção exclusivista da segurança internacional. Mas para refletir as percepções e os anseios de um continente que hoje se distingue pela convivência harmoniosa e constitui um fator de estabilidade mundial. O apoio que temos recebido, na América do Sul e fora dela, nos estimula a persistir na defesa de um Conselho de Segurança adequado à realidade contemporânea.
É fundamental, igualmente, devolver ao Conselho Econômico e Social o papel que lhe foi atribuído pelos fundadores da Organização. Queremos um ECOSOC capaz de participar ativamente da construção de uma ordem econômica mundial mais justa. Um ECOSOC que, além disso, colabore com o Conselho de Segurança na prevenção de conflitos e nos processos de reconstrução nacional.
A Assembléia Geral, por sua vez, precisa ser politicamente fortalecida para, sem dissipação de esforços, dedicar-se aos temas prioritários. A Assembléia Geral tem cumprido papel relevante ao convocar as grandes Conferências e outras reuniões sobre direitos humanos, meio ambiente, população, direitos da mulher, discriminação racial, AIDS, desenvolvimento social.
Mas ela não deve hesitar em assumir suas responsabilidades na administração da paz e segurança internacionais. A ONU já deu mostras de que há alternativas jurídicas e políticas para a paralisia do veto e as ações sem endosso multilateral. A paz, a segurança, o desenvolvimento e a justiça social são indissociáveis.
Senhor presidente,
O Brasil tem se esforçado para praticar com coerência os princípios que defende.O novo relacionamento que estamos estabelecendo com os vizinhos do continente Sul-americano baseia-se no respeito mútuo, na amizade e na cooperação. Estamos indo além das circunstâncias históricas e geográficas que compartilhamos, para criar um inédito sentimento de parentesco e de parceria. Neste contexto, nossa relação com a Argentina é fundamental.
A América do Sul afirma-se, cada vez mais, como região de paz, democracia e desenvolvimento, que pode, inclusive, ser uma nova fronteira de crescimento para a economia mundial há anos estagnada. Além de aprofundar as relações já muito relevantes com nossos tradicionais parceiros da América do Norte e da Europa, buscamos ampliar e diversificar nossa presença internacional.
Nas parcerias com a China e com a Rússia, estamos descobrindo novas complementariedades. Somos, com muito orgulho, o país com a segunda maior população negra do mundo. Em novembro, deverei visitar cinco países da África Austral, para dinamizar nossa cooperação econômica, política, social e cultural. Vamos também realizar um encontro de cúpula entre os países sul-americanos e os Estados que compõem a Liga Árabe. Com a Índia e a África do Sul estabelecemos um foro trilateral, orientado para a concertação política e projetos de interesse comum.
O protecionismo dos países ricos penaliza injustamente os produtores eficientes das nações em desenvolvimento. Além disso, é hoje o maior obstáculo para que o mundo possa ter uma nova época de progresso econômico e social.
O Brasil e seus parceiros do G-22 sustentaram na reunião da OMC em Cancun que esta grave questão pode ser resolvida por meio da negociação pragmática e mutuamente respeitosa, que leve à efetiva abertura dos mercados. Reafirmo nossa disposição de buscar caminhos convergentes, que beneficiem a todos, levando em conta as necessidades dos países em desenvolvimento.
Somos favoráveis ao livre comércio, desde que tenhamos oportunidades iguais de competir. A liberalização deve ocorrer sem que os países sejam privados de sua capacidade de definir políticas nos campos industrial, tecnológico, social e ambiental.
No Brasil, estamos instaurando um novo modelo capaz de conjugar estabilidade econômica e inclusão social. As negociações comerciais não são um fim em si mesmo. Devem servir à promoção do desenvolvimento e à superação da pobreza. O comércio internacional deve ser um instrumento não só de criação, mas de distribuição de riqueza.
Senhor presidente,
Reitero perante esta Assembléia verdadeiramente universal o apelo que dirigi aos Fóruns de Davos e Porto Alegre e à Cúpula Ampliada do G-8, em Evian. Precisamos engajar-nos política e materialmente na única guerra da qual sairemos todos vencedores: a guerra contra a fome e a miséria.
Erradicar a fome no mundo é um imperativo moral e político. E todos sabemos que é factível. Se houver de fato vontade política de realizá-lo. Não me agrada repisar as evidências da barbárie. Prefiro sempre louvar progressos, por modestos que sejam. Mas não há como omitir os números que expõem a chaga terrível da miséria e da fome no mundo.
A fome, hoje, atinge cerca de 1/4 da população mundial incluindo 300 milhões de crianças. Diariamente, 24 mil pessoas são vitimadas por doenças decorrentes da desnutrição. Nada é tão absurdo e inaceitável quanto à persistência da fome em pleno século 21, a idade de ouro da ciência e da tecnologia.
A cada dia a inteligência humana amplia o horizonte do possível, realizando prodigiosas invenções. E, no entanto, a fome continua e, o que é mais grave, se alastra em várias regiões do planeta. Quanto mais a humanidade parece aproximar-se de Deus pela capacidade de criar, mais o renega pela incapacidade de respeitar e proteger suas criaturas. Quanto mais o celebramos ao gerar riquezas, mais o ferimos por não saber, minimamente, reparti-las.
