terça-feira, 4 de junho de 2019

Em programação inovadora, Expoagri 2019 apresentará a cena cultural sertaneja


O encontro, realizado no gabinete municipal, selou a ampliação da participação da Prefeitura na Expoagri e as inovações na programação do evento, que contará também com o apoio de diversas empresas ligadas ao agronegócio
(Foto: Maurício Borges)
Além da tradicional exposição de alunos na escola-fazenda do Colégio Estadual Agrícola Manoel Ribas, a Expoagri 2019 terá uma série de novidades. Contando com a Prefeitura como parceira, a exposição expandirá para a rua em frente ao colégio, onde haverá atrações gastronômicas e culturais, além de shows musicais regionais e nacionais. O evento acontecerá nos dias 15, 16 e 17 de agosto e pretende atrair para Apucarana a cena cultural sertaneja.
“Queremos fomentar o turismo temático rural e a Expoagri é uma excelente oportunidade para abordar a cena cultural sertaneja, envolvendo alunos, professores, famílias rurais e empresários do agronegócio”, frisou o prefeito Junior da Femac nesta terça-feira (04/05), após reunião com a equipe de secretários e a direção do colégio.
O encontro, realizado no gabinete municipal, selou a ampliação da participação da Prefeitura na Expoagri e as inovações na programação do evento, que contará também com o apoio de diversas empresas ligadas ao agronegócio. A reunião contou com a presença de Rosiney Pimenta, diretora-geral do colégio, que estava acompanhada de outros diretores da instituição.
Por parte da Prefeitura, a reunião contou com a participação da equipe que vai colaborar com a organização do evento. Estiveram presentes os secretários municipais de Agricultura, José Luiz Porto, da Indústria e Comércio, Edison Estrope, da Promoção Artística, Cultural e Turística, Maria Agar, e de Gestão Pública, Nicolai Cernescu Junior.
O prefeito de Apucarana destaca que o evento, tradicionalmente baseado no ensino e pesquisa, terá um novo enfoque seguindo a estratégia de fomentar o turismo em Apucarana. “Será um momento para celebrar a cultura sertaneja, com todas as suas riquezas, envolvendo a família rural de toda a região”, frisa Junior da Femac.
Junior da Femac reitera que o agronegócio é um dos vetores da economia local. “Temos diversas iniciativas como o Programa Terra Forte, com a fruticultura e a fertilização do solo, o incentivo à cafeicultura e as várias empresas que Apucarana têm atraído na área do agronegócio. Queremos, com uma programação inovadora, movimentar essa cena cultural”, reforça Junior da Femac.
PROGRAMAÇÃO – Durante a reunião, já foi definida uma programação prévia do evento. A abertura oficial será no dia 15, às 8 horas, seguida pela visita à escola-fazenda e ao campo experimental.
No dia 16, está programado um ciclo de palestras durante o dia, abordando a qualidade do leite, agricultura de precisão, fruticultura, manejo do solo, previdência social no setor agrícola e crédito fundiário. À noite, junto com a praça de alimentação, haverá apresentações com talentos universitários e, às 22 horas, um show com artista nacional.
Apresentação da Orquestra Facmol será uma das atrações do evento (Foto: Arquivo)
Já no sábado (17 de agosto), haverá durante o dia visitação ao campo experimental e, na parte da manhã, palestras técnicas. Haverá ainda almoço, seguido por show roda de viola com artistas regionais. Já a partir das 17 horas, está programado um show com talentos universitários e, às 20 horas, haverá show com a Orquesta Facmol. A Expoagri 2019 será encerrada às 22 horas, com um show nacional.


URGENTE: MP diz que Lula já tem direito ao regime semiaberto


O Ministério Público afirmou nesta terça-feira (4) que o ex-presidente já cumpriu tempo o suficiente na prisão e tem direito a passar para o regime semiaberto; a subprocuradora Áurea Lustosa Pierre apresentou ao STJ um parecer alegando que o tribunal deve discutir a progressão do regime de prisão de Lula
Sputnik Brasil - O Ministério Público afirmou nesta terça-feira (4) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já cumpriu tempo o suficiente na prisão e tem direito a passar para o regime semiaberto.
A subprocuradora Áurea Lustosa Pierre apresentou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) um parecer alegando que o tribunal deve discutir a progressão do regime de prisão de Lula.
De acordo com o entendimento do Ministério Público, a progressão é julgada de acordo com outros aspectos além do tempo de prisão cumprido, em especial o bom comportamento.
O ex-presidente cumpre pena desde abril de 2018, quando foi condenado em segunda instância no caso do triplex do Guarujá. Lula teve sua pena mantida este ano, mas sua pena foi reduzida de 10 para 8 anos de prisão.


