domingo, 14 de julho de 2019

Deltan também discutiu cachê das palestras de Janot


Procurador Deltan Dallagnol, em conversa íntima com o ex-procurador-geral da República, que chama o chefe da Lava Jato de "amigo", sugere que Rodrigo Janot faça uma palestra e discute com ele o valor do cachê; ao questionar se o valor oficial cobrado por Janot era de R$ 30 mil, sinalizou que faculdades normalmente “não pagam esse valor… mas se pedir uns 15k, acho que pagam”
247 - Além de revelar o plano de enriquecimento do procurador Deltan Dallagnol às custas da Operação Lava Jato e, consequentemente, da prisão do ex-presidente Lula, a reportagem do site The Intercept, em parceria com a Folha de S.Paulo, deste domingo 14 mostra como o procurador tentou convencer outras autoridades a também realizar palestras e lucrar.
Uma dessas pessoas foi o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. Em junho do ano passado, o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba tentou convencer Janot a participar de um evento em São Paulo. "Fazia quase seis meses que eles não se falavam pelo Telegram, segundo o histórico de mensagens", contextualiza a reportagem.
Depois de falar sobre o evento, Dallagnol enviou a seguinte mensagem de texto, mostrando intimidade com o ex-chefe da PGR: “Tava aqui gerenciando msgs e vi que fui direto ao ponto kkkk Tudo bem com Vc? Espero que esteja aproveitando bastante, tomando muita água de coco e dormindo o sono dos justos rs Agora, vou te dizer, Vc faz uma faaaaaaaltaaaaa”.
“Oi amigo kkkkkk”, respondeu Janot. “Considero sim mas teremos que falar sobre cache. Grato pela lembra”. Dallagnol perguntou se o cachê oficial do ex-chefe era de R$ 30 mil e sinalizou que faculdades normalmente “não pagam esse valor… mas se pedir uns 15k, acho que pagam”.
O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que se aposentou e hoje atua como advogado, informou via assessoria de imprensa que “prefere não comentar o conteúdo da conversa com o procurador Dallagnol”.


Picaretagem: Deltan falou em instituto sem fins lucrativos, que pagaria valor alto aos palestrantes


Uma das hipóteses cogitada por Deltan Dallagnol, para não pagar Imposto de Renda, foi criar uma empresa sem fins lucrativas, que pagaria valores altos aos procuradores. "Escaparíamos das críticas, mas teria que ver o quanto perderíamos em termos monetários”, disse
247 – O procurador Deltan Dallagnol, discutiu em 3 de março deste ano com colegas da Lava Jato, a criação de um instituto sem fins lucrativos, que evitaria a exposição dos donos e também pagaria menos Imposto de Renda. É o que aponta um trecho da reportagem do Intercept. Confira:
No último dia 3 de março, Dallagnol postou no chat detalhes sobre um evento organizado por uma entidade que se apresentava como um instituto. Ele comentou que esse formato jurídico também poderia servir para evitar questionamentos jurídicos e a repercussão negativa quanto à atividade deles.
“Deu o nome de instituto, que dá uma ideia de conhecimento… não me surpreenderia se não tiver fins lucrativos e pagar seu administrador via valor da palestra. Se fizéssemos algo sem fins lucrativos e pagássemos valores altos de palestras pra nós, escaparíamos das críticas, mas teria que ver o quanto perderíamos em termos monetários”.


Deltan só pensava em dinheiro: “As palestras e aulas já tabeladas neste ano estão dando líquido 232k. Ótimo…"


“Se tudo der certo nas palestras, vai entrar ainda uns 100k limpos até o fim do ano. Total líquido das palestras e livros daria uns 400k. Total de 40 aulas/palestras. Média de 10k limpo”, disse o procurador que montou um power-point para condenar Lula sem provas, fraudou a eleição presidencial, quebrou a economia e depois planejou seu enriquecimento
247 – reportagem devastadora do Intercept deste domingo revela a obsessão do procurador Deltan Dallagnol, que montou um power-point para condenar o ex-presidente Lula sem provas, fraudou a eleção presidencial e quebrou a economia nacional, em ficar milionário. Confira, abaixo, mais um trecho:
 dezenas de conversas analisadas pela Folha e pelo Intercept, Dallagnol mostrou grande interesse quanto ao valor de cada palestra. Em um dos chats, Dallagnol somou os lucros da atividade apurados em setembro de 2018. “As palestras e aulas já tabeladas neste ano estão dando líquido 232k. Ótimo… 23 aulas/palestras. Dá uma média de 10k limpo”, afirmou.
No mês seguinte, o procurador manifestou a expectativa para o fechamento de 2018. “Se tudo der certo nas palestras, vai entrar ainda uns 100k limpos até o fim do ano. Total líquido das palestras e livros daria uns 400k. Total de 40 aulas/palestras. Média de 10k limpo”, disse o procurador. Em 2016, Dallagnol havia faturado R$ 219 mil com as palestras.
Como procurador, o coordenador da força-tarefa recebe um salário bruto de R$ 33.689,11 por mês, conforme o portal de transparência do MPF –  um total que pode superar R$ 430 mil neste ano. Em 2018, ele recebeu cerca de R$ 300 mil em rendimentos líquidos, sem considerar valores de indenizações.