De que vale toda essa genialidade científica e tecnológica, toda a abundância e o luxo que ela é capaz de produzir, se não a utilizamos para garantir o mais sagrado dos direitos: o direito à vida?
Recordo a lúcida advertência de Paulo VI, feita 36 anos atrás, mas de desconcertante atualidade: ‘os povos da fome dirigem-se hoje, de modo dramático, aos povos da opulência’. A fome é uma emergência e como tal deve ser tratada. Sua erradicação é uma tarefa civilizatória, que exige um atalho para o futuro. Vamos agir para acabar com a fome ou imolar nossa credibilidade na omissão?
Não temos mais o direito de dizer que não estávamos em casa quando bateram à nossa porta e pediram solidariedade.
Não temos o direito de dizer aos famintos que já esperaram tanto: passem no próximo século.
O verdadeiro caminho da paz é o combate sem tréguas à fome e à miséria, numa formidável campanha de solidariedade capaz de unir o planeta ao invés de aprofundar as divisões e o ódio que conflagram os povos e semeiam o terror.
Apesar do fracasso dos modelos que privilegiam a geração de riqueza sem reduzir a miséria, a miopia e o egoísmo de muitos ainda persistem. Desde 1º de janeiro, logramos no Brasil avanços significativos em nossa economia. Recuperamos a estabilidade e criamos as condições para um novo ciclo de crescimento sustentado. Continuaremos a trabalhar com vigor para manter o equilíbrio das contas públicas e reduzir a vulnerabilidade externa.
Não mediremos esforços para aumentar as exportações, ampliar a capacidade de poupança, atrair investimentos e voltar a crescer. Mas devemos ser capazes, ao mesmo tempo, de atender as necessidades de alimentação, emprego, educação e saúde de dezenas de milhões de brasileiros abaixo da linha da pobreza. Temos o compromisso de realizar um grande reforma social no país.
A fome é o aspecto mais dramático e urgente de uma situação de desequilíbrio estrutural, cuja correção requer políticas integradas para a promoção da cidadania plena.
Por isso, lancei no Brasil o projeto “Fome Zero”, que visa por meio de um grande movimento de solidariedade e de um programa abrangente envolvendo o governo, a sociedade civil e o setor privado eliminar a fome e suas causas.
O Programa conjuga medidas estruturais e emergenciais e já atende quatro milhões de pessoas que não tinham sequer o direito de comer todos os dias. Nossa meta é que até o final de meu governo nenhum brasileiro passe fome.
Senhor presidente,
As Nações Unidas aprovaram as Metas do Milênio. A FAO possui notável experiência técnica e social. Mas precisamos dar um salto de qualidade no esforço mundial de luta contra a fome. Propus, nesse sentido, a criação de um Fundo Mundial de Combate à Fome e sugeri formas de viabilizá-lo.
Existem outras propostas, algumas já incorporadas a programas das Nações Unidas.O que faltou até agora foi a imprescindível vontade política de todos nós, especialmente daqueles países que mais poderiam contribuir. De nada servem os fundos se ninguém aporta recursos. As Metas do Milênio são louváveis mas, se continuarmos omissos, se o nosso comportamento coletivo não mudar, permanecerão no papel e a frustração será imensa.
É preciso, mais do que nunca, transformar intenção em gesto. É preciso praticar o que pregamos. Com audácia e bom senso. Com ousadia e pés no chão. Inovando no conteúdo e na forma. Adotando métodos e soluções novas, com intensa participação social.
Por isso, submeto à consideração dessa Assembléia a hipótese de criar, no âmbito da própria ONU, um Comitê Mundial de Combate à Fome, integrado por chefes de Estado ou de governo, de todos os continentes, com o fim de unificar propostas e torná-las operativas.
Esperamos motivar contribuições financeiras de países desenvolvidos e em desenvolvimento, de acordo com as possibilidades de cada um, bem como de grandes empresas privadas e organizações não governamentais.
Senhor presidente,
Minha experiência de vida e minha trajetória política ensinaram-me a acreditar acima de tudo na força do diálogo. Nunca me esquecerei da lição insuperável de Ghandi: ‘A violência, quando parece produzir o bem, é um bem temporário; enquanto o mal que faz é permanente’.
O diálogo democrático é o mais eficaz de todos os instrumentos de mudança. A mesma determinação que meus companheiros e eu estamos empregando para tornar a sociedade brasileira mais justa e humana, empregarei na busca de parcerias internacionais com vistas a um desenvolvimento equânime e a um mundo pacífico, tolerante e solidário.
Este século, tão promissor do ponto de vista tecnológico e material, não pode cair em um processo de regressão política e espiritual. Temos a obrigação de construir, sob a liderança fortalecida das Nações Unidas, um ambiente internacional de paz e concórdia.
A verdadeira paz brotará da democracia, do respeito ao direito internacional, do desmantelamento dos arsenais mortíferos e, sobretudo, da erradicação definitiva da fome.
Senhor presidente,
Chefes de Estado e de governo,
Não podemos frustrar tanta esperança. O maior desafio da humanidade e, ao mesmo tempo, o mais belo é justamente este: humanizar-se.
É hora de chamar a paz pelo seu nome próprio: justiça social.
Tenho certeza de que, juntos, saberemos colher a oportunidade histórica da justiça.
Muito obrigado.”