Prefeito cobra Delegacia da Mulher e Cadeia Pública de novo secretário

Prefeito Sergio Onofre e demais autoridades durante reunião em Curitiba


O prefeito de Arapongas, Sérgio Onofre, esteve em audiência nesta terça-feira (04) com o secretário de Estado da Segurança Pública, coronel Rômulo Marinho Soares. Onofre estava acompanhado pelo deputado estadual Tiago Amaral. Na pauta, o decreto para a instalação da Delegacia da Mulher e a viabilização de recursos para a construção do novo Centro de Detenção de Arapongas. “Foi uma audiência produtiva, em que buscamos colocar com muita clareza as demandas de Arapongas para o novo secretário. Ele tomou posse no último dia 30 e é importante que saiba como os nossos pleitos vinham caminhando dentro do governo na área de segurança”, afirmou Sérgio Onofre.
A meta do prefeito é fazer com que a Delegacia da Mulher seja inaugurada já no dia 05 de julho, quando o governador Ratinho Júnior estará em Arapongas para a entrega do 24 Horas. Para isso, o governo estadual precisa assinar o decreto criando a delegacia e destinando efetivo, uma vez que o município já se comprometeu com a sede e o mobiliário. “Já encaminhamos para a Secretaria um documento mostrando, com riqueza de números, o quanto a Delegacia da Mulher é necessária para Arapongas”, acrescentou o prefeito. No Paraná, são 20 municípios com Delegacia da Mulher, sendo 19 em cidades do interior: Apucarana, Araucária, Campo Mourão, Cascavel, Cianorte, Cornélio Procópio, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Guarapuava, Jacarezinho, Londrina, Maringá, Paranavaí, Pato Branco, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, Toledo, Umuarama e União da Vitória. “Como se vê, há municípios menores que já conseguiram a delegacia da mulher, o que torna ainda mais urgente a reivindicação de Arapongas”, frisa o prefeito.
A construção do Centro de Detenção, reivindicação que se arrasta há anos, foi outro tema na pauta. Sérgio Onofre e o deputado Tiago Amaral explicaram que já foi disponibilizado terreno e que o projeto também está pronto. Porém, como a execução implica em investimentos da ordem de R$ 8 milhões, o novo secretário informou que é necessário um trabalho mais detalhado em termos orçamentários. A cadeia atual, localizada na área central da cidade, tem capacidade para 35 presos e abriga mais de 200.


Endividado, MDB do Paraná põe a sede do partido à venda


Sede do MDB do Paraná: imóvel, localizado em área nobre, na Avenida Vicente Machado, é avaliado em R$ 2,3 milhões
Sede do MDB do Paraná: imóvel, localizado em área nobre, na Avenida Vicente Machado, é avaliado em R$ 2,3 milhões (Foto: Google Maps/reprodução)
O MDB do Paraná decidiu colocar a sede histórica do partido em Curitiba à venda para pagar dívidas da legenda da última campanha eleitoral. A informação é do blog da jornalista Roseli Abrão. O imóvel, localizado em área nobre, na Avenida Vicente Machado, no bairro do Batel, é avaliado em R$ 2,3 milhões. 
A venda foi decidida pela Executiva Estadual do partido, atualmente presidida pelo ex-deputado federal João Arruda, sobrinho do ex-governador Roberto Requião. 
Dívidas da campanha de 2014 teriam sido pagas com dinheiro do fundo partidário, o que é proibido por lei. Para não correr o risco de perder os recursos do fundo, restou vender o imóvel para cobrir os débitos. 
Nas últimas eleições, o MDB manteve a trajetória de encolhimento que já vinha registrando nos últimos anos. Principal liderança do partido no Estado, Requião não conseguiu se reeleger para o Senado, ficando sem mandato.
Fonte: Bem Paraná

Alimentos Regina anuncia expansão em Apucarana


Empresa familiar no ramo de polpa de frutas projeta crescimento em nova sede no Parque Industrial Danilo Berté
(Foto:Edson Denobi)
Especializada na produção de polpa de frutas congeladas, a Alimentos Regina (AR), empresa fixada em imóvel do Núcleo Habitacional Adriano Correia, dentro de 15 dias vai estar produzindo em nova instalação junto ao Parque Industrial Danilo Berté. O investimento na construção do novo barracão, com área de 250 metros quadrados em terreno de mil metros quadrados cedido pelo município dentro do Programa de Desenvolvimento Econômico de Apucarana (Prodea), é na ordem de meio milhão de reais. A mudança de endereço faz parte dos planos de expansão da empresa familiar, que está há 6 anos no mercado atendendo Apucarana e região, e que agora mira novos mercados.
Os projetos da empresa foram detalhados ao prefeito Júnior da Femac nesta terça-feira (04/06) pelo empresário Moacir Pedrão. “A história da “Alimentos Regina” é a Apucarana que dá certo. De um lado o poder público dando incentivos e do outro a iniciativa privada aproveitando as oportunidades. Fico muito feliz por esta família ter acreditado em Apucarana e agora estar expandindo para gerar mais emprego e renda”, destacou o prefeito Júnior da Femac, frisando que a área de atuação da empresa é no setor da agroindústria. “Que é notoriamente um dos principais vetores do desenvolvimento de Apucarana”, lembrou.
Comprando a matéria-prima da Ceasa e de produtores da região, recentemente o empresário encontrou parceria junto aos produtores do Programa Terra Forte, que é uma iniciativa municipal de incentivo à fruticultura. “O “Terra Forte” tem como foco principal o fornecimento de frutas para a alimentação escolar, mas o empresário Moacir Pedrão nos relatou que tem frequentemente adquirido a produção excedente de muitos produtores cadastrados no programa. Além de facilitar a logística da empresa, a aquisição de produtores locais garante que o dinheiro circule dentro do município, aquecendo ainda mais nossa economia, e também incentivando a geração de emprego e renda na zona rural”, analisou o prefeito Júnior da Femac.
Com registro no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), as polpas de frutas produzidas pela “Alimentos Regina” não contém água e produto químico. “São 100% puras, naturais e por isso rendem muito mais. Produzimos atualmente 23 diferentes sabores onde todas as frutas, de primeira linha, são lavadas individualmente”, informa o empresário Moacir Pedrão. Segundo ele, por ser uma empresa de origem familiar, a produção prima pela qualidade. “O que produzimos é consumido por mim e por minha família e esse processo de qualidade será mantido com a expansão das atividades”, afirmou Pedrão.
Durante a reunião, que também contou com a presença do vereador Marcos da Vila Reis, o empresário manifestou interesse em fornecer para a alimentação escolar e recebeu orientações de como buscar habilitação. “O incentivo aos empresários locais vem sendo uma das marcas da gestão Beto Preto, que agora tem continuidade com o prefeito Júnior da Femac, e isso é muito positivo”, disse o vereador.