Deltan à esposa: 'vamos organizar congressos e eventos e lucrar, ok?'


O chefe da Lava Jato em Curitiba discutiu abertamente com a esposa como deveriam fazer para ganhar dinheiro às custas da visibilidade que obtiveram com a Lava Jato, que causou graves prejuízos econômicos a milhões de brasileiros
247 – "Vamos organizar congressos e eventos e lucrar, ok? É um bom jeito de aproveitar nosso networking e visibilidade", escreveu o procurador Deltan Dallagnol à esposa, segundo aponta a reportagem da Vaza Jato deste domingo.
Confira, abaixo, reportagem do site Desmascarando sobre o ato de improbidade administrativa cometido pelo procurador:
Reportagem devastadora da Folha de São Paulo de hoje revela que o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, montou um plano de negócios de eventos e palestras para lucrar com a fama e contatos obtidos durante as investigações do caso de corrupção, apontam mensagens obtidas pelo The Intercept Brasil e analisadas em conjunto com a Folha.
Em um chat sobre o tema criado no fim de 2018, Deltan e um colega da Lava Jato discutiram a constituição de uma empresa na qual eles não apareceriam formalmente como sócios, para evitar questionamentos legais e críticas.
A justificativa da iniciativa foi apresentada por Deltan em um diálogo com a mulher dele. “Vamos organizar congressos e eventos e lucrar, ok? É um bom jeito de aproveitar nosso networking e visibilidade”, escreveu.
A reportagem da Folha revela detalhes de como Deltan planejava lucrar milhões de reais com sua empresa de palestras, além de mostrar que ele usou funcionários do MPF do Paraná para resolver assuntos particulares, o que pode configurar ato de improbidade administrativa, peculato e o infração à lei 8.112/90. A intenção de ser administrador de pessoa jurídica também revela desprezo pela lei 8.112/90, que proíbe servidores públicos de serem administradores de empresas.
Um advogado especialista em Direito Administrativo consultado pelo Desmascarando aponta para o cometimento de pelo menos duas ilegalidades por Deltan Dallagnol, tendo como base o que consta na matéria do jornal Folha de São Paulo:
Segundo o advogado, que prefere não se identificar por medo de retaliações,  o uso das funcionárias do Ministério Público Federal em atividade particular pode ser interpretado como infração passível de demissão do serviço público, segundo o artigo 117 IX da Lei 8.112/90:
Art. 117.  Ao servidor é proibido:
IX – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
XVI – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;
Ainda segundo o advogado, o uso das funcionárias do Ministério Público Federal para ajudar na organização de suas palestras pessoais, um negócio privado no qual lucrou cerca de 400 mil reais só em 2018, segundo a reportagem, também seria ato de enriquecimento ilícito, configurado na Lei de Improbidade Administrativa (8429/92) :
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:
IV – utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades;
A matéria completa da Folha está no link:

Pozzobon também discutiu 'plano de negócios' com Deltan


Roberson Pozzobon
“Temos que ver se o evento que vale mais a pena é: i) Mais gente, mais barato ii) Menos gente, mais caro. E um formato não exclui o outro”, escreveu o procurador Roberson Pozzobon, da Lava Jato, a Deltan Dallagnol
247 – O procurador Roberson Pozzobon, da Lava Jato em Curitiba, também discutiu com Deltan Dallagnol o que ambos deveriam fazer para enriquecer com a notoriedade obtida com a Lava Jato. É o que aponta a mais recente reportagem do Intercept. Confira, abaixo, um trecho:
“Antes de darmos passos para abrir empresa, teríamos que ter um plano de negócios e ter claras as expectativas em relação a cada um. Para ter plano de negócios, seria bom ver os últimos eventos e preço”, afirmou Dallagnol no chat.
Pozzobon respondeu: “Temos que ver se o evento que vale mais a pena é: i) Mais gente, mais barato ii) Menos gente, mais caro. E um formato não exclui o outro”.
Após a troca de várias mensagens sobre formatos do negócio, em 14 de fevereiro deste ano Dallagnol propôs que a empresa fosse aberta em nome das esposas, e que a organização dos eventos ficasse a cargo da firma Star Palestras e Eventos.
Dallagnol detalhou então como seria a organização formal da empresa. “Só vamos ter que separar as tratativas de coordenação pedagógica do curso que podem ser minhas e do Robito e as tratativas gerenciais que precisam ser de Vcs duas, por questão legal”.
Em seguida, o procurador alertou para a possibilidade de a estratégia levantar suspeitas. “É bem possível que um dia ela seja ouvida sobre isso pra nos pegarem por gerenciarmos empresa”.
Roberson então comentou, em tom jocoso: “Se chegarem nesse grau de verificação é pq o negócio ficou lucrativo mesmo rsrsrs. Que veeeenham”.


