quinta-feira, 13 de junho de 2019

TRF-4 diz que visitas a Lula não precisarão mais ser agendadas



Lula. Foto : Ricardo Stuckert/Instituto Lula




Da 
Folha:
O TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4º Região) decidiu que as visitas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na prisão não precisarão mais serem agendadas com uma semana de antecedência, conforme havia sido determinado pela 12ª Vara Federal de Curitiba. Condenado pela Lava Jato, Lula cumpre pena em regime fechado desde abril do ano passado em sala da Superintendência da Polícia Federal na capital paranaense.
A decisão foi tomada por unanimidade em julgamento da 8º Turma realizado ontem, acatando recurso da defesa do ex-presidente, que via tratamento diferente na comparação com outros presos.
O relator da ação, desembargador federal João Pedro Gebran Neto, disse que, embora o cadastramento seja “condição razoável à realização de visitas”, é possível efetuá-lo no momento de chegada à unidade onde Lula está detido, e não com uma semana de antecedência como vinha sendo feito. Segundo Gebran, o agendamento antecipado em uma semana “não está contemplado na legislação”.
Fonte: DCM

Dellagnol sugeriu fazer intimação com base em notícia falsa e Moro concordou


Em um dos diálogos divulgados na noite desta quarta-feira 12 pelo Intercept, que contextualiza uma sugestão de Sergio Moro para que a força-tarefa da Lava Jato interrogasse uma testemunha que poderia incriminar Lula, o procurador Deltan Dallagnol informa o então juiz que a pessoa não queria falar e sugere "fazer uma intimação oficial até, com base em notícia apócrifa"; "Melhor formalizar entao", incentiva Moro
247 - Em um dos diálogos divulgados na noite desta quarta-feira 12 pelo Intercept, que contextualiza uma sugestão do então juiz Sergio Moro para que a força-tarefa da Lava Jato interrogasse uma testemunha que poderia incriminar o ex-presidente Lula, o procurador Deltan Dallagnol informa que a pessoa não está interessada a falar, como havia sugerido Moro, propõe cometer um crime e é incentivado pelo ex-juiz.
"Liguei e ele arriou. Disse que não tem nada a falar etc... quando dei uma pressionada, desligou na minha cara... Estou pensando em fazer uma intimação oficial até, com base em notícia apócrifa", escreveu Dallagnol.
"Estranho pois ele é quem teria alertado as pessoas que me comunicaram. Melhor formalizar entao", respondeu Moro. A conversa aconteceu no dia 7 de dezembro de 2015.
Confira abaixo a conversa e outros diálogos no site do Intercept.
Moro – 17:42:56 – Entao. Seguinte. Fonte me informou que a pessoa do contato estaria incomodado por ter sidoa ela solicitada a lavratura de minutas de escrituras para transferências de propriedade de um dos filhos do ex Presidente. Aparentemente a pessoa estaria disposta a prestar a informação. Estou entao repassando. A fonte é seria.
Deltan – 17:44:00 – Obrigado!! Faremos contato
Moro – 17:45:00 – E seriam dezenas de imóveis
Deltan – 18:08:08 – Liguei e ele arriou. Disse que não tem nada a falar etc... quando dei uma pressionada, desligou na minha cara... Estou pensando em fazer uma intimação oficial até, com base em notícia apócrifa
Moro – 18:09:38 – Estranho pois ele é quem teria alertado as pessoas que me comunicaram. Melhor formalizar entao.
Moro – 18:15:04 – Supostamente teria comentado com SUPRIMIDOSUPRIMIDOSUPRIMIDO que por sua vez repassou a informação até chegar aqui.
Deltan – 18:16:29 – Posso indicar a fonte intermediária?
Moro – 18:59:39 – Agora ja estou na duvida.
Moro – 19:00:22 – Talvez seja melhor vcs falarem com este SUPRIMIDO primeiro
Deltan – 20:03:00 – Ok
Deltan – 20:03:32 – Ok, obrigado, vou ligar