Poupado na Lava Jato, Alvaro Dias ameaça Glenn: a casa está caindo


Alvaro Dias, senador que propôs candidatura do procurador Deltan Dallagnol, conforme revelação da Vaza Jato, cita um suposto diálogo entre um hacker e Glenn Greenwald, dizendo que "a casa caiu para o jornalista". No entanto, no suposto diálogo - divulgado pela Crusoé, do Antagonista - não há nenhuma frase escrita por Glenn
247 - Alvaro Dias (Podemos), senador que propôs candidatura do procurador Deltan Dallagnol, conforme revelação da Vaza Jato, cita um suposto diálogo entre um hacker e Glenn Greenwald, dizendo que "a casa caiu para o jornalista" . 
No entanto, no suposto diálogo - divulgado pela Crusoé, do Antagonista - não há nenhuma frase escrita por Glenn. 
Veja o diálogo: 
Glenn Greenwald – Tudo bom?
Luiz Molição – Então, é… A gente… Eu estava discutindo com o grupo… Eu queria falar com você um assunto.
Glenn – Hã…
Luiz Molição – É… Como tá agora tá saindo muita notícia sobre isso, a gente chego… Nos…
Glenn – Sim.
Molição – Chegamos à conclusão que eles estão fazendo um jogo para tentar desmoralizar o que está acontecendo.
Glenn – Hã hã…
Molição – Igual o que aconteceu com o Danilo Gentili, e… o MBL, o Holiday… A gente pegou outubro do ano passado. Eles estão começando a falar agora…