“Governo Bolsonaro vê a educação como ameaça”, dizem ex-ministros da área


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Seis ex-ministros da Educação afirmam ter "grande preocupação" com as políticas de Bolsonaro para o setor, que podem resultar em "efeitos irreversíveis e até fatais"; "Numa palavra, a educação se tornou a grande esperança, a grande promessa da nacionalidade e da democracia. Com espanto, porém, vemos que, no atual governo, ela é apresentada como ameaça", diz nota conjunta; foi lançado também o Observatório da Educação, sediado na USP, a fim de dialogar com várias áreas para aprimorar a qualidade da política educacional
247 - Por meio de nota, seis ex-ministros da Educação aforaram ter "grande preocupação com as políticas do governo Jair Bolsonaro para o setor que, segundo eles, podem resultar em "efeitos irreversíveis e até fatais". Ainda segundo o documento emitido pelo grupo, a educação é considerada "uma ameaça" pelo governo Bolsonaro.
O documento, divulgado nesta terça-feira (4), durante evento de lançamento do Observatório da Educação Brasileira, na Universidade de São Paulo (USP), é assinado pelos ex-ministros José Goldemberg (1991-1992, governo de Fernando Collor), Murilo Hingel (1992-1995, gestão de Itamar Franco), Cristovam Buarque (2003-2004, Luiz Inácio Lula da Silva), Fernando Haddad (2005-2012, Lula e Dilma Rousseff), Aloizio Mercadante (2012-2014 e 2015-2016, Dilma) e Renato Janine Ribeiro (2015, Dilma).
"Estamos no segundo ministro e não se fala de aprendizagem", disse Haddad. Para José Goldemberg, a política educacional do governo Bolsonaro é "uma mistura de pauta ideológica e ignorância" na qual "as medidas que estão sendo feitas são de caráter completamente alheio do que se entende como educação".
"Estamos aqui porque sentimos uma ameaça. O que está acontecendo na educação é pior do que imaginávamos", ressaltou Cristovam Buarque. Já Janine Ribeiro, avaliou que parece existir "um desmonte do setor público de educação e fortalecimento do setor com fins lucrativos e também o fim de instrumentos de qualidade e avaliação que foram construídos por governos até opostos."
Os ex-ministros também criticaram o corte de 30% no repasse das verbas do Ministério da Educação (MEC), além de manifestarem preocupação com o futuro do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que expira em 2020, e com o possível fim da autonomia das universidades.
"Numa palavra, a educação se tornou a grande esperança, a grande promessa da nacionalidade e da democracia. Com espanto, porém, vemos que, no atual governo, ela é apresentada como ameaça", diz a nota assinada pelos ex-ministros.
Confira a íntegra da nota:
NOTA CONJUNTA DOS EX-MINISTROS DA EDUCAÇÃO
Nós, ex-ministros da Educação que servimos o Brasil em diferentes governos, externamos nossa grande preocupação com as políticas para a educação adotadas na atual administração. Nas últimas décadas, construiu-se um consenso razoável sobre a educação, que se resume numa ideia: ela é a grande prioridade nacional.
Contingenciamentos ocorrem, mas em áreas como educação e saúde, na magnitude que estão sendo apresentados, podem ter efeitos irreversíveis e até fatais. Uma criança que não tenha a escolaridade necessária pode nunca mais se recuperar do que perdeu. A morte de uma pessoa por falta de atendimento médico é irreparável. Por isso, educação e saúde devem ser preservadas e priorizadas, em qualquer governo.
Uma educação pública básica de qualidade forma bem a pessoa, o profissional e o cidadão para desenvolverem, com independência e sem imposições, suas potencialidades singulares.
A educação é, ainda, crucial para o desenvolvimento social e estratégico da economia do Brasil. A economia não avança sem a educação, que é a chave para nosso país atender às exigências da sociedade do conhecimento.
O consenso pela educação como política de Estado foi constituído por diferentes partidos, por governos nas três instâncias de poder, fundações e institutos de pesquisa, universidades e movimentos sociais ou sindicais. Em que pesem as saudáveis divergências que restaram, foi uma conquista única, que permitiu avançar no fortalecimento da educação infantil, na universalização do ensino fundamental, na retomada da educação técnica e profissional, no esforço pela alfabetização e educação de adultos, na avaliação da educação em todos os seus níveis, na ampliação dos anos de escolaridade obrigatória com aumento expressivo das matrículas em todos os níveis de ensino, na expansão da pós-graduação, mestrado e doutorado e, consequentemente, na qualidade da pesquisa e produção científica realizada no Brasil.
É impressionante que, diante de um assunto como a educação que conta com especialistas e estudiosos bem formados, o governo atue de forma sectária, sem se preocupar com a melhoria da qualidade e da equidade do sistema, para assegurar a igualdade de oportunidade.
Em nenhuma área se conseguiu um acordo nacional tão forte quanto na da educação. A sociedade brasileira tomou consciência da importância dela no mundo contemporâneo.