Marco Aurélio diz não ter medo de hacker: não tenho nada a esconder


Agência Brasil
Questionado se tinha medo de ser hackeado, o ministro do STF Marco Aurélio Mello respondeu com tom de provocação: "Não, eu sou um cidadão, sou homem público, devo contas aos contribuintes"; "Não tenho nada a esconder. E não mantenho diálogos fora do processo com as partes", acrescentou
247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello comentou a possibilidade de hackeamento de seus dispositivos e respondeu em tom de provocação diante da divulgação de conversas de autoridades, como o ex-juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol. Nesta quarta-feira, uma nova leva de conversas publicadas pelo site The Intercept incluiu até um colega seu, o ministro Luiz Fux.
Questionado se tinha medo de ser hackeado, Marco Aurélio Mello respondeu: "Não, eu sou um cidadão, sou homem público, devo contas aos contribuintes. Eu falo muito pouco ao telefone, muito pouco mesmo".
Indagado sobre uso de aplicativos de mensagens, como o Telegram, pelo qual Moro e Dallagnol foram flagrados combinando a denúncia contra Lula e fases da Operação Lava Jato, disse: "Pelo WhatsApp, troco mensagens, né. Não tenho nada a esconder. E não mantenho diálogos fora do processo com as partes".


Emilio Surita agride Monica Bergamo, que responde com a sabedoria do silêncio


O apresentador do programa Pânico, Emílio Surita, da rádio Joven Pan, atacou a jornalista Mônica Bergamo dizendo que ela "tem uma tatuagem de Lula na virilha", insinuando que uma mulher jornalista não faria a apuração dos fatos se não tivesse 'apaixonada'; Mônica respondeu com um poema de Nicanor Parra
247 - Durante entrevista do jornalista Glenn Greenwald, editor do Intercept, ao programa Pânico da rádio Joven Pan, o apresentador Emílio Surita atacou a jornalista Mônica Bergamo utilizando do machismo.
Para ele, "Mônica Bergamo tem uma tatuagem de Lula na virilha", pois uma mulher jornalista não faria a apuração dos fatos se não tivesse 'apaixonada'.
A jornalista respondeu ao ataque com uma frase do poeta chileno Nicanor Parra: "Atualmente eu me inclino pelo canto gregoriano. E por uma música que já não se escuta em nenhuma parte. Me refiro a essa música chamada SILÊNCIO".
O ex-deputado Jean Wyllys manifestou solidariedade à jornalista: "Como os que apelam à homofobia para atacar @ggreenwald, já que não têm argumentos para "justificar" a ação mafiosa da Lava Jato que este denunciou, Surita recorre ao insulto machista contra @monicabergamo pelas mesmas razões", escreve ele em sua página nas redes sociais.





