sexta-feira, 16 de agosto de 2019

“O Brasil todo está sem dinheiro”, admite Bolsonaro


"O Brasil todo está sem dinheiro”, admite Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (16) que o País está sem dinheiro e que os ministros “estão apavorados”. “O Brasil todo está sem dinheiro. Em casa em que falta pão, todos brigam e ninguém tem razão. Os ministros estão apavorados, estamos aqui tentando sobreviver no corrente ano, não tem dinheiro”, afirmou o presidente ao comentar a decisão do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) de suspender novas bolsas de pesquisa por falta de verba. Bolsonaro fez a declaração após participar de uma cerimônia no Palácio do Planalto sobre o Dia Internacional da Juventude, que contou com a presença dos ministros Abraham Weintraub e Damares Alves.
Segundo Bolsonaro, os militares também vêm sofrendo com a falta de recursos. “O Exército vai entrar em meio expediente porque não tem comida para dar para o recruta, que é o filho de pobre. A situação que nós encontramos é grave. Não há maldade da minha parte. Não tem dinheiro, só isso, mais nada.”
 Fonte: Contraponto

OAB quer barrar enxurrada de advogados mal formados


Só no ano de 2019, o Ministério da Educação autorizou a criação de 121 cursos de Direito com 14.891 vagas anuais. Atualmente, há 1.684 cursos jurídicos em funcionamento no Brasil. No período de 2005 a 2011 foram criados 324 cursos de Direito ao passo que no período de 2011 a 2019 foram criados 472 cursos, o que ratifica a ausência de critérios adequados à criação dos cursos.
Este panorama foi apresentado ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, pelo tesoureiro nacional da OAB, José Augusto Noronha (ex-presidente da Ordem no Paraná) para justificar um pedido especial: que o MEC não autorize mais nenhum novo curso de Direito no país pelos próximos cinco anos, até que se verifique a qualidade dos atualmente existentes.
Para Noronha, “o Brasil não precisa de mais nenhum curso jurídico nos próximos 30 anos. O que há é a necessidade de uma maior fiscalização para que sejam fechados os cursos que não alcançarem os índices de qualidade que prometeram na abertura. A situação é grave, na medida em que esses cursos lançam milhares de bacharéis no mercado, que não têm condições de serem aprovados no Exame de Ordem e, portanto, não podem exercer a advocacia”.
Fonte: Contraponto

Bolsonaro diz que profissionais do Mais Médicos eram guerrilheiros disfarçados


Jair Bolsonaro voltou a atacar os profissionais cubanos que integravam o programa Mais Médicos ao afirmar que eles faziam parte de “células de guerrilhas e de doutrinação”. “O PT botou no Brasil cerca de 10 mil fantasiados de médicos aqui dentro, em locais pobres para fazer células de guerrilhas e doutrinação. Tanto é que quando eu cheguei eles foram embora porque eu ia pegá-los”, disse
247 - Jair Bolsonaro voltou a atacar os profissionais cubanos que integravam o programa Mais Médicos ao afirmar que eles faziam parte de “células de guerrilhas e de doutrinação”, embora não tenha apresentado provas da acusação. Segundo ele, esta foi a razão de Cuba ter deixado o programa logo após ele ter sido eleito. “O PT botou no Brasil cerca de 10 mil fantasiados de médicos aqui dentro, em locais pobres para fazer células de guerrilhas e doutrinação. Tanto é que quando eu cheguei eles foram embora porque eu ia pegá-los”, disse Bolsonaro. 
“Precisa ter prova disso daí? Tu acha que está escrito isso aí em algum lugar? Cuba exportava desde a década de 70 mercenários para guerrilha de Angola. Sempre exportou isso daí”, emendou. Segundo Bolsonaro, os cubanos não conectaram nenhum ato de guerrilha, mas estavam se “preparando para isso” nos anos que passaram no Brasil devido ao programa. 
“É preparação, é preparação. Você não faz as coisas de uma hora para outra, fazendo a cabeça do povo”, disse.