Numa palavra, a educação se tornou a grande esperança, a grande promessa da nacionalidade e da democracia. Com espanto, porém, vemos que, no atual governo, ela é apresentada como ameaça.
Concordamos todos que a educação básica pública deve ser a grande prioridade nacional, contribuindo para superar os flagelos da desigualdade social gritante, da falta de oportunidades para os mais pobres e do atraso econômico e social. Ela implica o aprimoramento da formação dos professores, do material didático, a constante atenção à Base Nacional Curricular Comum, a valorização das profissões da educação, inclusive no plano salarial, a reforma do ensino médio, o aperfeiçoamento da gestão educacional, a construção de diretrizes nacionais de carreira de professores e diretores do ensino público. Requer a constante inovação nos métodos, deslocando-se a ênfase no ensino para a aprendizagem, que deve ser o centro de todos os nossos esforços.
Exige também o empenho na educação infantil e na alfabetização na idade certa, a melhora das escolas e dos laboratórios e bibliotecas e, mais que tudo, o respeito à profissão docente, que não pode ser submetida a nenhuma perseguição ideológica. A liberdade de cátedra e o livre exercício do magistério são valores fundamentais e inegociáveis do processo de aprendizagem e da relação entre alunos e professores. Convidar os alunos a filmarem os professores, para puni-los, é uma medida que apenas piora a educação, submetendo-a a uma censura inaceitável. Tratar a educação como ocasião para punições é exatamente o contrário do que deve ser feito. Cortar recursos da educação básica e do ensino superior, no volume anunciado, deixará feridas que demorarão a ser curadas.
Não menos importante é o fortalecimento da cooperação e da colaboração entre União, Estados, Municípios e o Distrito Federal e o respeito à autonomia das redes, como determinam a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e a própria Constituição Cidadã de 1988. Não podemos ignorar o Plano Nacional de Educação, aprovado por unanimidade pelo Congresso Nacional, os Planos Estaduais e os Planos Municipais de Educação, já pactuados entre a sociedade, os governos e a própria comunidade escolar. Ele decorre de iniciativas que já vinham de longe, como o Plano Decenal de Educação para Todos (1993/2003), elaborado pelo MEC com apoio dos estados, dos municípios, do Distrito Federal, de entidades representativas da área educacional e que atendia a compromisso internacional assumido pelo Brasil na Conferência realizada em 1990 em Jomtien (Tailândia), de que o Brasil participou, promovida pela UNESCO, pelo UNICEF, pelo PNUD e pelo Banco Mundial.
Enfim, e para somar esforços em vez de dividi-los, é indispensável que se constitua e se organize um efetivo Sistema Nacional de Educação.
Ademais, a prioridade à educação básica demanda que cresçam os repasses do governo federal para os estados e municípios, responsáveis pelo ensino infantil, fundamental e médio, sendo prioridade a renovação e, se possível, ampliação do FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, que expira em 2020. Sem ele, a situação do ensino nos municípios e estados mais pobres, que já é inadequada, se tornará desesperadora.
No tocante à expansão do ensino superior, é fundamental se assegurar o ingresso e permanência dos estudantes, especialmente dos egressos das escolas públicas e das famílias de baixa renda. O ensino superior necessita ter qualidade, o que requer tanto constantes avaliações quanto recursos, garantindo seu papel insubstituível na formação de profissionais qualificados para um mercado de trabalho cada vez mais exigente, impactado pelos desafios das inovações e das novas tecnologias. A autonomia universitária é uma conquista que deve ser mantida para garantir a liberdade e qualidade na pesquisa, formação e extensão.
O Brasil dispõe, hoje, de uma lista de políticas devidamente estudadas e estruturadas, de medidas e instrumentos que permitem progredir significativamente na educação. Nada disso é ou será fácil, mas o consenso obtido e o aprimoramento das medidas clamam pela junção de esforços em prol de uma educação que se equipare, em qualidade, à dos países mais desenvolvidos.
Muito tem de ser feito, tudo pode ser aprimorado, mas a educação depende da continuidade ao que já foi conseguido ou planejado. Educação é política de Estado: nada se fará se a ênfase for na destruição das conquistas, no desmonte das políticas públicas implementadas e no abandono dos planos construídos pela cooperação entre os entes eleitos e a sociedade.
Vimos a público defender esta causa estratégica para as futuras gerações e propomos a formação de uma ampla frente em defesa da educação. Nós, neste momento, estamos constituindo o Observatório da Educação Brasileira dos ex-ministros da Educação, que se coloca à disposição para dialogar com a comunidade acadêmica e científica, sociedade e entidades representativas da educação, com parlamentares e gestores, sempre na perspectiva de aprimorar a qualidade da política educacional.
Assinam este documento os ex-ministros da Educação:
José Goldemberg