Gleen: todos os jornalistas querem acesso à Vaza Jato, menos a Globo


Em entrevista à rádio Jovem Pan, Glenn Greenwald afirmou que todos os jornalistas do Brasil querem ter acesso ao vazamento da Lava Jato, menos as organizações Globo, que "quer diminuir vaza jato e proteger Moro"; ele diz que pretende compartilhar o conteúdo com quem quiser; o editor do Intercept confirmou que conversou com a Globo sobre uma parceria de divulgação de material, como disse a emissora em nota, mas que teria sido informado que "o João Roberto Marinho proibiu seus funcionários 
247 - O jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept, que revelou no último domingo trocas de mensagens entre o ex-juiz federal Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, concedeu entrevista à Jovem Pan nesta quinta-feira (13), em que afirma que todos os jornalistas do Brasil querem ter acesso ao vazamento que revelam as conversas, menos as organizações Globo, pois a emissora "quer diminuir vaza jato e proteger Moro".
Glenn confirmou que conversou com a Globo sobre uma parceria de divulgação de material, como disse em nota a emissora, mas que teria sido informado que "o João Roberto Marinho [um dos donos da emissora] proibiu seus funcionários de trabalharem com ele há seis meses". Ele afirmou ainda que pretende compartilhar o material com quem quiser.
O jornalista, hoje no Intercept, já havia firmado parceria com a empresa na divulgação das informações vazadas por Edward Snowden. Pelo Twitter, ele respondeu à nota da Globo e diz que, "ao difamá-lo, o objetivo da emissora é claro: distrair a atenção da substância das reportagens que expõe sérios desvios na conduta de Moro, Deltan, e a força-tarefa da Lava Jato".
Lula 
Para Glenn Greenwald, o vazamento expõe que Moro quebrou todas as regras éticas. Ele também defende a anulação da sentença que condenou Lula. "Ele precisa ser julgado de forma justa, por um juiz que segue regras", ressalta.
O editor do Intercept ainda diz que a quinta parte da divulgação, feita na noite desta quarta-feira (12) e que traz o contexto dos diálogos divulgados anteriormente, além de novas conversas, mostra que os procuradores deixam claro que precisam vetar a entrevista de Lula para prejudicar a candidatura do então candidato Fernando Haddad, explicita o caráter político da Lava Jato. 



Costela do “Ferra Mula” será Patrimônio cultural imaterial


Projeto apoiado pelo prefeito Junior da Femac será apresentado na Câmara pelo vereador Gentil Pereira 
(Foto: Edson Denobi)
A costela, prato típico servido há cerca de 60 anos pela Associação Filantrópica Ferra Mula, será transformada em patrimônio cultural imaterial de Apucarana. A ideia é uma iniciativa conjunta do prefeito Junior da Femac e do vereador Gentil Pereira. Nos próximos dias, o projeto será apresentado na Câmara de Vereadores e terá como principais justificativas, além do aspecto gastronômico, o contexto histórico, cultural e filantrópico que envolve a iniciativa.
Detalhes do projeto foram discutidos nesta quinta-feira (13/06) entre o prefeito de Apucarana e o vereador, em reunião ocorrida no gabinete municipal. “É mais uma iniciativa que abrange este momento especial de Apucarana. Estamos revivendo os 75 anos, valorizando as conquistas, revisitando lugares que marcaram essa belíssima história e admirando tudo aquilo que a cidade tem a oferecer”, assinala Junior da Femac.
O prefeito afirma que o projeto será apresentado no Legislativo por Gentil Pereira, em virtude da ligação que o vereador tem com o Ferra Mula, onde atua há 30 anos. “Muitas entidades de Apucarana e da região são contempladas com os recursos angariados pela associação. Um trabalho feito por voluntários, reconhecido não só regionalmente, bem como no Estado e também em outras partes do Brasil”, salienta o vereador.
O Ferra Mula surgiu em 1958, numa roda de amigos que freqüentavam um bar da cidade, nos fins de tarde, para conversar e tomar um aperitivo. Um dia, ao serem abordados por uma criança pedindo comida, os amigos se sensibilizaram para este problema. A partir daí, em toda despesa feita, cada integrante pagava um pouco mais da parte que lhe cabia e o dinheiro que sobrava ia ficando numa caixinha que, posteriormente, era destinado a crianças na forma de alimentos e roupas.
Assim foi nascendo a associação que, a princípio, era formada por Antônio Creto, Pedro Preto, Sérgio Fujiwara, Adízio Figueiredo, Oscar Tacla, Antônio Garcia Gonçalves, Alfredo Viol e Edmundo de Fauw. Oficialmente, no entanto, a Associação Filantrópica Ferra Mula foi fundada em 28 de janeiro de 1963.
No começo havia vários tipos de carne, mas a que sempre mais agradava era a costela bovina. E, assim, esse tipo de assado foi ganhando a marca registrada do Ferra Mula. “Com o tempo, a equipe foi se especializando no preparo da costela, reconhecida em toda a região e também por pessoas que vêm de longe para apreciar e degustar o sabor do nosso prato típico”, ressalta o prefeito Junior da Femac.
Alguns anos após o início das atividades, em 1968, o Ferra Mula foi declarado como entidade de utilidade pública de Apucarana. Já a sede própria foi viabilizada em 1978, quando uma área foi doada pelo Município. Atualmente, a sede funciona na Rua Irati, nº 245, na região da Barra Funda.
ORIGEM DO NOME – De acordo com informações da página mantida pela entidade na internet, o nome tem ligação com a figura uma mula que, na época, costumava ser utilizada para transportar fardos e cargas. Além disso, a mula levou Jesus Cristo em sua peregrinação, sendo assim um ótimo nome para a entidade.
Na cerimônia de posse de um novo associado é utilizada uma ferradura para simbolizar o ingresso na entidade. Outra curiosidade é que as costeladas são realizadas todas as quartas-feiras, com o preparo médio de 600 quilos, sendo permitida somente a entrada de homens. O lucro das costeladas é revertido totalmente à entidades sociais de Apucarana e região.



