sexta-feira, 5 de julho de 2019

Setor avícola quer apoio do Estado para se tornar ainda mais competitivo

Prefeito, vice e Bekin se reuniram com avicultores de Arapongas e região

Na noite de  ontem (04), o prefeito de Arapongas, Sérgio Onofre, acompanhado do vice-prefeito, Jair Milani, esteve em reunião com o diretor-presidente da Paraná Desenvolvimento, José Eduardo Bekin, juntamente com representantes da Associação Paranaense de Avicultura (Apavi). Em pauta, melhorias e maior competitividade do setor avícola na economia. Entre outras coisas, o setor espera o reembolso do ICMS para compra de equipamentos.
Conforme dados da Apavi, o setor possui atualmente um plantel nacional de 150 milhões de aves, com 360 mil caixas de ovos por dia e produção de 129 milhões de ovos diária. Dentro desde cenário, o Paraná tem um plantel de 10,5 milhões de aves, produzindo cerca de 9,5 milhões ovos por dia, totalizando 26.250 caixas de ovos por dia (com 30 dúzias). Atualmente, o Paraná ocupa a 7º posição no ranking nacional de produção de ovos.
“Ficamos atrás de estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O Paraná já ocupou o 4º lugar no ranking nacional. Com isso, buscamos maior apoio junto ao Governo do Paraná para retomemos maior força, com maiores investimentos em tecnologia, retorno do ICMS para aumentarmos nossa produção e competitividade, ampliando também a geração de empregos”, explicou o presidente da Apavi, Arnaldo Cortez.
Segundo José Eduardo Bekin, as propostas são sólidas e viáveis e contribuem com os empresários e também com a economia do Paraná. “Diante da reunião, solicitamos à Apavi o encaminhamento das propostas, com planilhas e dados, além da presença de seus representantes em Curitiba, para que tudo seja analisado junto à Paraná Desenvolvimento. O Paraná está ao lado do produtor, apoiamos quem produz”, enfatizou.
Conforme o prefeito Sérgio Onofre, o município tem grande representatividade no setor de avicultura, com granjas de peso e empresários respeitados no segmento. “Esta foi uma oportunidade dos empresários do setor em unir maiores esforços junto ao governo, gerando maior produção, arrecadação e geração de empregos. Conhecemos  a competência do Bekin e temos a certeza de seu apoio. Nossa gestão também apóia quaisquer inovações no setor avícola”, disse.
Participaram também da reunião o vice-presidente da Apavi, Tohoru Furukawa, secretário executivo, Edson Kakihata e demais empresários da avicultura de Arapongas e região.