Murílio Hingel
Cristovam Buarque
Fernando Haddad
Aloizio Mercadante
Renato Janine Ribeiro



Relator do decreto das armas organizou evento com patrocínio da Taurus


Roque de Sá/Agência Senado
O senador Marcos do Val (PPS-ES), relator que defendeu a manutenção do decreto das armas do presidente Jair Bolsonaro, organizou o evento "Heróis Reais", que condecora policiais por "bravura" e "inovação" com patrocínio da Taurus e da CBC, fabricantes nacionais de armas e munições, respectivamente
247 - O senador Marcos do Val (PPS-ES), relator que defendeu em parecer a manutenção do decreto das armas do presidente Jair Bolsonaro - considerado inconstitucional pela consultoria técnica do Senado e por diversos juristas -, foi responsável por organizar um evento patrocinado por empresas fabricantes de armas.
Trata-se da premiação "Heróis Reais", que condecora policiais em 2017. O evento contou com patrocínio da Taurus e da CBC, fabricantes nacionais de armas e munições, respectivamente. A informação é do jornal O Globo.
Marcos criou o prêmio para oferecer reconhecimento a policiais por "bravura" e "inovação", dando como prêmio viagem à Taurus. Com a decisão de entrar para a política, o agora senador suspendeu o evento em 2018.
Apesar disso, o senador nega que exista conflito de interesses. Para ele, o decreto abre o setor para mercado internacional e isso prejudicaria as empresas que atual no Brasil com exclusividade.
"De forma alguma eu faria algo com tendências a beneficiá-las. Não sou do meio político e seria incoerente com a minha ideologia jogar o mesmo jogo. Como sou da área de segurança pública, é coerente que eu faça relatórios sobre o tema, assim como senadores ligados à área médica ou de esportes atuarem nesses temas", completou Marcos do Val, que em relatório apresentado na semana passada à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), disse que Bolsonaro não extrapolou seus poderes e apenas definiu critérios objetivos para o que já estava previsto no Estatuto do Desarmamento.
Instrutor policial e consultor da área de segurança, o senador se gaba por ter atuado nos Estados Unidos para policiais locais, inclusive a Swat, e ministrado cursos no FBI e outras agências daquele país.