Gilmar diz que condenação de Lula será anulada e que Moro e Dallagnol são criminosos



REUTERS/Adriano Machado
“O chefe da Lava Jato não era ninguém mais, ninguém menos do que Moro. O Dallagnol, está provado, é um bobinho. É um bobinho. Quem operava a Lava Jato era o Moro”, disse o ministro do Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, ao jornal O Globo. “Eu acho, por exemplo, que, na condenação do Lula, eles anularam a condenação”. Gilmar diz, ainda, que Moro e Dallagnol cometeram crime ao simular uma denúncia no caso Lula
247 – “O chefe da Lava Jato não era ninguém mais, ninguém menos do que Moro. O Dallagnol, está provado, é um bobinho. É um bobinho. Quem operava a Lava Jato era o Moro”, disse o ministro do Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, a revista Época. “Eu acho, por exemplo, que, na condenação do Lula, eles anularam a condenação”.
"Mendes viu até a prática de um crime nas conversas vazadas. 'Um diz que, para levar uma pessoa para depor, eles iriam simular uma denúncia anônima. Aí o Moro diz: ‘Formaliza isso’. Isso é crime', avaliou Mendes, referindo-se a um trecho das mensagens em que Dallagnol escreveu que faria uma intimação oficial com base em notícia apócrifa, diante da negativa de uma fonte do MPF de falar", aponta ainda a reportagem. “Simular uma denúncia não é só uma falta ética, isso é crime.”
Confira, abaixo, o Bom dia 247, sobre o escândalo Vaza Jato e reportagem da Reuters sobre o caso:



(Reuters) - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, voltou a acompanhar o presidente Jair Bolsonaro em um evento público após a revelação de supostas mensagens trocadas por Moro com procuradores quando era juiz da Lava Jato, ao comparecerem juntos a jogo do Flamengo em Brasília na noite de quarta-feira.

Bolsonaro e Moro vestiram a camisa do clube carioca e foram aplaudidos pela torcida do Flamengo, que formava a imensa maioria dos presentes no estádio Mané Garrincha para o jogo do Campeonato Brasileiro. O Flamengo venceu por 2 x 0.
Na terça-feira, Moro e Bolsonaro tiveram um primeiro encontro, no Palácio da Alvorada, após a publicação de reportagens no domingo pelo site Intercept Brasil que mostraram uma suposta colaboração entre o então juiz da Lava Jato e os procuradores da operação, e depois o presidente e o ministro participaram lado a lado de uma cerimônia militar. 
O presidente e o ministro voltaram a se reunir na quarta-feira, desta vez com a presença também do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo.
De acordo com o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, os três discutiram as supostas mensagens trocadas entre Moro e o coordenador da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, divulgadas no domingo pelo site Intercept Brasil, assim como as investigações da PF sobre o atentado que Bolsonaro sofreu em setembro do ano passado durante a campanha eleitoral.
Ao ser indagado durante briefing à imprensa se Bolsonaro confia no ministro, o porta-voz afirmou que “todos os ministros do governo do presidente Jair Bolsonaro detêm a confiança do nosso chefe do Poder Executivo”.