INDÚSTRIA: Governo quer moveleiros de Arapongas integrando Centro de Inovação

Reunião com empresários aconteceu nesta sexta(05) no gabinete do prefeito

O polo moveleiro de Arapongas poderá ter um assento permanente no Centro de Inovação que o governo do Estado deve implantar ainda neste ano em Curitiba. Este foi um dos principais assuntos abordados durante reunião realizada na manhã desta sexta-feira (05), na Prefeitura de Arapongas. A reunião foi organizada pelo prefeito Sérgio Onofre, que convidou o diretor-presidente da Agência Paraná Desenvolvimento (APD), José Eduardo Bekin, e empresários do setor moveleiro. “O governo do Ratinho Júnior está projetando o Paraná para um grande salto em termo de tecnologia e novação e Arapongas, com o enorme potencial da sua indústria, não pode ficar de fora. Nesse sentido, a reunião teve um saldo muito positivo”, avaliou o prefeito. Também participaram do encontro o vice-prefeito e secretário de Obras, Jair Milani, e o secretário de Indústria e Comércio, Valdecir Tudino.
José Eduardo Bekin explicou que recentemente representantes da Microsoft estiveram em Curitiba, a convite de Ratinho Júnior, tratando de propostas que induzam o Paraná ao desenvolvimento de maneira mais célere e inovadora. O Centro de Inovação vai envolver a APD, a Celepar, o Banco Regional de Desenvolvimento (BRDE) e o Sebrae. Pela proposta, o Sima não precisará fazer investimentos. “O que nós queremos é que o polo moveleiro traga a sua dor, as suas inquietações para que possamos, numa ampla parceria, encontrar as melhores soluções levando em conta a cadeia produtiva”, assinalou Bekin. Ele se mostrou impressionado com o tamanho e a importância do polo moveleiro de Arapongas, com mais de 900 indústrias e responsável por 10% das exportações brasileiras.
Bekin lembrou o fato de o Paraná ter hoje 11 parques tecnológicos, centros de inovação e inúmeras startups que, apesar de sua importância, não estão se intercomunicando como deveriam. Para Bekin, cada segmento produtivo do estado poderá se beneficiar apresentando suas demandas estratégicas. Pela sua vocação agrícola, o Norte do Paraná já saiu na frente, por exemplo, diante da proposta de se transformar num polo de inovação em agritech (tecnologia aliada ao agronegócio). O trabalho engloba Celepar, BRDE, Fomento Paraná, Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento, as universidades estaduais e parcerias com a prefeitura e entidades da sociedade.  A proposta encontra respaldo no ecossistema de inovação implantado em Londrina, que já conta com mais de 400 startups.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas (Sima), Antônio Irineu Munhoz, disse a Bekin que o segmento está disposto a participar do Centro de Inovação e que acredita na tecnologia como forma de alcançar permanentes avanços na área de logística, produção e vendas. Munhoz também pediu a intervenção de Bekin junto ao governador Ratinho Júnior para que sejam concluídas com maior rapidez as obras de duplicação no trecho Apucarana/Curitiba, frisando que cerca de 50% da matéria-prima utilizada pelos moveleiros de Arapongas passa por essa estrada. Os empresários também destacaram que as dificuldades econômicas que atingem o país desaqueceram as vendas e que o setor está retraído, precisando de apoio do governo para alavancar os negócios.


Apucarana inicia elaboração de “plano” para diagnóstico habitacional


Levantamento visa nortear áreas de expansão para a implantação de novos loteamentos habitacionais e apontar caminhos para a regularização fundiária e titularidade de moradias 
(Foto: Profeta)
A empresa Megaqualitiy Consultoria promoveu uma reunião pública na noite de ontem (4), no auditório do CREA, apresentando a metodologia do trabalho que vai desenvolver durante 6 meses para elaborar o Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS) de Apucarana. Um requisito previsto por Lei Federal para que os municípios reivindiquem recursos para projetos na área da habitação, o PLHIS tem objetivo de envolver a comunidade para construir um plano visando direcionar o crescimento da cidade de forma a diminuir o déficit habitacional.
O PLHIS é um componente do Programa Habitação de Interesse Social e integra as ações financiadas pelo Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS), do Ministério das Cidades. “É o plano que permite que o município planeje como irá combater a falta de habitação e infra-estrutura, pensando em ações para enfrentar o problema habitacional, em especial das famílias de baixa-renda”, explica o proprietário da Megaquality Consultoria, Sandro Morais de Medeiros.
Para chegar ao diagnóstico atualizado do setor habitacional, a Megaquality, contratada através de licitação pela prefeitura, vai fazer um trabalho de campo em toda a cidade com realização de pesquisas de porta em porta, oficinas e audiências públicas. Todo esse planejamento das ações foi apresentado na reunião de ontem, que contou com a presença do prefeito Junior da Femac.
A primeira oficina com as comunidades dos bairros está marcada para o próximo dia 11, na Escola Municipal Papa João XXIII e espera reunir os moradores de toda região da Vila Regina. A intenção é promover essas oficinas antes dos pesquisadores, que estarão identificados através de coletes, iniciem o trabalho de porta em porta, contribuindo assim a receptividade desses profissionais nas casas.
“Esse é um grande trabalho que vai nos ajudar, tanto em termos de lutar por recursos como no planejamento de futuros empreendimentos habitacionais. Vamos poder planejar uma ação e isso é maravilhoso. A cidade cresce atraindo mais moradores e, consequentemente, a demanda habitacional aumenta o tempo todo. Apucarana avança e nosso desafio é fazer ela avançar para todos”, disse Junior, lembrando as grandes conquistas do setor habitacional da gestão Beto Preto. “Amenizamos a demanda com a entrega de cinco empreendimentos, o Sumatra I e II, Jacanã, Solo Sagrado e Fariz Gebrim”, relacionou Junior da Femac.
Além de nortear áreas de expansão para a implantação de novos loteamentos habitacionais, o PLHIS vai apontar caminhos para a regularização fundiária e titularidade de moradias em diversos bairros de Apucarana. Segundo informações da Secretaria Municipal da Assistência Social, o déficit habitacional da cidade atualmente é na ordem de 7 mil unidades e, o número de moradias ainda com pendências relacionadas à regularização fundiária e/ou documentação de titularidade, é na ordem de 4.889 unidades.
O cronograma de trabalho da Megaquality prevê a entregar do plano pronto em dezembro. Estavam presentes na reunião pública representantes de empresas do setor habitacional da cidade, da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, de equipes técnicas de várias secretarias municipais, e da comunidade de vários bairros.