Bolsonaro quer acabar com multa para quem transportar criança sem cadeirinha


Ao entregar na Câmara o projeto para alterar o Código de Trânsito, Jair Bolsonaro traz uma proposta que pode ser fatal para crianças; ele propõe acabar com punição aos motoristas que transportarem crianças com menos de 10 anos sem uso das cadeirinhas específicas; caso a proposta seja aprovada no Congresso, a violação das normas "será punida apenas com advertência por escrito"
247 - O projeto de lei entregue pelo presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira, 4, à Câmara para aletrar o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) traz uma proposta que pode ser fatal para crianças. 
Bolsonaro propõe acabar com punição aos motoristas que transportarem crianças com menos de 10 anos sem uso das cadeirinhas específicas. Caso a proposta seja aprovada no Congresso, a violação das normas "será punida apenas com advertência por escrito".
Hoje, transportar crianças em veículo automotor sem observância das normas de segurança especiais estabelecidas é uma infração gravíssima, que rende sete pontos na carteira de habilitação e multa-base de R$ 293,47. Já a medida administrativa prevista é a retenção do veículo até que a irregularidade seja sanada.
Segundo a proposta de Bolsonaro, menores de sete anos e meio devem ser transportados nos bancos traseiros em "dispositivos de retenção adaptados ao peso e à idade". Caberá ao Contran disciplinar o uso e as especificações desses equipamentos. Já meninos e meninas entre sete anos e meio e dez anos devem sentar-se nos bancos traseiros usando cinto de segurança.
Outra alteração proposta no projeto é o fim da da multa para quem andar em rodovias sem os faróis ligados durante o dia, exigência em vigor desde 2016. Mas a punição em pontos na carteira de habilitação continua a valer. O texto estabelece a necessidade apenas para rodovias de faixa simples - não duplicadas.
Leia também reportagem da agência Reuters sobre o assunto:
O Parlamento é meu e a Presidência é de vocês, diz Bolsonaro a deputados ao levar projeto sobre CNH
O presidente Jair Bolsonaro entregou pessoalmente ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nesta terça-feira, um projeto de lei que altera pontos do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e aproveitou para fazer um afago aos parlamentares.
Em um breve discurso, Bolsonaro disse que "quanto mais lei o país tem, é sinal de que não está indo no caminho certo". O raciocínio do presidente é o de que o povo tem consciência dos seus deveres e não precisaria de mais leis —a proposta enviada apresenta uma série de liberalizações.
"Agradeço à recepção e para dizer que o 'Parlamento é meu e a Presidência é de vocês'", disse o presidente, que tem tido um relação muitas vezes tensa com o Congresso.
Entre as alterações do projeto, ele dobra de 20 para 40 o número de pontos para a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e também duplica a validade do documento, para 10 anos.
Ao receber a proposta das mãos do presidente, Maia disse que a Câmara já tem uma pauta extensa de agendas de mudanças econômicas, como a reforma da Previdência, mas essa agenda entregue por Bolsonaro "atinge diretamente o dia a dia do trabalhador brasileiro, também é importante que faça parte da nossa pauta".
Em rápida fala à imprensa, Bolsonaro disse que a proposta cada vez mais consolida os interesses que se tem no futuro do Brasil e destacou que há muita coisa para ser vista, como as reformas da Previdência e tributária.
Dessa vez, Bolsonaro veio à Câmara em carro oficial —havia a expectativa de que ele fosse a pé apresentar o texto.
O ministro Tarcísio Gomes de Freitas, da Infraestrutura, afirmou que o projeto não vai atrapalhar a tramitação da Previdência. "De jeito nenhum", disse ele, ao avaliar que a matéria poderá ser aprovada pela Câmara e pelo Senado até o final do ano.


Transportes devem parar em todo país na greve geral do dia 14


Esq>: Roberto Parizzoti - CUT / Dir.: Rodolfo Buhrer - Reuters
Sindicalistas ligados aos transportes realizam nesta quarta-feira (5) uma plenária nacional em Brasília (DF) para organizar a participação dos trabalhadores na greve geral contra a Reforma da Previdência no dia 14 de junho; a mobilização dos transportes afeta a economia com um efeito paralisante sobre o comércio, a indústria, a agricultura e os serviços; a participação dos trabalhadores do ramo é considerada decisiva para o sucesso da mobilização
247 - Sindicalistas de todo o País ligados aos transportes realizam nesta quarta-feira (5) uma plenária nacional em Brasília (DF) para organizar a participação dos trabalhadores na greve geral convocado de forma unificada pelas 10 centrais sindicais brasileiras e movimentos sociais para o próximo 14 de junho. O protesto será contra a proposta de Reforma da Previdência do governo Jair Bolsonaro. A greve dos transportes não fica circunscrita ao universo do setor, afeta a economia globalmente com um efeito paralisante sobre o comércio, a indústria, a agricultura e os serviços de modo geral. Por isto, a participação dos trabalhadores e trabalhadoras do ramo é considerada decisiva para o sucesso da greve geral.
“Podem apostar que realizaremos uma das maiores greves da nossa história”, afirmou o presidente da CTB, Adilson Araújo.
Entre outras categorias, o setor dos transportes compreende motoristas e cobradores de ônibus urbanos e rodoviários, metroviários, ferroviários, caminhoneiros, marítimos e aeroviários. A reunião ocorrerá a partir das 13 horas no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados.
Os transportes ocupam uma posição especial no processo de produção e distribuição das mercadorias (e no deslocamento daquela que Karl Marx considerava uma mercadoria especial, a força de trabalho) e, por consequência, também desempenham um papel estratégico numa greve geral.
Dentre os pontos da proposta, está o regime de capitalização, em que o trabalhador abre uma conta individual para fazer uma espécie de poupança e bancar seus benefícios no futuro. Setores progressistas criticam duramente este alegando que o mesmo beneficia os bancos e prejudicam trabalhadores mais pobres. 
Outro ponto polêmico são os 40 anos de contribuição para o cidadão ter direito a uma aposentadoria integral, o que ignora as diferenças de expectativas de vida no campo e na cidade. 


Para Tasso, Bolsonaro não tem aptidão para governar: “Isso é inédito”