“Depende de articulação com americanos”, diz Dallagnol a Moro


Depois de concordar com o então juiz Sergio Moro, de que Luiz Fux seria um ministro do STF  'confiável', o procurador Deltan Dallagnol, em nova safra de mensagens divulgadas nesta quarta-feira (12) pelo site The Intercept, afirma a Moro que certos detalhes da operação podem "depender de articulação com os americanos"
247 - Depois de concordar com o então juiz Sergio Moro, de que Luiz Fux seria um ministro do STF  'confiável', o procurador Deltan Dallagnol, em nova safra de mensagens divulgadas nesta quarta-feira (12) pelo site The Intercept, afirma a Moro que certos detalhes da operação podem "depender de articulação com os americanos". 
No trecho, publicado pelo The Intercept Brasil, Moro se queixa de que a operação não pode ficar muito tempo "parada", no que Dallagnol - em escandalosa relação promíscua e interessada entre juízo e Ministério Público - responde afirmando que haveria a necessidade de articular com os americanos. 
Leia o excerto das mensagens divulgadas: 
"Moro – 18:44:08 – Não é muito tempo sem operação?
Deltan – 20:05:32 – É sim. O problema é que as operações estão com as mesmas pessoas que estão com a denúncia do Lula. Decidimos postergar tudo até sair essa denúncia, menos a op do taccla pelo risco de evasão, mas ela depende de Articulacao com os americanos
Deltan – 20:05:45 – (Que está sendo feita)
Deltan – 20:05:59 – Estamos programados para denunciar dia 14
Moro – 20:53:39 – Ok"

STF tende a declarar Moro suspeito no dia 25


José Cruz/Agência Brasil
A Operação Lava Jato e seu condutor, o ex-juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro serão julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no próximo dia 25; a ala garantista do STF pretende usar o julgamento do pedido de habeas corpus da defesa do ex-presidente Lula para declarar a suspeição de Moro no processo que condenou o líder popular à prisão
247 - A Operação Lava Jato e seu condutor, o ex-juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro serão julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no próximo dia 25. A ala garantista do STF pretende usar o julgamento do pedido de habeas corpus da defesa do ex-presidente Lula para declarar a suspeição de Moro no processo que condenou o líder popular à prisão.
Os garantistas que criticam os métodos da Lava Jato e defendem rigorosamente a presunção da inocência e o respeito estrito às leis tendem a declarar Moro suspeito. As conversas de Moro com procuradores divulgadas pelo Intercept demonstraram que o ex-juiz atuou sem isenção no caso do tríplex. Moro extrapolou seu papel de juiz e instruiu a acusação, o que é ilegal.
Reportagem da Folha de S.Paulo descreve a correlação de forças no Supremo.
A Segunda Turma é composta por Gilmar, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello, Cármen Lúcia e Edson Fachin. Os dois primeiros são garantistas clássicos, os dois últimos usualmente apoiam a ação da Lava Jato, geralmente acompanhados de Celso de Mello. O ministro Celso de Mello ficou impactado com a revelação das conversas entre Moro e os procuradores e seu voto poderá ser decisivo.