Centro Infantil recebe melhorias e deve ampliar horário de atendimento


Com a expansão do expediente, a AMS espera desafogar a Unidade de Pronto Atendimento 24 horas (UPA) cujos atendimentos pediátricos diários correspondem a 30% do total
(Foto: PMA)

A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) vem realizando uma série de melhorias no prédio do Centro Infantil Sonho de Criança, unidade pública de atenção pediátrica localizada na Rua Miguel Simeão, ao lado da Autarquia Municipal de Saúde (AMS). Além de maior conforto aos pacientes e acompanhantes, as adequações visam preparar o local para a ampliação do horário de atendimento, que hoje é das 6h30 às 17 horas, para até as 22h30. “Estamos executando melhorias na estrutura visando dar todas as condições de trabalho para que os profissionais possam dar vazão a esta nova demanda”, confirma o prefeito Júnior da Femac.
Com a expansão do expediente, a AMS espera desafogar a Unidade de Pronto Atendimento 24 horas (UPA), com direcionamento de todos os casos pediátricos – entre as 6h30 e 22h30 – para o centro infantil. “Dos 450 atendimentos diários feitos pela UPA, pelo menos 30% são de crianças”, informa o prefeito, frisando que a Gestão Beto Preto tem buscado sempre o melhor atendimento à população. “A UPA, que prioriza casos de urgência e emergência, infelizmente foi construída em um local inapropriado para uma unidade pré-hospitalar. Além do zoneamento não ser o ideal e da capacidade máxima estrutural de atendimento de 250 pessoas ao dia, está em um terreno que inviabiliza sua ampliação, por isso temos buscado promover saídas para melhor atender a população”, disse Júnior da Femac.
O centro infantil atende diariamente entre 100 e 120 crianças e, com a demanda encaminhada pela UPA, passaria a atender a pelo menos 300 crianças. “Por determinação do prefeito também já estamos planejamento o aumento da equipe para atender a demanda que será atraída pela expansão do horário de funcionamento”, relata Emídio Bachiega, vice-presidente da AMS. Atualmente, a unidade conta com cinco pediatras, que se revezam em turnos, dois profissionais técnicos em enfermagem, um de enfermagem, além de servidores administrativos e serviços gerais.
Além da ampliação do horário de atendimento, cuja data de início ainda será oficializada, a administração municipal licita obras de reforma e ampliação do imóvel. “O certame foi autorizado pelo então prefeito Beto Preto, nosso atual secretário de Estado da Saúde, e prevê investimento de mais de R$400 mil”, informa Roberto Kaneta, secretário Municipal de Saúde. Pelo projeto, o prédio de 301,11 m² será todo reformado e ampliado em 180,15 m².


Estado lança Banco da Mulher Paranaense


Prefeito Junior da Femac foi representado pela secretária Denise Canesin na solenidade realizada em Curitiba
Estado lança Banco da Mulher Paranaense
(Foto: Divulgação)
As mulheres do Paraná têm, a partir desta terça-feira (24/9), mais oportunidades para fazer empréstimos e financiamentos. O governo do Estado lançou o Banco da Mulher Paranaense, com taxas de juros mais baixas do que as praticadas em instituições bancárias privadas. O objetivo é apoiar pequenos negócios que tenham mulheres como sócias ou proprietárias. No lançamento, o prefeito de Apucarana Júnior da Femac foi representado pela secretária da Mulher e Assuntos da Família, Denise Canesin. O secretário estadual da Saúde e ex-prefeito de Apucarana Beto Preto esteve presente.
A linha de crédito oferecida pelo novo banco varia de R$ 1 mil a R$ 500 mil e depende do porte do empreendimento. As taxas de juro são diferenciadas. No microcrédito, para valores de R$ 1 mil a R$ 20 mil, a taxa é a partir de 0,98% ao mês, com 36 meses para pagar e carência de até três meses. Nas linhas para micro e pequenas empresas, com valores entre R$ 20 mil e R$ 500 mil, a taxa de juros é a partir de 0,48% ao mês. O prazo para pagar é de até 60 meses (120 meses para energias renováveis) e a carência incluída no prazo varia de três até 24 meses.
Para a secretária da mulher e da família de Apucarana, Denise Canesin, trata-se de uma ótima iniciativa do Governo do Estado, que poderá viabilizar muitos empreendimentos, inclusive da Economia Solidária e Protagonismo Feminino de Apucarana.