Edilson Rodrigues/Agência Senado
O senador Tasso Jereissati afirma que o governo Jair Bolsonaro é responsável "por criar crises", além de possuir uma "inexperiência enorme", "falta de aptidão para governar" e "um desconhecimento da coisa pública"; "Isso é uma coisa inédita. Eu nunca vivi isso", diz
247- O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) afirmou que o governo Jair Bolsonaro "é liberal na economia, mas conservador nos costumes e comportamento social". Para ele, o país precisa de "estabilidade", "mas, aqui, o próprio governo cria crises para desestabilizar e cria um clima que não é propício ao investimento, que é fundamental", disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. O parlamentar tucano ressaltou, ainda, o que chama de "inexperiência enorme "falta de aptidão para governar" e "um desconhecimento da coisa pública" por parte do governo Jair Bolsonaro. "Isso é uma coisa inédita. Eu nunca vivi isso", afirmou.
"Sem estabilidade, o País não cresce. Pode passar a reforma da Previdência, (mas), se não houver um clima de estabilidade e confiança, vamos continuar com os mesmos problemas", disse. "A economia está mal. Todo governo procura estabilidade e a oposição tenta desestabilizar. Mas, aqui, o próprio governo cria crises para desestabilizar e cria um clima que não é propício ao investimento, que é fundamental", completou.
Apesar da crítica, o parlamentar avaliou que "a área econômica está no rumo certo. Mas pode se tornar um governo extremamente ineficiente em função de outras áreas. É um governo liberal na economia, mas conservador nos costumes e comportamento social. Sou menos pessimista porque acho que a economia está indo na direção correta". Para Tasso, as reformas devem ser aprovadas pelo Congresso "apesar dos desacertos do governo". "Ele (presidente Jair Bolsonaro) se complica muito se mantiver essa visão retrógrada em relação à liberdade das pessoas e suas opções de vida e manifestação de opiniões", disse.
Tasso afirmou que a reforma da Previdência - rejeitada pela maioria dos brasileiros -, da qual será o relator no senado, diz que a mudança nas regras previdenciárias "é essencial. para evitar que o País não caia no precipício, mas não resolve todos os problemas". Em sua avaliação, "isso está quebrando o ânimo dos investidores do mercado, porque parece música de uma nota só: Previdência".
O parlamentar tucano ressaltou o que chama de "inexperiência enorme "falta de aptidão para governar" e "um desconhecimento da coisa pública" por parte do governo Jair Bolsonaro. "Isso é uma coisa inédita. Eu nunca vivi isso. É tão novo para mim quanto para um garoto de 18 anos que está chegando agora. E ainda tem essa influência dos filhos (de Bolsonaro) de uma maneira negativa para o próprio governo, que cria um atrito e desestabiliza, que é contra o governo", observa.
"Bolsonaro ainda não conseguiu cair a ficha: sou o presidente da República e é preciso estabilidade, que é importante cada coisa que falo e que tem reflexos e consequências. E precisamos ter a condição necessária para fazer as coisas acontecerem. No momento que cair essa ficha, as coisas vão melhorar e (ele pode) até dar umas palmadas nos filhos", avaliou.



Acuada, mulher que acusa Neymar de estupro deve divulgar vídeo


Charles Platiau - Reuters
A mulher que acusa o jogador Neymar de estupro deve divulgar um vídeo contanto a suas versões; o ex-advogado teria dito que ela o procurou alegando agressão e não estupro do atacante da Seleção Brasileira
247 - A mulher que acusa o jogador Neymar de estupro deve divulgar um vídeo contanto a suas versões. A informação é do Blog do Comes Rímoli, no site R7. Segundo a publicação, o ex-advogado fala que ela o procurou alegando agressão e não estupro do atacante da Seleção Brasileira.
O crime teria ocorrido no dia 15 de maio num hotel em Paris, na França, onde Neymar mora - ele é jogador do PSG. Ela disse à polícia ter encontrado o atleta embriagado, que teria forçado uma relação sexual. 
Pelo menos quatro da dez patrocinadoras do atleta cobram explicações sobre o caso. Neymar recebeu em torno de R$ 100 milhões em patrocínios pessoais só na última temporada (veja aqui).
Neymar havia publicado um vídeo negando as acusações. "Fui pego de surpresa por causa disso. É muito ruim, muito triste, isso não só magoa a mim como toda a minha família. Não só denegrir a minha imagem é ruim, mas sim o que eu sou, quem eu sou, a índole que eu tenho, o caráter que eu tenho", afirmou (veja aqui).
O vídeo foi apagado. Neymar da Silva Santos, pai do jogador, negou que o filho tenha apagado o vídeo. "Não foi retirado pelo Neymar, o Instagram derrubou porque entende que vai haver uma discussão [na Justiça]. Mas o Neymar preservou a imagem, o nome. A gente sabia da chantagem, mas não sabia da coragem do boletim de ocorrência", disse em entrevista ao programa Aqui na Band, da TV Bandeirantes.


