sexta-feira, 31 de maio de 2019

CUT: sucesso das ruas dá força inédita à greve geral


Mídia Ninja | ABr | Reuters
Para o secretário-geral da CUT-SP, João Cayres, os atos em defesa da educação e contra os cortes de verbas em 15M e 30M, com a mobilização de mais de 1 milhão de pessoas, fortaleceram de maneira sem precedentes a organização da greve geral marcada para 14 de junho; "Foi muito bom porque foi um sucesso", afirma Cayres
247 - Os atos em defesa da educação e contra os cortes de verbas para o setor feitos pelo governo Jair Bolsonaro, que reuniram mais de 1 milhão de pessoas em diversas cidades do Brasil nesta quinta-feira (30), fortalecem a movimentação para a greve geral, marcada para o dia 14 de junho, contra a reforma da Previdência e os retrocessos econômico e social da atual gestão. A avaliação é do o secretário-geral da CUT-SP, João Cayres.
"A greve geral já estava sendo discutida antes do movimento da educação. (...) Foi muito bom porque foi um sucesso (...), e neste momento todo a gente também está agregando à discussão da Previdência, da Seguridade Social, e já estamos agregando também para a Greve Geral a questão dos cortes na Educação", disse Cayres em entrevista ao Brasil de Fato.
Um exemplo desta mobilização está na adesão à greve geral por parte dos motoristas e cobradores de ônibus da capital paulista, a exemplo do registrado em abril de 2017 (leia no Brasil 247).
Leia a íntegra da entrevista de João Cayres ao Brasil de Fato.
Luciana Console, Brasil de Fato - "A reforma do Bolsonaro não é uma reforma, é uma destruição do sistema de seguridade social", explica o secretário-geral da CUT-SP, João Cayres, em entrevista ao Brasil de Fato. Leia abaixo os principais trechos:
Brasil de Fato: Qual a importância das mobilizações da educação para o chamamento da Greve Geral?
João Cayres: A greve geral já estava sendo discutida antes do movimento da educação. (...) Foi muito bom porque foi um sucesso (...), e neste momento todo a gente também está agregando à discussão da Previdência, da Seguridade Social, e já estamos agregando também para a Greve Geral a questão dos cortes na Educação (...).
Em relação à Previdência, as centrais divergem em alguns pontos. Gostaria que você falasse um pouco nesse sentido.
Nós estamos lidando muito bem, pela primeira vez na história nós conseguimos fazer um 1º de Maio unificado, com todas as centrais sindicais. Algo inédito, cada central sindical fazia o seu, falava com seu público específico, mas a gente conseguiu depois de muita conversa unificar. Do ponto de vista da reforma, o que tem claro pra nós é que a reforma do Bolsonaro não é uma reforma, é uma destruição do sistema de seguridade social. O que ele apresenta, que é o sistema de capitalização, não agrada nenhum tipo de central sindical. Pode ter uma ou outra pensando alguma coisa, em fazer algum tipo de reforma, mas nós da CUT entendemos que as reformas já foram feitas. A última foi em 2015 com a Dilma, com o fator 85/95, que já virou 86/95, que já resolve vários problemas. E a reforma de 2003, (...) que foi essa história de combate aos privilégios. O pessoal fala muito disso, que agora funcionário público não vai mais receber isso aquilo, isso é mentira, por que isso já foi resolvido. (...) Então essa discussão pra nós está tranquila. Nós unimos neste sentido, de que somos contra o sistema de capitalização porque dentro da reforma da Previdência tem também umas mudanças que aprofunda o desastre da Reforma Trabalhista. Que é o caso da chamada Carteira Verde Amarela.
Em relação a diálogo com governo, há espaço ou é inviável?
É só pegar a declaração do Ministro da Economia, que diz que se mexer uma vírgula ele vai embora do país. É um garoto mimado que não aceita nada e que se não tiver o que ele está pedindo ele vai morar fora. Ou seja, não tem conversa.
Faltando cerca de 15 dias para a Greve Geral, vão ser realizadas atividades de mobilização até lá?
O que a gente tem feito, falando pela CUT e as subsedes de várias regiões de São Paulo, estamos realizando plenárias nos sindicatos debatendo justamente a forma de fazer as atividades. Vamos fazer panfletagem, assembleias nos locais de trabalho, mobilizando e conscientizando, usando as redes sociais também. Estamos conversando com setor de transporte e a ideia é parar tudo, como aconteceu no dia 28 de abril de 2017.