Apucarana sedia Encontro Nacional de Graffiti neste final de semana


Evento começa daqui há pouco, às 17 horas, reunindo 51 artistas de vários estados e do Chile
Apucarana sedia Encontro Nacional de Graffiti neste final de semana

Começa hoje (16), o 3º Encontro Nacional de Graffiti contará com a presença de 51 artistas, oriundos do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Amazonas e também do Chile. O evento acontecerá sexta-feira, sábado e domingo no entorno do Colégio Estadual Nilo Cairo.
O encontro é uma realização da Prefeitura de Apucarana, através da Secretaria Municipal da Promoção Artística, Cultural e Turística de Apucarana (Promatur), com a coordenação do artista Marcio de Souza Luchtenberg (Zion).
O evento será aberto hoje (16), às 17 horas, com uma oficina de graffiti para a rede pública de ensino, no Colégio Estadual Nilo Cairo. Amanhã (17), no período das 14 às 19 horas, haverá uma batalha de dança no estilo break e no domingo, a partir das 14 horas, estão programadas apresentações de artes circences.  O ponto alto do evento será a confecção de um painel no muro lateral do colégio, arte denominada wall of street (muro da rua). A atividade terá início amanhã e será finalizada no domingo.
O prefeito Junior da Femac avalia que o evento nacional de graffiti é mais um atrativo cultural de Apucarana. “É uma atividade que faz parte da cultura popular urbana, sendo uma oportunidade para as pessoas conhecerem melhor essa expressão cultural e de interagir com os artistas”, diz o prefeito.  A prefeitura vai contribuir com alimentação, aquisição de sprays, som, palco, interdição de ruas pela Guarda Municipal e presença de equipe de saúde.
A secretária da Promatur, Maria Agar, afirma que o painel será criado por artistas de vários segmentos, abrangendo do realismo ao abstrato.


Molina entrega Título de Cidadão Benemérito de Apucarana ao “Alfredão”