Não representam nem a magistratura nem o MPF, diz ex-PGR sobre Moro e Deltan


Dir.: embaixo - ABR
Em um duro artigo, o ex-procurador-geral Claudio Fonteles, ao lado de outros três procuradores aposentados e um ex-juiz do TRF-4, critica Sérgio Moro e Deltan Dallagnol. "Os personagens dos diálogos acima, na dimensão dos fatos postos, não representam a magistratura nem o MPF", dizem os signatários do texto
247 - O ex-procurador-geral Claudio Fonteles produziu duro artigo, ao lado de outros três procuradores aposentados e um ex-juiz do Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-4), em crítica ao ex-juiz federal Sérgio Moro, atual ministro da Justiça, e ao procurador Deltan Dallagnol. "Os personagens dos diálogos acima, na dimensão dos fatos postos, não representam a magistratura nem o MPF", dizem os signatários do artigo, publicado na coluna Painel.
De acordo com o texto deles, "sem dúvida o atributo essencial da atividade judicial, a imparcialidade é garantia da cidadania e expressão do Estado democrático de Direito, constitucionalmente consolidada no artigo 5º, inciso 35". Além de Fonteles, assinam o texto Álvaro Augusto Ribeiro Costa, ex-procurador federal dos Direitos do Cidadão, Claudio Lemos Fonteles, ex-procurador-geral da República, Manoel Lauro Wolkmer de Castilho, juiz do Tribunal Regional Federal da 4ª Região aposentado, e Wagner Gonçalves, ex-procurador federal dos Direitos do Cidadão.
"Posto que o princípio é o da inafastabilidade do Poder Judiciário para a solução dos conflitos, é imperativo constitucional que o magistrado atue com imparcialidade, sob pena de mergulharmos no arbítrio do juiz. Extravasar sentimentos pessoais a privilegiar, escancaradamente, uma das partes na controvérsia judicial posta a seu exame viola a referida imparcialidade", continuam.
"Eis porque imperiosa se faz a abertura de plena investigação sobre tais fatos. Não há de prosperar o argumento de que em se tratando de conversa privada sua interceptação e publicização invalidaria essa prova, assim apresentada. As circunstâncias mostram, ao contrário, que as revelações têm caráter político e as conversas são sobre temas públicos.
Segundo os procuradores, "fatos gravíssimos revelados, se se vive em sociedade autenticamente democrática, não podem ser escondidos; colocados sob o manto do silêncio para que sejam esquecidos. Tais fatos são certos. Os diálogos existiram. O teor das conversas não foi negado". "A transparência é o melhor instrumento da verdade, assim posta ao conhecimento de todos. O esquecimento sobre o conduzir-se de quem quer que seja agente público não se compraz com o necessário controle da cidadania participativa", complementa.
"O membro do Ministério Público, portanto, não pode, por qualquer meio, mancomunar-se com o julgador; aceitar qualquer tipo de instrução ou orientação advinda de juiz da causa, porque o membro do Ministério Público tem a missão constitucional relevante 'de defesa da ordem jurídica e do regime democrático' –artigo 127 da Constituição Federal– pelo que é o fiscal da correta aplicação da lei, mostrando-se intolerável sua ostensiva participação em privilegiar-se de comportamento judicial, que o favoreça unilateralmente. Os personagens dos diálogos acima, na dimensão dos fatos postos, não representam a magistratura federal nem o Ministério Público Federal".
Não se pode tergiversar com os princípios constitucionais!

Claudio Lemos Fonteles, ex-procurador-geral da República
Manoel Lauro Wolkmer de Castilho, juiz do Tribunal Regional Federal da 4ª Região aposentado
Wagner Gonçalves, ex-procurador federal dos Direitos do Cidadão

Conversa divulgadas pelo Intercept envolvendo Fux ampliam crise


Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
As novas conversas divulgadas na quarta-feira (12) pelo Intercept mencionam o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, numa ampliação da crise para a Suprema Corte
247 - As novas conversas divulgadas na quarta-feira (12) pelo Intercept mencionam o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, numa ampliação da crise para a Suprema Corte.
Até então, as reportagens do site atingiam principalmente o ex-juiz e Sergio Moro, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, e o procurador Deltan Dallagnol.
Nas conversas divulgadas nesta quarta-feira, Moro diz confiar em Fux, destaca reportagem do UOL.