Condenado por não pagar INSS, dono da Havan compra jato de R$ 250 milhões


O empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan e um dos maiores apoiadores de Jair Bolsonaro, anunciou nesta sexta-feira, 31, a compra de um jato particular, modelo Bombardier Global 6000, um dos maiores aviões particulares do mundo; aeronave, que tem autonomia para voar de Florianópolis a Berlim, veio do Canadá e custou o equivalente a R$ 250 milhões – R$ 25 milhões só em impostos, Hang faz questão de ressaltar
247 - O empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan e um dos maiores apoiadores de Jair Bolsonaro, anunciou nesta sexta-feira, 31, a compra de um jato particular, modelo Bombardier Global 6000, um dos maiores aviões particulares do mundo.
A aeronave, que tem autonomia para voar de Florianópolis a Berlim, veio do Canadá e custou o equivalente a R$ 250 milhões – R$ 25 milhões só em impostos, Hang faz questão de ressaltar.
"Jatinhos mostram a pujança da economia. Em 2015, na faixa mais acima, onde voam os jatos particulares, não se via mais ninguém, 50% dos aviões estavam parados ou foram vendidos. Houve perda de empregos, pilotos que tiveram que morar fora, na Ásia. (A compra) impulsiona outras pessoas a sonhar. Comprei porque acredito, e só depois que o Bolsonaro ganhou", disse Hang, que tem três helicópteros e, com o Bombardier, três jatos. 
Um dos maiores críticos dos governos Lula e Dilma, sob os quais viu seus negócios decolarem, Luciano Hang acumula processos na Justiça. Como mostra reportagem do jornal Folha de S. Paulo, Hang foi alvo de pelo menos duas condenações criminais por evasão de divisas e sonegação fiscal.
No processo por evasão de divisas, foi acusado pelo Ministério Público Federal de Santa Catarina de usar contas de laranjas para remeter R$ 500 mil para o exterior sem recolher o imposto devido. A sentença, confirmada em segunda instância, prescreveu e ele, apesar de condenado no mérito, ficou livre de punição.
A outra condenação foi por sonegação de INSS dos funcionários. Ainda na década de 1990, ele foi condenado em duas instâncias por "pagar por fora" salários e remunerações de seus funcionários em Santa Catarina e no Paraná. A defesa de Hang entrou com pedido de habeas corpus no TRF-4 para que ele não tivesse que cumprir pena antes do trânsito em julgado. Após a condenação, o empresário firmou acordo, parcelou o débito trabalhista e suspendeu a execução da pena.


Gleisi concorda pela primeira vez com Bolsonaro: é verdade, gostamos de pobre


A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), defendeu os governos Lula e Dilma após Jair Bolsonaro dizer em tom de crítica que os membros do partido "gostam de pobre"; "Ao atacar o PT, Bolsonaro disse que a gente só gosta de pobre. É verdade! Nossos governos foram voltados pra quem + precisa. Defendemos a inclusão social, pudemos ver filhos de trabalhadores entrarem na universidade e os pobres andar de avião. Defendemos o povo", afirmou 
247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), defendeu os governos Lula e Dilma após o presidente Jair Bolsonaro dizer em tom de crítica que os membros do Partido dos Trabalhadores "gostam de pobre".
"Ao atacar o PT, Bolsonaro disse que a gente só gosta de pobre. É verdade! Nossos governos foram voltados pra quem + precisa. Defendemos a inclusão social, pudemos ver filhos de trabalhadores entrarem na universidade e os pobres andar de avião. Defendemos o povo", afirmou a parlamentar no Twitter.
A declaração do mandatário foi feita durante a transmissão semanal no Facebook ao vivo nesta quinta-feira (30). Ele disse que vetará a emenda à Medida Provisória (MP) das Aéreas que reintroduz o direito de transporte gratuito de bagagem em voos domésticos e internacionais.
"Minha tendência é vetar. Aliás, eu fui convencido a vetar o dispositivo. Não só porque é do PT. Se bem que é um indicativo. Os caras são socialistas, comunistas, são estatizantes. Eles gostam de pobre", disse.