Comander oferta oficinas culturais pelo “Profice”


Com recursos viabilizados pela Copel, ONG irá ofertar oficinas de artes circenses e dança 
O Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura do Paraná (Profice), por meio da renúncia fiscal de ICMS, possibilita a valorização, produção, difusão, circulação, pesquisa e a preservação dos bens culturais, além de ações de caráter educativo para a arte e cultura no Estado.
Foi via Profice, que a Organização Não Governamental (ONG) Comando Anderson de Defesa do Cidadão (COMANDER), inscreveu o Projeto “Cultura Jovem” no Profice, em 2017, para receber os recursos desse programa. Em 2018 o projeto foi aprovado e agora, o COMANDER tem a grata satisfação de informar que poderá ofertar oficinas de artes circenses e dança para 85 crianças e adolescentes, na faixa etária de 08 a 17 anos, matriculados na instituição e residentes no entorno do Jardim Ponta Grossa, bairro onde está instalada instituição, junto ao Ginásio de Esportes “Cebolão”.
A dirigente do Comander, Édna Garcia, ressalta que a atuação e incentivo do prefeito de Apucarana, Junior da Femac, foi de fundamental importância, ao conquistar a parceria entre o COMANDER e a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel).
Lembramos ainda que o acompanhamento do processo, pelo Deputado Estadual Delegado Jacovós também foi importante para a liberação do recurso no valor de R$138.850,00. O projeto trará inovação nas atividades da ONG, agregando o valor cultural às crianças e adolescentes, promovendo a expressão artística com as novas oficinas.
Conforme recordou o prefeito, a reivindicação foi apresentada por ele, pessoalmente, ao presidente da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), Daniel Slaviero Pimentel, no mês de janeiro, em encontro agendado pelo secretário de saúde, Beto Preto, no Palácio Iguaçu.
“Na ocasião, lembrei ao Daniel que foi o seu avô, o ex-governador Paulo Pimentel, quem implantou as duas subestações da Copel em Apucarana, e que a terceira subestação – já projetada – viria agora na sua gestão”, comentou Junior da Femac, acrescentando que na mesma ocasião formalizou o pedido de apoio para a ONG Comander.
Édna Garcia revela que é parte integrante do projeto a apresentação de dois espetáculos abertos ao público, um após seis meses de execução das oficinas e outro mais elaborado ao completar doze meses. “O COMANDER estará sempre buscando novos conhecimentos e vivências para seus alunos, priorizando a cultura como um de seus objetivos”, enfatiza Édna.
A presidente da instituição informa que a previsão de início das oficinas de artes circenses e dança estão agendadas para agosto. “Essa conquista nos emociona e prestamos nossos sinceros agradecimentos a todos que colaboraram. Manifestamos ainda nosso reconhecimento pelo apoio da empresa patrocinadora a Copel, que foi de extrema relevância para que o COMANDER pudesse desenvolver o Projeto Profice”, conclui Édna Garcia.