A solenidade reuniu “Caminhantes da Fé” e amigos que acompanham o dia a dia do homenageado
Molina entrega Título de Cidadão Benemérito de Apucarana ao “Alfredão”
Em solenidade realizada na noite desta quinta-feira (15/08), na Associação dos Funcionários Públicos de Apucarana (AFAP), o presidente da Câmara Municipal, professor Luciano Molina, fez a entrega do Título de Cidadão Benemérito ao apucaranense Alfredo José Gomes, o “Alfredão”. A honraria teve aprovação por unanimidade dos vereadores e vereadora da Casa de Leis. O Título de Cidadania Benemérita de Apucarana, destina-se a agraciar pessoas que tenham se distinguido por feitos excepcionais em qualquer ramo de atividade, pelo seu extraordinário valor e exemplo como pessoas ou cidadão, pela concessão de benefícios de excepcional relevância ao município ou por notáveis feitos públicos em prol da comunidade apucaranense, paranaense ou brasileira.
“Sentimo-nos honrados em entregar este Título ao nosso amigo Alfredão. Para nossa cidade é gratificante homenagear uma pessoa que fez e ainda continua fazendo muito pelos apucaranenses: o nosso amigo, atleta e caminhante da Fé”, disse o presidente Molina.
A homenagem que a Câmara presta, segundo ele, nada mais é que o reconhecimento de uma trajetória de vida vitoriosa, digna e que enobrece ainda mais o Título entregue. “A vida do Alfredão foi uma vida dedicada ao estudo, foi uma vida de muito trabalho, amor e dedicação. E há muitos anos ele se dedica a área social fazendo doações mensais para Igrejas, juntando lacres de latinhas e tampinhas de garrafas plásticas para comprar cadeiras de rodas, fraldas, muletas, andadores, camas hospitalares e fazer empréstimos ou doações a quem necessita”, explicou Luciano Molina.
Coordenador de diversas caminhadas, Alfredão iniciou sua trajetória em 1996 caminhando até o Santuário de Santa Rita de Cássia, em Lunardelli. A pé também foi até Aparecida do Norte em 2010, 2013,2014 e 2016. As caminhadas se estenderam a outros santuários e cidades. “Totalizando 40 caminhadas de muita devoção e fé”, completou o vereador. Neste roteiro teve ainda viagens de bicicleta.  “A dedicação, esforço, vontade de aprender e acima de tudo de ajudar as pessoas, fazem jus a sua determinação, sabedoria, caráter de homem íntegro e a sua formação em relação aos valores morais”, pontuou o presidente, cumprimentando os familiares do homenageado: a esposa Luzia e os filhos: Taniara e Tainã e a nora Raquel.
O prefeito Junior da Femac destacou que o Título de Cidadão Benemérito é oferecido a quem, reconhecidamente, faz o bem para as pessoas e para a cidade. “O Alfredão, nas mais diversas funções que ele exerceu profissionalmente, bom pai, bom filho, pessoa ligada ao esporte, a música, ao Moto Clube – que foi fundador, Escoteiro, pessoa ligada Escola de Samba, as caminhadas, a religiosidade, pessoa de fato que, em todos os âmbitos da sociedade, deixa a sua marca e o seu carisma, seu companheirismo, merece o Título de Cidadão Benemérito de Apucarana”, afirmou.
O prefeito agradeceu o presidente Molina pela indicação e os vereadores pela aprovação unanime do Título. “Uma homenagem importante. O Alfredo nasceu em Apucarana, quando a cidade tinha 07 anos e ele é testemunha de como a nossa cidade é maravilhosa, como cresceu e é abençoada”.
RECOMPENSA RECEBIDA
Emocionado, Alfredão revelou ser gratificante receber o Título de Cidadão Benemérito de Apucarana e fez um agradecimento especial a todos os vereadores, amigos e familiares presentes no evento, em especial ao presidente Molina, autor da proposição e aos ex-prefeitos Marino Pereira e Valmor Santos Giavarina com quem trabalhou e ao atual prefeito Júnior da Femac. “Plantei uma semente e hoje recebo a recompensa. Agradeço a Deus, a todos os meus amigos, aos Caminhantes da Fé que estão sempre ao meu lado, a minha família, aos vereadores e em especial ao presidente Molina que me ofertou o Título e, ao prefeito Junior da Femac que me falou que, enquanto existir a cidade de Apucarana eu serei lembrado como a primeira pessoa que iniciou as caminhadas da Fé, rumo a ajudar o próximo, que deu os primeiros passos, independente da religião, em buscar de ajudar quem precisar, de motivar as pessoas, levando o nome da nossa cidade”, disse o homenageado.
Alfredão agradeceu ainda os servidores da Prefeitura de Apucarana onde trabalhou por mais de 40 anos e os motociclistas do Moto Clube Asas da Liberdade.
A entrega do Título foi marcada pela entrada da imagem de Santa Rita de Cássia, que foi encaminhada ao Alfredo, até a mesa de honra, pelo amigo José Augusto.
PRESENÇAS
Participaram da solenidade os vereadores: Franciley Preto Godoi, Poim do Pirapó, Mauro Bertoli, José Airton Deco de Araújo, Rodolfo Mota, Edson da Costa Freitas e a vereadora, Márcia Sousa.
Foto: Andreia Queiroz

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Prefeitura faz ajustes na estrutura administrativa