Seminário regional discute violência contra crianças e adolescentes


Encontro na Unespar, em Apucarana debate políticas públicas de garantias dos direitos e proteção integral
(Foto: Edson Denobi)

Representantes da comunidade acadêmica, dos poderes executivo e legislativo locais, e da sociedade civil estiveram reunidos nesta terça-feira (24/9) no Auditório Gralha Azul, da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), no I Seminário Regional do Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes, organizado pelo Escritório Regional da secretaria da Justiça, Trabalho e Família (Sejuf) do Estado do Paraná, com apoio da secretaria Municipal da Mulher e Assuntos da Família, e da Autarquia Municipal de Educação de Apucarana.
A responsável pelo seminário, Juliana Eliza, destacou a importância fundamental do fortalecimento da rede de proteção às crianças e adolescentes. “Os objetivos desse seminário são discutir o fortalecimento das políticas públicas, a defesa da garantia dos direitos e o enfrentamento às violências contra a criança e o adolescente. Para isso contamos com a parceria com as outras secretarias regionais que compõem a Comissão Regional, saúde e educação, além das secretarias municipais da mulher e da educação”, disse.
A mesa de abertura reuniu a responsável pela organização do encontro, Juliana Eliza, chefe da Regional da Sejuf; Cristiane Rossetti, chefe do Núcleo Regional de Educação; Ana Paula Cunha, representando a secretária de Educação Marli Fernandes; Ana Paula Nazarko, secretária municipal de Assistência Social, representando o prefeito Júnior da Femac; Altimar José Carletto, chefe da secretaria Estadual da Saúde; Elizângela Araújo, chefe da Cohapar; vereador Francislei Preto Godoy, o Poim; Lizandro Rogério Modesto, diretor da FAP; Valdir Anhucci, coordenador da macrorrede de Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes; e os professores da Unespar Viviani Yoshinaga Carlos e Daniel Gomes.
O encontro teve duas palestras, seguidas por debates com os presentes. No período da manhã, a convidada foi Angela Christiane Lunedo de Mendonça, educadora e pedagoga social, que falou sobre “Percurso sociojurídico na construção de redes de proteção da criança e do adolescente”. À tarde, a palestra foi do advogado e professor Murillo José Digiácomo, que expôs “Os desdobramentos da Lei 13.431/2017”.


Em ato #MoroMente, juristas cobram investigação contra Moro e integrantes da Lava Jato


A ABJD lançou, nesta segunda-feira (23) no Rio de Janeiro, a campanha #MoroMente, que condena os desvios da Lava Lato, bem como os que foram praticados pelo ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, ao longo da operação e contra os direitos do ex-presidente Lula, mantido como preso político em Curitiba. Juristas também cobraram a abertura de uma CPI para investigar os abusos e excessos cometidos pela Lava Jato
Foto: Reprodução)