Maurren Maggi participará da abertura da fase final dos JEP´s


O anúncio foi feito pelo prefeito Junior da Femac, durante congresso técnico dos jogos, informando que a campeã do salto em distância acenderá a pira olímpica
(Foto: Edson Denobi)

Além do show do grupo “Ginasloucos”, a cerimônia de abertura da fase final dos 66º Jogos Escolares do Paraná (JEP´s), que reunirá em Apucarana atletas na faixa etária dos 12 aos 14 anos, contará com a presença da campeã olímpica, Maurren Maggi. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (05/07) pelo prefeito de Apucarana, Junior da Femac, durante o congresso técnico dos jogos.
Maurren Maggi tornou-se o maior nome da história do atletismo feminino do Brasil ao ganhar a medalha de ouro no salto em distância dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, saltando 7,04 metros. Maurren foi por duas vezes na carreira a nº1 do ranking mundial do salto em distância feminino, em 1999 e 2003. Também por duas vezes recebeu o prêmio Atleta do Ano concedido pelo Comitê Olímpico Brasileiro.
“Além de ser uma atração de renome internacional, é uma oportunidade para mostrar a importância da mulher também no esporte. A Maurren Maggi estará conosco, acendendo a pira olímpica e fazendo com que o fogo e a energia maravilhosa do esporte estejam presentes”, ressalta Junior da Femac.
A abertura do evento acontecerá no dia 12, às 20 horas, no ginásio de esportes do Complexo Esportivo José Antônio Basso (Lagoão). “O Município está, junto com o governo do Estado e demais promotores do evento, preparando uma grande abertura que contará ainda com um show de enterradas e de acrobacias. Dignos dos shows americanos da NBA, o Ginasloucos é um conhecido nacionalmente por executar mortais de encontro ao aro da tabela de basquete e exercícios em equipe. É um show imperdível”, descreve o prefeito.
Junior da Femac afirma que os jogos, que acontecerão no período de 12 a 20 de julho, são um momento de celebração do esporte e da educação. “Estarão aqui cerca de 4.500 atletas de 32 núcleos regionais de educação. A aliança entre o esporte e a educação é muito poderosa, que potencializa as famílias e a comunidade. O esporte, especificamente, nos traz os conceitos de vida saudável, de disciplina e de trabalho em equipe”, frisa Junior da Femac.
O prefeito lembra ainda que, desde o início da gestão Beto Preto, Apucarana já recebeu mais de 40 mil atletas. “Os nossos hotéis, restaurantes e o comércio estão preparados. O Município e a população já se acostumaram a receber essas competições. Apucarana já sediou as finais nos Jogos Escolares, Jogos da Juventude, Jogos Abertos e do Bom de Bola”, disse Junior da Femac, que distribuiu para cada participante do congresso técnico um boné com o nome de Apucarana.
Cristiano Del Rei, coordenador estadual de esportes, confirmou que Apucarana sediará outras duas competições em 2020. “Está no DNA de Apucarana receber eventos esportivos. Já firmamos duas parcerias e Apucarana sediará a final do 60º  Jogos Universitários do Paraná no 1º semestre do ano que vem e, em novembro, a final A do 63º Jogos Abertos do Paraná”, reiterou Del Rei.
De acordo com Márcia Tomadon, coordenadora geral dos jogos, o congresso técnico reuniu representantes dos núcleos regionais e deliberou questões como o sorteio que definiu o chaveamento das equipes nas modalidades coletivas. “Esses atletas, na faixa etária dos 12 aos 14 anos, já participaram de uma fase municipal, regional e macrorregional. Os vencedores desta fase final garantem participação e representarão o Paraná na fase nacional, que neste ano será disputada em Blumenau”, informa Tomadon.
A secretária municipal de Esportes, Jossuela Pinheiro, lembra que Apucarana, por sediar a fase final dos JEPs, automaticamente adquiriu o direito de participar de todas as modalidades esportivas. “Desta forma, estaremos representados no atletismo, badminton, basquetebol, bocha, ciclismo, futsal, ginástica rítmica, Golf 7, handebol, judô, karatê, taekwondo, natação, tênis de mesa, voleibol, vôlei de praia e xadrez”, frisa Jossuela, acrescentando que serão 18 locais de competição e 35 alojamentos que funcionarão em colégios estaduais e municipais.