Objetivo é reduzir funções de chefia, desburocratizar e buscar maior eficiência da máquina pública
(Foto: Edson Denobi)
Em sessões extraordinárias que devem ser convocadas para os próximos dias pela presidência da Câmara Municipal, o prefeito Junior da Femac está propondo em projeto de lei, uma readequação na estrutura administrativa da Prefeitura de Apucarana. O foco, conforme frisa o prefeito, “é garantir mais eficiência em todos os serviços da gestão pública, reduzindo a burocracia e acelerando os trâmites da máquina”.
O projeto prevê mudanças na estrutura da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio, que passa a ser denominada Secretaria de Indústria, Comércio e do Emprego. Conforme justifica Junior da Femac, a prioridade da pasta será a atração de empresas que gerem mais empregos para os apucaranenses.
Ao mesmo tempo, a Secretaria de Indústria, Comércio e do Emprego assumirá toda a estrutura do Programa Qualificação Total, que até agora funcionava junto à Secretaria de Assistência Social. “Todos os trabalhadores que precisam de novos conhecimentos para ampliar suas chances de empregabilidade passarão a dispor de uma maior oferta de cursos, via Secretaria de Indústria, Comércio e do Emprego”, anuncia Junior.
A área de segurança, por meio da Guarda Municipal (GM), também deve passar por mudanças. Além de seguir com suas atribuições junto aos prédios e logradouros públicos, e no trânsito, a GM passará a dispor de três diretorias nas áreas de meio ambiente, Lei Maria da Penha e Patrulha Escolar.
Com relação à estrutura de cargos em comissão, o prefeito Junior da Femac propõe a extinção de todos os cargos CC6. Ele explica ainda que haviam sete níveis funcionais: secretário, superintendente, diretor geral, diretor, supervisor, coordenador e assessor. “A partir de agora, com o ajuste proposto, permanecem apenas quatro níveis: secretário, superintendente, diretor e assessor”, informa, assinalando que os ajustes visam uma estrutura mais eficiente e enxuta, focada na prestação de serviços mais ágeis à população.
“Eliminamos do quadro funcional os cargos de diretor geral, supervisor e coordenador, reduzindo chefias e simplificando processos de atendimento em diversos setores”, argumenta o prefeito, reiterando que almeja, efetivamente, melhorar os resultados da gestão.
Ao mesmo tempo, o prefeito Junior da Femac, lembra que, recentemente, foram convocados 170 trabalhadores concursados, visando atender a crescente demanda de serviços nas áreas de saúde, educação, assistência social, meio ambiente, serviços gerais, agricultura e jurídico. “Estamos freqüentemente dialogando com os servidores, pedindo a todos uma dedicação máxima no atendimento dos cidadãos, a quem devemos obrigações”, pontua Junior.
Junior da Femac propõe abono salarial para operários
A partir deste mês, 562 servidores públicos municipais de Apucarana poderão ser beneficiados com um abono salarial de R$ 100,00 (cem reais). A proposta está inserida em projeto de lei que o prefeito Junior da Femac acaba de remeter à Câmara Municipal, para apreciação dos vereadores.
De acordo com a proposta, serão contemplados os trabalhadores que atuam em serviços gerais, zeladoria, vigilância, servente de obras e operários em geral. Os servidores na sua maioria são lotados nas secretarias de saúde, educação, serviços urbanos e obras e pelo projeto de lei, passariam a receber o abono salarial na folha de pagamento.
Na sua justificativa o prefeito Junior da Femac argumenta que o abono visa beneficiar os servidores que estão numa faixa salarial menor, num momento em que o país atravessa uma grave crise financeira. “O valor é pouco para quem recebe, mas é o que a Prefeitura de Apucarana – uma das mais endividadas do Estado -, pode dispor em favor do operariado”, pondera o prefeito.
Conforme revela Junior da Femac, o projeto de lei atende reivindicação apresentada pelo presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Apucarana (Sindispa), André Joaquina. “Trata-se de um pleito muito justo encaminhado pelo Joaquina e demais diretores da entidade que, a partir de uma análise de viabilidade conjunta das secretarias da Fazenda e Gestão Pública, além do Departamento de Recursos Humanos, decidimos atender, como forma de beneficiar os operários”, comenta o prefeito Junior da Femac.


Bolsonaro reage a fala de Huck e cita compra de jatinho

Bolsonaro reage a fala de Huck e cita compra de jatinho
O presidente Jair Bolsonaro  afirmou nesta segunda-feira que não há "nenhum indício forte" de que o cacique do povo waiapi morto no Amapá na semana passada tenha sido assassinado