247 - A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) lançou, nesta segunda-feira (23) no Rio de Janeiro, a campanha #MoroMente, que critica e expõe os desvios da Lava Lato, bem como os que foram praticados pelo ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, e as tentativas feitas por ele de relativizar e normalizar as violações de direitos cometidas ao longo da operação, em especial contra o ex-presidente Luiz Ináio Lula da Silva, mantido como preso político em Curitiba. A ABJD também cobrou a instauração de uma CPI para investigar os abusos e execssos cometidos pelos integrantes da operação Lava Jato.  
O evento, realizado na Universidade Federal Fluminense (UFF), quase foi cancelado devido  quase foi cancelado devido a tentativa de censura imposta pelo reitor, Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, que tentou impedir a realização do ato. O juiz Jose Carlos da Silva Garcia, da 3ª Vara Federal de Niterói, porém, ainda na segunda-feira, suspendeu a decisão do reitor. 
No evento, além de denunciar a denunciar a conduta antiética e ilegal do atual ministro da Justiça, a ABJD cobrou a “abertura de uma CPI para averiguar responsabilidades e eventuais crimes os servidores públicos, que sejam verificadas as condições contratuais dos acordos de leniência das empresas estatais e nacionais no contexto da Lava Jato, que sejam tornadas públicas as investigações e documentos que protegem autoridades que participaram do conluio entre Ministério Público e Judiciário, que sejam convencionados os juízes que atuaram contrariamente à lei violando o princípio basilar da imparcialidade e as garantias do devido processo legal”. 
A ABJS pediu, ainda, “que seja devolvida ao povo brasileiro a confiança no sistema de Justiça, contaminado pela corrupção funcional e pela mentira. Ninguém está acima da lei e a verdade histórica permanecerá”. 
Veja o vídeo do ato #MoroMente na UFF. 
  

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Com Bolsonaro na ONU, Brasil viverá hoje o maior vexame diplomático de sua história


Convertido em vilão internacional do clima, em razão de seu estímulo à ocupação predatória da Amazônia, Jair Bolsonaro discursará nesta manhã na abertura da assembleia-geral das Nações Unidas e deve marcar o maior mico diplomático da história do Brasil. Em sua fala, ele deve atacar as demarcações de terras indígenas e o "globalismo". Isolado, Bolsonaro foi alvo de protestos e não terá nenhum encontro bilateral

247 – Jair Bolsonaro deve protagonizar nesta terça-feira o maior vexame diplomático da história do Brasil, quando discursará na abertura da assembleia-geral das Nações Unidas, em Nova York. Em sua fala, ele deve atacar as demarcações de terras indígenas e negar que suas políticas ou declarações tenham estimulado a devastação da Amazônia, muito embora as queimadas tenham disparado em 2019. Bolsonaro também deve criticar o chamado "globalismo", sinalizando mais uma vez sua submissão completa aos interesses de Donald Trump. Ontem, doadores internacionais concordaram em doar US$ 500 milhões para a preservação da Amazônia, mas o Brasil não participou das discussões. Completamente isolado, Bolsonaro não terá qualquer agenda bilateral relevante em Nova York. 
Abaixo, reportagem da Reuters sobre as doações internacionais:
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - Doadores internacionais concordaram nesta segunda-feira em liberar mais de 500 milhões de dólares em ajuda para proteger florestas tropicais, incluindo a Amazônia, que em sofrendo com grande número de incêndios, disse o presidente da França em uma reunião na Organização das Nações Unidas (ONU) da qual o Brasil não comparecer.
A Amazônia brasileira está sofrendo o pior surto de incêndios florestais desde 2010, que chamou a atenção de líderes globais e provocou temores de que a destruição de partes da maior floresta tropical do mundo possa prejudicar a demanda por exportações do Brasil.
   Em agosto, líderes dos países que formam o G7 ofereceram 20 milhões de dólares em auxílio de emergência para ajudar a combater as chamas na Amazônia, um gesto que à época o Brasil criticou por ver como colonialista.
   O presidente francês, Emmanuel Macron, havia pedido uma aliança mais abrangente para proteger florestas tropicais de todo o mundo, usando a Assembleia Geral da ONU como plataforma para angariar apoio.
 França, Chile e Colômbia se reuniram em paralelo à reunião anual de líderes mundiais nesta segunda-feira, apesar da ausência do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, um cético da mudança climática que defende o desenvolvimento da região amazônica.
“Todos pensam ‘como vocês irão fazer sem o Brasil?’”, disse Macron durante um discurso. “O Brasil é bem-vindo, e acho que todos querem trabalhar com o Brasil... Ele virá, tem uma abordagem muito inclusiva.”
Macron reagiu às acusações de Bolsonaro de que Paris não tem nenhum papel a desempenhar, dizendo que a Guiana Francesa, um território francês da América do Sul, compartilha uma fronteira de mais de 700 quilômetros com o Brasil, o que a torna participante da proteção das florestas tropicais.
A França contribuirá com 100 milhões dos 500 milhões de dólares do pacote, segundo Macron. Alemanha, Reino Unido e a União Europeia também estão entre os doadores de investimentos na preservação da biodiversidade e do desenvolvimento duradouro.
“Deter o desmatamento e restaurar florestas degradadas são imperativos globais”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, que também discursou na Cúpula da Ação Climática nesta segunda-feira.
   Acredita-se que muitos dos incêndios que varrem a Amazônia foram ateados deliberadamente no Brasil, e ambientalistas culpam especuladores que queimam a vegetação na esperança de vender terras para agricultores e pecuaristas.
A Amazônia é descrita com frequência como “os pulmões do mundo” por causa de sua capacidade enorme de absorver dióxido de carbono.
“Quando destruímos as florestas do mundo, levamos ainda mais espécies à extinção, diminuímos a capacidade da natureza de lidar com as mudanças climáticas e prejudicamos os meios de subsistência de milhões de pessoas”, disse o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.
“O Reino Unido reconhece que estamos em um ponto de inflexão e que a ação agora é urgente e essencial”, acrescentou.