Apucarana vai sediar encontro nacional de graffiti


As atividades serão desenvolvidas a céu aberto, no entorno do Colégio Estadual Nilo Cairo, nos dias 9, 10 e 11 de agosto

Os apucaranenses poderão conhecer melhor a arte do graffiti, bem como uma série de expressões artísticas e culturais ligadas ao Hip Hop. A oportunidade virá com o 3º Encontro Nacional de Graffiti Wall of Street, que acontecerá em Apucarana nos dias 9, 10 e 11 de agosto. As atividades serão desenvolvidas a céu aberto, no entorno do Colégio Estadual Nilo Cairo, visando garantir uma proximidade maior entre os artistas e o público.
Detalhes do evento foram definidos nesta semana durante reunião entre o prefeito de Apucarana, Junior da Femac, com o idealizador da iniciativa, o grafiteiro apucaranense Márcio Luchtenberg (Marcio Zion). Também participaram do encontro a professora Maria Agar, que comanda a Secretaria Municipal de Promoção Artística, Cultural e Turística (Promatur) e o grafiteiro Guilherme Lopes, além de Maria Luiza Samuelsson, diretora auxiliar do Colégio Nilo Cairo, que esteve acompanhada da professora Francielli Leuche.
O prefeito de Apucarana afirma que o Município apoiará a realização do evento, através da Promatur. “É uma atividade que faz parte da cultura popular urbana, sendo uma oportunidade para as pessoas conhecerem melhor essa expressão cultural e de interagir com os artistas”, frisa Junior da Femac, acrescentando que a Prefeitura vai contribuir com alimentação, aquisição de sprays, som, palco, interdição de ruas pela Guarda Municipal e presença de equipe de saúde.
De acordo com a professora Maria Agar, secretária da Promatur, a intenção é criar eventos em Apucarana que tenham sequência e se consolidem como uma marca da cidade. “Já temos o exemplo do Festival de Música Mensagem, o Femudap, que tem uma repercussão nacional e atrai artistas de várias partes do País. Acreditamos que o Encontro Nacional de Graffiti, que já está na sua terceira edição, também tem esse potencial”, avalia Maria Agar.
O evento acontecerá no entorno do Colégio Estadual Nilo Cairo. Além da construção de obras de arte céu aberto (graffiti), haverá apresentações de dança de rua conhecidas como break, músicas ao vivo com a presença de MC´s e DJS. “A ideia é aglutinar todos os elementos que compõem a chamada cultura de rua: o Hip Hop”, afirma o grafiteiro Márcio Zion.
O 3º Encontro Nacional de Graffiti Wall of Street iniciará no dia 9 de agosto com a realização de um work shop e uma mesa de debates. O ponto alto do evento será a confecção de um painel no muro lateral do colégio, arte denominada wall of street (muro da ruas). Diversos artistas participarão da atividade, que terá início no dia 10 (sábado) e será finalizada no dia 11 de agosto (domingo). “Vamos trazer pessoas de renome, de várias partes do País,  com qualidade de trabalho para criar o painel. O objetivo, com a realização do evento a céu aberto, é ter essa proximidade com o público e incentivar quem está começando a pintar”, salienta Márcio Zion. Além de artistas paranaenses, serão convidados grafiteiros de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Minais Gerais e Amazonas.


No Congresso já se fala em cassação da chapa de Bolsonaro pelo TSE

O presidente Jair Bolsonaro e o vice-presidente, general Mourão Foto: Evaristo Sá / AFP


“O assunto é tratado de maneira discreta. Mas, no Congresso, já se fala que, caso o presidente não tome jeito, a solução não está no impeachment, e sim na cassação de sua chapa pelo TSE. Corre no tribunal uma investigação da denúncia de que empresários bancaram o envio ilegal de milhões de mensagens a eleitores por WhatsApp”, informa o Radar da Veja.
Fonte: DCM