Deltan montou plano para ficar rico às custas da prisão de Lula


Novos diálogos da Vaza Jato revelam que o procurador Deltan Dallagnol discutiu com a esposa e com colegas a criação da uma empresa de palestras, em que não apareceria formalmente como sócio, que lucraria com o prestígio da Lava Jato, que prendeu o ex-presidente Lula sem provas, desempregou milhões de brasileiros e quebrou o setor de engenharia
247 – O procurador Deltan Dallagnol planejou ficar milionário às custas do prestígio da Operação Lava Jato, que prendeu o ex-presidente Lula sem provas, fraudou a democracia brasileira, permtiiu a ascensão de um governo de natureza neofascista, quebrou o setor de engenharia e desempregou milhões de brasileiros. É o que revela o novo capítulo da Vaza Jato, numa parceria entre Intercept e Folha de S. Paulo.
"Em um chat sobre o tema criado no fim de 2018, Deltan e um colega da Lava Jato discutiram a constituição de uma empresa na qual eles não apareceriam formalmente como sócios, para evitar questionamentos legais e críticas. A justificativa da iniciativa foi apresentada por Deltan em um diálogo com a mulher dele. 'Vamos organizar congressos e eventos e lucrar, ok? É um bom jeito de aproveitar nosso networking e visibilidade', escreveu", aponta a reportagem de Flavio Ferreira, Leandro Demori e Amanda Audi. 
"Os procuradores cogitaram ainda uma estratégia para criar um instituto e obter elevados cachês. 'Se fizéssemos algo sem fins lucrativos e pagássemos valores altos de palestras pra nós, escaparíamos das críticas, mas teria que ver o quanto perderíamos em termos monetários', comentou Deltan no grupo com o integrante da força-tarefa. A realização de parcerias com uma firma organizadora de formaturas e outras duas empresas de eventos também foi debatida nessa conversa. A lei proíbe que procuradores gerenciem empresas e permite que essas autoridades apenas sejam sócios ou acionistas de companhias", aponta ainda o texto.


Após nova proposta do governo, professores e funcionários de escolas estaduais suspendem greve

Proposta do governo não agradou, mas maioria presente preferiu suspender a paralisação
Proposta do governo não agradou, mas maioria presente preferiu suspender a paralisação (Foto: APP/divulgação)


Professores e funcionários de escolas públicas estaduais decidiram, hoje, em assembleia da APP-Sindicato em frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo no Centro Cívico, em Curitiba, suspender a greve iniciada no último dia 25, em protesto pelo reajuste salarial de 4,94%, referente à inflação de abril de 2018 a maio de 2018. A decisão foi aprovada depois que o governo do Estado formalizou nova proposta de reajuste de 5,0%, parcelado até 2022, com a primeira parcela, de 2%, a ser paga em janeiro de 2020. 
A proposta não agradou a categoria, porém a avaliação da maioria dos presentes foi de suspensão do movimento e continuidade das mobilizações para que as medidas sejam efetivadas e ainda solicitar ao governo avanço em alguns pontos.  “A maioria compreendeu que a greve foi um movimento vitorioso pela organização da categoria e a unidade dos servidores”, avaliou Hermes Leão, presidente da APP-Ssindicato. Ele avalia que a proposta é ainda insuficiente, principalmente sobre o reajuste dos servidores. “Discordamos dos números do governo e vamos continuar acompanhando a evolução da receita que já apresenta crescimento”, afirmou. 
Os servidores retornam as atividades a partir de segunda-feira (15) e irão debater com a secretaria da Educação um calendário de reposição dos dias parados. O governo informou que não haverá desconto nos salários.
Uma nova assembleia ficou definida para o próximo dia 10, logo após o retorno do recesso da Assembleia Legislativa. O objetivo será acompanhar o projeto sobre o reajuste e o andamento de outros pontos da proposta. Caso eles não sejam efetivados, a categoria pode aprovar o retorno à greve, diz a APP.
Fonte: Bem Paraná