Comissão especial aprova reforma da Previdência


Segundo Rodrigo Maia, texto começará a ser analisado no Plenário da Câmara na terça-feira (9)
A comissão especial da reforma da Previdência (PEC 6/19) aprovou nesta quinta-feira (4) o relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). O parecer, apresentado durante a madrugada anterior, mantém as diretrizes da proposta original do governo Jair Bolsonaro. Foram 36 votos favoráveis e 13 contrários.
Na sequência, foram rejeitados, em bloco, 99 destaques individuais e analisados, individualmente, outros 17 destaques de partidos – a maioria deles rejeitados, como os que procuravam abrandar regras de aposentadoria para profissionais da segurança pública e professores.
Reunião ordinária para votação do parecer do relator, dep. Samuel Moreira (PSDB-SP)
Samuel Moreira: "Categorias não podem olhar só para os seus interesses"
(Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)
Samuel Moreira justificou que não era possível aceitar essas reivindicações e pediu que as categorias não olhassem só para suas demandas particulares, mas, sim, para as necessidades da sociedade como um todo. “Às vezes, ficamos fechados nas nossas corporações, esquecendo que existem outras profissões. Temos de estar a serviço de todos", sustentou. Ele acrescentou que as categorias precisam ser valorizadas na ativa, com melhores salários.
Mudanças
Apenas duas sugestões de mudanças no texto foram aceitas. Um dos destaques aprovados, do DEM, retira policiais militares e bombeiros das regras de transferência para inatividade e pensão por morte dos militares das Forças Armadas, até que uma lei complementar local defina normas para essas corporações; e exclui a possibilidade de que lei estadual estabeleça alíquota e base de cálculo de contribuição previdenciária para policiais e bombeiros militares.
Comissão Especial para análise, estudo e formulação de proposições relacionadas à Reforma Política - Mesa Redonda. Dep. Henrique Fontana (PT-RS)
Henrique Fontana: "Isso é um ajuste fiscal, não uma reforma da Previdência"
(Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados)

A outra alteração aprovada, do bloco PP, PTB e MDB, cortou dois temas do relatório. O primeiro é a limitação para renegociação de dívidas junto ao Estado em até 60 meses. Hoje, os programas não têm limitação alguma de prazo. O segundo assunto excluído do parecer trata da cobrança de contribuições previdenciárias sobre a exportação do agronegócio.
Ao total, a comissão especial realizou 22 reuniões, com 132 horas de audiências, debates e deliberações desde 25 de abril. Só a votação do parecer do relator e dos destaques durou 16 horas.
O presidente do colegiado, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), elogiou os integrantes da comissão por conseguirem mostrar ao Brasil como é possível discutir um tema tão sensível de forma responsável. “Sem o governo, não estaríamos enfrentando uma matéria tão importante para o País, mas, sem a oposição, não teríamos avançado tanto. E, sem o centro, talvez não encontrássemos o ponto de equilíbrio que permitiu que avançássemos bastante em relação ao texto original.”
Plenário
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, anunciou em rede social que a reforma da Previdência começará a ser analisada no Plenário na próxima terça-feira (9). “A Câmara deu hoje um importante passo. Essa foi a nossa primeira vitória e, a partir da próxima semana, vamos trabalhar para aprovar o texto em Plenário, com muito diálogo, ouvindo todos os nossos deputados, construindo maioria”, comentou.
Reforma x ajuste fiscal
Para o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, a proposta vai resolver o déficit nas contas públicas pela próxima década e talvez pelas duas seguintes. “Com essa potência fiscal aprovada na comissão, e que esperamos confirmar nos plenários da Câmara e do Senado, o Brasil terá solvência”, declarou. Ele veio à Câmara acompanhar a votação desta quinta.
Reunião ordinária para votação do parecer do relator, dep. Samuel Moreira (PSDB-SP). Dep. Alessandro Molon (PSB-RJ)
Alessandro Molon: "Proporção de votos será diferente no Plenário"
(Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