IBGE: 13 milhões de desempregados, 28 milhões sem trabalho ou subempregados


Reuters | ABr
Fiasco da política econômica do governo Jair Bolsonaro elevou para 28,4 milhões o número de trabalhadores subutilizados no Brasil no trimestre encerrado em abril, número recorde na história do país; taxa de desemprego no período foi de 12,5%, atingindo 13,2 milhões de pessoas; dados do desemprego e a queda do PIB no primeiro trimestre indicam que o país está mergulhando numa recessão brutal
247 - O fiasco da política econômica implantada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, elevou para 28,4 milhões o número de trabalhadores subutilizados no Brasil no trimestre encerrado em abril, número recorde da série histórica iniciada em 2012. Na comparação com o trimestre encerrado em janeiro, houve crescimento de 3,9%, alcançando um contingente de 1,06 milhão de pessoas.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil no período foi de 12,5%, representando uma alta em comparação aos 12% registrados no trimestre encerrado em janeiro. Ao todo, cerca de 13,2 milhões de brasileiros estavam desempregados no período, alta de 4,4% sobre o trimestre anterior.
O IBGE já havia divulgado nesta quinta-feira (30) outro dado desalentador da economia ao apontar que o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 0,2% no primeiro trimestre (aqui). A contração foi a primeira registrada desde 2016 e aumenta a incerteza sobre os rumos da economia.
Segundo o IBGE, o índice de subutilização passou de 24,2% no trimestre de novembro de 2018 a janeiro de 2019, para 24,9%. O indicador aponta que 1 em cada 4 brasileiros está desempregado ou tem sua força de trabalho subutilizada. Já o número de desalentados no trimestre terminado em abril chegou a 4,9 milhões de trabalhadores, representando uma alta de 4,2% em um ano e um recorde da série histórica.
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o Brasil criou 129,6 mil postos de trabalhos com carteira assinada em abril. No acumulado entre janeiro e abril foram criadas 313.835 vagas com carteira assinada, queda de 6,83% em comparação com o mesmo período de 2018.



Bolsonaro revela que não gosta de pobre


Isac Nóbrega/PR
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (30) que está convencido a vetar trecho da medida provisória que obriga as empresas de aviação a despachar bagagens gratuitamente; ao justificar o veto, Bolsonaro deu demonstração de preconceito contra os pobres brasileiros; "Eu fui convencido a vetar o dispositivo. Não só porque é do PT. Se bem que é um indicativo. Os caras são socialistas, comunistas, são estatizantes. Eles gostam de pobre", afirmou
247 - O presidente Jair Bolsonaro disse que vai vetar emenda à Medida Provisória (MP) das Aéreas que reintroduz o direito de transporte gratuito de bagagem em voos domésticos e internacionais.
A afirmação foi feita durante a transmissão semanal no Facebook ao vivo nesta quinta-feira (30). Ele disse que está convencido a vetar o trecho da emenda à MP 863.
"Minha tendência é vetar. Aliás, eu fui convencido a vetar o dispositivo. Não só porque é do PT. Se bem que é um indicativo. Os caras são socialistas, comunistas, são estatizantes. Eles gostam de pobre", justificou o presidente.
A gratuidade da bagagem não estava na versão inicial da MP, tendo sido incluída durante a tramitação no Congresso por uma emenda da bancada do PT.
Diante da aprovação no Congresso, Bolsonaro chegou a dizer que não vetaria a propostas, mas depois atendeu o lobby das empresas pela permanência da cobrança.


Estatal transfere namorada de Lula para Foz, a 630 km de Curitiba


A direção da Itaipu Binacional tomou uma decisão que dificulta os encontros entre o ex-presidente Lula e sua namorada, a socióloga Rosângela da Silva; ela será transferida de Curitiba para Foz do Iguaçu, a 630 quilômetros da capital paranaense; segundo a assessoria da empresa, a medida tem como objetivo otimizar recursos e envolve os 150 funcionários lotados em Curitiba
247 – O ex-presidente Lula e sua nova namorada, a socióloga Rosângela da Silva, ficarão mais distantes. Isso por que ela terá que trocar Curitiba por Foz do Iguaçu, a 630 km da capital, se quiser continuar trabalhando na Itaipu Binacional, segundo informa a jornalista Katna Baran, em reportagem publicada na Folha de S. Paulo. A determinação é do diretor-geral brasileiro da usina, Joaquim Silva e Luna, que foi indicado ao cargo em fevereiro pelo atual presidente Jair Bolsonaro (PSL).
"Rosangela e os cerca de 150 funcionários da empresa que estão lotados na capital paranaense serão transferidos para o centro de comando brasileiro da usina, em Foz do Iguaçu, no oeste do estado, em um processo que deve ocorrer de julho deste ano a 31 de janeiro de 2020. Segundo a assessoria da empresa, a medida, anunciada na semana passada, tem como objetivo otimizar recursos. Itaipu desembolsa mensalmente R$ 208 mil com o escritório alugado em Curitiba", aponta o texto.
A mudança pode atrapalhar as visitas frequentes de Rosangela a Lula, que está preso na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba, desde abril do ano passado.