Lagoão sediou o 3º Festival de Natação


A secretária de Esportes de Apucarana, professora Jossuela Pinheiro, acompanhou todas provas do festival e representou o prefeito Junior da Femac na solenidade de encerramento
(Foto: PMA)

O parque aquático do Complexo Esportivo Lagoão sediou na tarde de sábado o 3º Festival de Natação, na sua piscina térmica olímpica. Participaram do evento, promovido pela equipe da Secretaria de Esportes de Apucarana, cento e sessenta atletas das escolas de natação do colégio São José, Academia Aquarium (Jandaia do Sul), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (Campus Apucarana), Centro da Juventude (Ceja), Pirajú e do próprio Lagoão.
O festival começou as 13h30 com um “aulão” de hidroginástica e depois seguiram as provas de 25 e de 50 metros nos estilos livre, costas, peito e borboleta, no feminino e no masculino. Todos os atletas receberam medalhas de participação no festival.
A secretária de Esportes de Apucarana, professora Jossuela Pinheiro, acompanhou todas provas do festival e representou o prefeito Junior da Femac na solenidade de encerramento. “Mais uma vez o festival foi um sucesso de participação e de público e só temos a agradecer às escolas de natação de Apucarana e região, além dos atletas”, comentou Jossuela.


Caminhada da Primavera teve 180 participantes


O percurso de 10 quilômetros, até o distrito do Barreiro, reservou belíssimas paisagens e alguns atrativos preparados pela organização
(Foto: PMA)

Com um clima ameno e ensolarado, cento e oitenta pessoas participaram no domingo da Caminhada da Primavera, promovida pela Secretaria da Promoção Artística, Cultural e Turística da Prefeitura de Apucarana (Promatur), a atividade teve concentração no início da manhã, na Praça do Prédio da Onça (Cascata).
A Promatur colocou vários ônibus à disposição, que levaram os participantes até o início da caminhada, que saiu às 8h30 no distrito de Pirapó, após visita ao Museu do Café. O percurso de 10 quilômetros, até o distrito do Barreiro, reservou belíssimas paisagens e alguns atrativos preparados pela organização. Participaram caminhantes de Apucarana, Maringá, Marialva, Sarandi, Curitiba, Pitanga, Rolândia, Mandaguari, Nova Tebas e Paranapoema.
No final da caminhada, no bairro rural do Barreiro, os participantes tiveram um almoço e no retorno foram novamente transportados em ônibus até a área central de Apucarana. A secretária da Promatur, Maria Agar, agradeceu os colaboradores que apoiaram a Caminhada da Primavera, citando a Emater, Autarquia Municipal de Sáude, Guarda Municipal, Secretaria de Assistência Social e Secretaria do Meio Ambiente.