Por outro lado, a oposição protestou, tentando obstruir a votação. Vice-líder do PT, o deputado Henrique Fontana (RS) criticou a proposta, por considerá-la prejudicial aos mais pobres. “Isso é um ajuste fiscal, não uma reforma da Previdência”.
Para o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), a aprovação na comissão foi um “resultado artificial”, feito a partir de troca de integrantes do colegiado pelos líderes partidários. “No Plenário, não é possível trocar membros. Todos os deputados votarão, e a proporção certamente será diferente.”
Já segundo o líder do Podemos, deputado José Nelto (GO), o texto do relator foi o mais consensual possível. “A oposição fez aqui o papel dela, mas, quando estiveram no poder, também tentaram fazer a reforma e não conseguiram, essa é realidade”, declarou.
"Com relação ao texto que recebemos, nosso substitutivo saiu com muito mais justiça social e responsabilidade fiscal, tendo um equilíbrio melhor para a sociedade e a Previdência", defendeu Samuel Moreira.
Economia
O secretário Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, disse que o impacto fiscal do texto aprovado deve passar de R$ 1 trilhão em dez anos, número próximo do defendido pelo governo. “Parece-me que são R$ 934 bilhões em despesas, mais R$ 83 bilhões de reoneração e R$ 53 bilhões ou R$ 54 bilhões da CSLL [o relatório aumentou a alíquota cobrada dos bancos, de 15% para 20%].”
A expectativa do Planalto com a reforma era economizar R$ 1,236 trilhão em dez anos, considerando apenas as mudanças para trabalhadores do setor privado e para servidores da União.
Regras
Diferentemente do previsto na proposta original do Executivo, o relator decidiu manter na Constituição a idade mínima para aposentadoria de servidores da União: 65 anos para homens e 62 anos para mulheres – esses patamares são, hoje, de 60 e 55 anos, respectivamente. Conforme o texto aprovado, a mesma regra terá de constar das constituições estaduais e das leis orgânicas dos municípios.
Como regra geral transitória para todos os trabalhadores, Moreira propõe idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres, com tempo de contribuição de pelo menos 20 e 15 anos, respectivamente. No caso dos servidores públicos da União, o tempo de contribuição previsto é maior, de 25 anos, e cumulativamente pelo menos 10 anos no serviço público e 5 no mesmo cargo para ambos os sexos.
Reunião Ordinária para discussão e votação do parecer do relator, dep. Samuel Moreira (PSDB/SP). Dep. José Nelto (PODE-GO)
José Nelto: "Texto do relator foi o mais consensual possível"
(Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

Há ainda normas diferenciadas para grupos específicos, como docentes. Conforme o parecer aprovado pela comissão, as professoras poderão se aposentar com 57 anos de idade e 25 de contribuição; os professores, com 60 de idade e 30 de contribuição. Os profissionais terão de comprovar efetivo exercício na educação infantil ou nos ensinos médio e fundamental.
O texto prevê uma fórmula para cálculo dos benefícios – média aritmética de todas as contribuições até o dia do pedido – que poderá ser mudada por lei futura. A aposentadoria corresponderá a 60% dessa média – se for a única fonte de renda, é assegurado o valor do salário mínimo (atualmente, R$ 998). A partir dos 20 anos de contribuições efetivadas, o percentual subirá 2 pontos percentuais por ano, até chegar a 100% com 40 anos de contribuição.
Além daquelas previstas na proposta original, o relator criou uma regra de transição para todos os atuais segurados dos setores público e privado, com pedágio de 100% do tempo de contribuição que faltar, mais idade mínima (60 se homem, 57 se mulher) e tempo de contribuição (pelo menos 35 e 30, respectivamente).

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Fonte: Agência Câmara Notícias