O presidente Jair Bolsonaro afirmou na quinta-feira, 15, em uma transmissão ao vivo nas redes sociais, que na próxima segunda-feira vai revelar quem comprou jatinhos com recursos do BNDES, ao abrir a “caixa-preta” da instituição. Segundo ele, o anúncio vai expor “gente que está dizendo que estamos no último capítulo do fracasso”.
Bolsonaro não citou nomes. A declaração, no entanto, foi uma referência indireta à fala do empresário e apresentador Luciano Huck, que, anteontem, durante um evento em Vila Velha, no Espírito Santo, criticou o governo federal ao participar do debate “Futuro do Brasil”, como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo.
“A gente precisa de gente nova na política, com todo respeito a esse governo. Esse governo foi eleito de maneira democrática. Mas eu não acredito que a gente está vivendo o primeiro capítulo da renovação. Para mim, estamos vivendo o último capítulo do que não deu certo”, afirmou Huck na ocasião.
Na transmissão de ontem, Bolsonaro disse que pretende “mostrar a primeira parte da caixa-preta do BNDES”. Essa era uma bandeiras da campanha do presidente, que, em junho, demitiu o então presidente do banco estatal, Joaquim Levy. Uma das justificativas foi a de que Levy não se esforçou para abrir a “caixa-preta” do banco.
Para bolsonaristas, o banco estatal, que emprestou bilhões para a Venezuela, Cuba e empreiteiras, precisa quitar o quanto antes sua conta com a União. Ainda na “live”, Bolsonaro declarou que o governo vai mostrar casos sobre o banco de pessoas que não tinham como se beneficiar desses recursos por não serem “amigos do rei”.
Em fevereiro do ano passado, quando Huck ainda era cotado como presidenciável, o jornal Folha de S.Paulo publicou reportagem segundo a qual o empresário usou, em 2013, um empréstimo de R$ 17,7 milhões do programa Finame do BNDES para comprar um jatinho particular da Embraer. À época, Huck disse, via assessoria, que “o Finame é um programa do BNDES de incentivo à indústria nacional, por isso financia os aviões da Embraer” e que usava o avião duas vezes por semana para gravar seu programa de TV.
No debate em Vila Velha, Huck, além de dissociar o governo Bolsonaro da “renovação política”, reforçou um discurso centrado na prioridade da educação de qualidade e no combate à pobreza – desafios do País que, segundo ele, devem ser enfrentados por sua “geração”.
Atualmente, o plano de uma candidatura é tratado com discrição pelos apoiadores do apresentador. A avaliação é de que ainda não é o momento de Huck se mostrar como um futuro nome para a disputa ao Planalto. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já afirmou que seria “natural” um apoio a Huck em 2022.
Fonte: IstoÉ

Deltan sabia da ligação Moro-Bolsonaro antes da eleição e fez lobby por novo PGR


O novo capítulo da Vaza Jato comprova o viés político da Operação Lava Jato. Logo após o primeiro turno das eleições presidenciais, quando obviamente Sergio Moro ainda não era ministro, Deltan Dallagnol iniciou o lobby junto a ele para fazer de Vladimir Aras o futuro procurador-geral da República num governo de Jair Bolsonaro. Entre o primeiro e o segundo turno, a Lava Jato tramou novos ataques ao PT e à candidatura de Fernando Haddad
247 – O novo capítulo da Vaza Jato revela que Deltan Dallagnol sabia das ligações entre Sergio Moro e Jair Bolsonaro antes mesmo da vitória eleitoral na eleição presidencial de 2018. As mensagens deixam claro que a Lava Jato fez campanha por Bolsonaro e que, portanto, a operação que prendeu o ex-presidente Lula para retirá-lo da disputa presidencial foi uma fraude política para solapar a democracia brasileira e permitir a ascensão de um político, que, na visão dos procuradores, seria compatível com seu projeto de poder.
É o que mostram conversas privadas enviadas por fonte anônima ao site The Intercept Brasil e analisadas em parceria com o Uol, desta vez entre Deltan Dallagnol e Vladimir Aras,  o candidato da Lava Jato para suceder Raquel Dodge. Os diálogos entre Deltan e Aras revelam que o coordenador da Lava Jato se engajou pessoalmente na campanha do aliado, articulando diariamente com ele estratégias para que fosse recebido por autoridades", aponta a reportagem.
"Os diálogos mostram que os dois começaram a articular a candidatura ainda durante o período eleitoral. Assim que Bolsonaro teve uma votação expressiva no primeiro turno da disputa, no qual obteve 46% dos votos válidos, os dois passaram a planejar abordagens ao entorno do então candidato", diz o texto de Igor Mello, Gabriel Saboia, Silvia Ribeiro e Paula Bianchi. 
Antes mesmo do segundo turno, Sergio Moro já é tachado como alguém próximo do grupo de Bolsonaro. "Fala com Moro sobre minha candidatura a PGR", escreveu Vladimir Aras às 13h22 de 11 de outubro de 2018 -- quatro dias após o primeiro turno da eleição presidencial. "Com bolsonaro eleito, vou me candidatar", completou às 13h23.
Aras diz que já conversou com Moro sobre sua candidatura e destaca a proximidade dele com Bolsonaro às 14h20. "Ele já tem prestígio agora", cita, antes de emendar que "ele vai ser ouvido pelo presidente na indicação". Deltan então se mostra otimista: "conseguimos articular sua indicação", diz às 14h27. 
Ou seja: ambos deixam claro que atuaram pela vitória de Bolsonaro, assim como Moro. Já depois da posse, Deltan diz que havia tratado da candidatura de Vladimir Aras com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. No dia 14 de abril, às 15h33, dá um retorno. "Peço reserva, mas Moro confirmou pra mim que Vc é o candidato que ele vai defender", afirmou.