Fábrica de abas vai reciclar 50 toneladas de lixo por mês


O material reciclável será transformado em matéria-prima para a produção de um milhão e 800 mil abas por mês, utilizadas na confecção de boné
(Foto: Profeta)
A Abafort Indústria de Abas para Bonés vai retirar mensalmente cerca de 50 toneladas de lixo da natureza. O material reciclável será transformado em matéria-prima para a produção de um milhão e  800 mil abas por mês, utilizadas na confecção de bonés. A empresa, que foi inaugurada neste final de semana, está investindo mais de R$ 1 milhão e vai gerar 15 empregos.
O prefeito de Apucarana, Junior da Femac, e o secretário municipal de Indústria e Comércio, Edison Estrope, estiveram presentes na inauguração.  “Além do serviço que estará prestando para o meio ambiente, retirando da natureza e reciclando 50 toneladas de lixo por mês, a empresa vai gerar empregos e impostos”, frisa Junior da Femac.
O prefeito de Apucarana afirma que o empresário Dionísio Mendes, proprietário da Abafort, é exemplo de que as empresas instaladas no município também estão se fortalecendo. “O Dionísio é proprietário de quatro empresas, no ramo de fabricação de componentes para calçados de segurança, frascos e tampas para a indústria de detergentes. Agora, a Abafort será a quinta dirigida pelo empresário, mostrando que as empresas locais também estão se fortalecendo e expandindo as atividades”, salienta Junior da Femac.
O empresário afirma que o empreendimento está localizado no Parque Industrial Oeste, em um barracão com área de 1.550 metros quadrados. “A nossa matéria é o polietileno, que vem da reciclagem de embalagens de detergente, água sanitária, sucos e amaciantes, entre outros”, afirma Dionísio Mendes, estimando que em torno de 30% a 40% dos recicláveis virão de Apucarana e o restante será fornecido por empresas de reciclagem localizados em outros municípios.
O empresário afirma ainda que, além de Apucarana, a Abafort vai comercializar as abas em outros estados, como Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Norte.



Ex-prefeito de Califórnia é sancionado em R$ 71,6 mil por obra inacabada


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A Segunda Câmara do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) julgou procedente Tomada de Contas Extraordinária referente ao Contrato de Construção nº 1/2012, firmado entre a Prefeitura de Califórnia e a empresa Metafa Fabricação de Estrutura Metálicas Ltda. O documento previa a instalação de cobertura metálica em uma quadra poliesportiva daquele município do Norte paranaense. A obra, orçada em R$ 312.064,18, ficou inacabada.
O processo teve origem em uma Comunicação de Irregularidade feita pela Coordenadoria de Obras Públicas (COP) do TCE-PR após constatar a paralisação dos trabalhos. Como resultado, o então prefeito, Amauri Barichello (gestão 2009-2012), foi responsabilizado pela restituição, ao tesouro municipal, da quantia de R$ 50.580,00. O valor refere-se ao que foi gasto na obra antes de sua interrupção.
O ex-gestor ainda recebeu três multas, que somam R$ 20.976,12. Ao todo, ele foi sancionado em R$ 71.556,12. Por sua vez, o sócio administrador da contratada, Dejair Valério, foi multado em R$ 2.901,06. As penalidades estão previstas no artigo 87, inciso V, e no artigo 89, parágrafo segundo, da Lei Orgânica do TCE-PR (Lei Complementar nº 113/2005). Todas as quantias devem ser devidamente atualizadas no momento do trânsito em julgado do processo, no qual cabe recurso.
O TCE-PR decidiu ainda emitir declaração de inidoneidade contra Barichello. Com isso, ele não poderá exercer cargo em comissão ou função de confiança, nem contratar com o poder público pelo prazo de cinco anos. As restrições valem para o Estado e os municípios do Paraná.
Irregularidades
Além da própria paralisação da obra, diversos outros motivos levaram à desaprovação das contas relativas a ela. Segundo a instrução da COP, o projeto que fundamentou a instalação da cobertura era insuficiente, deficiente e não contava com a aprovação da autoridade competente. Além disso, não foram encontrados diversos documentos obrigatórios referentes à construção, como a matrícula da obra no cadastro específico do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a anotação de responsabilidade técnica (ART) de execução da obra.
A COP identificou ainda o atraso na ART de fiscalização da obra; a falta de designação, pelo município, de um fiscal para acompanhar os trabalhos; a inexistência de registro de ocorrências, diário de obras e termo de paralisação de obras; a falta de adequada motivação para a pactuação de aditivo contratual; a não aplicação de sanções contratuais por inexecução contra a empresa; e a ausência de termo de rescisão contratual devido à interrupção do serviço.
Decisão
Tanto a COP quanto o Ministério Público de Contas do Estado do Paraná (MPC-PR) manifestaram-se pela procedência da Tomada de Contas Extraordinária, com o apontamento de irregularidades e a penalização dos responsáveis: o ex-prefeito e o sócio administrador da empresa contratada.
O relator do processo, conselheiro Ivan Bonilha, adotou o mesmo entendimento. Em seu voto, ele emitiu uma série de recomendações que devem passar a ser adotadas pela administração municipal de Califórnia em suas futuras licitações e contratos referentes a obras públicas.
Além disso, Bonilha defendeu ainda o encaminhamento dos autos dos processos para o Ministério Público do Estado do Paraná (MP-PR), a Receita Federal, o INSS e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), para que adotem as medidas que considerarem pertinentes em relação ao caso.
Os demais membros da Segunda Câmara do TCE-PR acompanharam, por unanimidade, o voto do relator, na sessão do dia 23 de abril. Cabe recurso contra a decisão contida no Acórdão nº 1064/19 - Segunda Câmara, veiculado em 6 de maio, na edição nº 2.051 do Diário Eletrônico do TCE-PR (DETC).
 Fonte: TCE