Deltan fez lobby político até com Onyx, denunciado por caixa dois


A prova de Deltan Dallagnol é no mínimo seletivo em sua "luta contra a corrupção" é fato dele ter feito lobby junto ao ministro Onyx Lorenzoni, denunciado por caixa dois, para emplacar seu aliado Vladimir Aras como novo procurador-geral da República. Numa denúncia anterior, Deltan disse fingir que não sabia do caixa dois do ministro
247 – Quando se trata de fazer lobby por aliados, como Vladimir Aras, Deltan Dallagnol se esquece da :"luta contra a corrupção". Já no governo de Jair Bolsonaro, Deltan pediu ao ministro Onyx Lorenzoni, denunciado por caixa dois, para que ele se engajasse na campanha de Vladimir Aras para a PGR. Confira abaixo trecho da reportagem:
Embora negue que atue politicamente, Deltan fez costuras junto ao Congresso e ao governo em favor de Aras. As articulações envolveram inclusive políticos investigados na Operação Lava Jato.
Além de Moro, Deltan disse em 15 de abril ter enviado mensagem a Onyx Lorenzoni (DEM), ministro-chefe da Casa Civil, sobre a candidatura de Aras. O ex-deputado federal admitiu em 2017 ter recebido R$ 100 mil da JBS por meio de caixa 2 durante a campanha de 2014. O caso foi remetido à Justiça Eleitoral. Ele chegou a ser alvo de inquérito no STF sob a suspeita de ter recebido R$ 175 mil, também via caixa 2, da Odebrecht na eleição de 2006, mas o procedimento foi arquivado pelo STF em junho de 2018.


Mensagens provam influência de Deltan sobre Barroso e Fachin


No novo capítulo da Vaza Jato, fica também claro que o candidato oficial da Lava Jato para a PGR, o procurador Vladimir Aras, sabia da influência exercida por Deltan Dallagnol sobre dois ministros do Supremo Tribunal Federal: Luis Roberto Barroso e Edson Fachin, dois que sempre votaram contra os direitos do ex-presidente Lula. Barroso foi relator, inclusive, do voto no TSE que tirou Lula ilegalmente das eleições de 2018
247 – A Vaza Jato também comprova nesta sexta-feira que Deltan Dallagnol exercia forte influência sobre dois ministros do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto Barroso e Edson Fachin, que sempre votaram contra os direitos do ex-presidente Lula, que hoje seria presidente, não fosse a fraude eleitoral de 2018. Confira abaixo mais um trecho da reportagem:
Deltan e Aras passaram a acelerar as articulações em fevereiro. No dia 19, o candidato pediu explicitamente a ajuda do coordenador da Lava Jato para ter acesso à cúpula do Judiciário: "Vc poderia me apresentar a Barroso e Fachin?", questionou. "Preciso de aliados no STF".
Essas mensagens foram enviadas à 0h49. Pela manhã, às 7h23, Deltan acena positivamente e se compromete a acompanhar Aras nos encontros em Brasília: "Prov em março vou prai pra dar uma aula magna em uma faculdade com o dia livre e marcamos c eles".