domingo, 26 de maio de 2019

Bolsonaristas arrancam cartaz em defesa na Educação na UFPR


Além de pedir o fechamento do Congresso e o emparedamento do STF, a micareta fascista deste domingo (26) também protagoniza cenas de obscurantismo e ataque à Educação; em Curitiba, apoiadores de Jair Bolsonaro arrancaram uma faixa em defesa da Educação na Universidade Federal do Paraná; ato foi aplaudido e comemorado por dezenas de pessoas; "Inacreditável", disse o reitor da UFPR, Marcelo Fonseca 
247 - Durante a micareta fascista neste domingo (26), apoiadores do governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro, arrancaram, em Curitiba, uma faixa em defesa da Educação na Universidade Federal do Paraná.
A denúncia foi feita pelo reitor da UFPR, Ricardo Fonseca. "Neste exato momento manifestantes retiraram, com muitos aplausos, uma faixa no Prédio Histórico da UFPR em que estava escrito: “Em defesa da educação”. Inacreditável", disse Fonseca pelo Twitter.
O ato violento dos bolsonaristas curitibanos faz parte do ambiente de obscurantismo difundido no país por Jair Bolsonaro e seu ministro da Educação, Abraham Weintraub, em campanha contra a Universidade, com perseguições ideológicas e cortes de verbas. 




Conteúdo violento no Facebook aumenta quase 10 vezes em um ano

(Foto: Divulgação)

O número de publicações com conteúdo violento punidos por violar as regras do Facebook aumentou quase 10 vezes em um ano, saindo de 3,4 milhões no primeiro trimestre de 2018 para 33,6 milhões entre janeiro e março de 2019. O balanço foi divulgado pela plataforma no documento Relatório de Transparência, que traz números relativos a providências tomadas em relação a posts de usuários a partir de suas regras internas.
Do total de 33,6 milhões conteúdos violentos punidos, 171 mil foram objeto de reclamações questionando a retirada e solicitando a retomada. Cerca de 70 mil mensagens foram republicadas, sendo 24 mil após o recebimento de reclamação e 45 mil por iniciativa própria do Facebook.
As sanções foram tomadas com base nos "Padrões da Comunidade", uma das normas internas da rede social, juntamente com os "Termos de Serviço" e as "Políticas de Privacidade". Os “Padrões da Comunidade” são formados por um conjunto de regras que definem o que é proibido e o que é passível de sanção pela companhia.
São vetados, por exemplo, posts com nudez, imagens de violência extrema, de suicídio ou auto-mutilação, vendas não autorizadas, mensagens de apoio a causas ou grupos terroristas e discurso de ódio. Com base nesses parâmetros, o Facebook monitora as publicações de seus usuários, bem como recebe denúncias dos usuários apontando violações às regras.
Entre as providências tomadas estão a cobertura de publicações com avisos (como indicando que se trata de conteúdo violento), a remoção de um conteúdo, a suspensão de uma conta ou até mesmo o repasse da denúncia para autoridades quando se tratar de um crime. No caso de notícias falsas, não há remoção, mas limitação do alcance no newsfeed dos usuários.
Além dos conteúdos violentos, a empresa também puniu mensagens com discursos de ódio. O número de publicações removidas, marcadas ou cujos autores tiveram as contas suspensas saiu de 2,5 milhões para 4 milhões na comparação entre o primeiro trimestre de 2018 e de 2019.
Os posts de propaganda terrorista punidos com medidas deste tipo também subiram no mesmo período: saíram e 1,9 milhão no primeiro trimestre de 2018 para 6,4 milhões nos primeiros três meses de 2019. Quase a totalidade das medidas foi resultante de iniciativa própria do Facebook a partir da filtragem que realiza dos conteúdos publicados.
Os relatórios de transparência são divulgados periodicamente pela plataforma. Eles estão disponíveis na rede.
Fonte: Jonas Valente – Repórter da Agência Brasil

Das 399 cidades do Paraná, 24 têm protestos pró-Bolsonaro confirmados

(Foto: Arquivo Bem Paraná)


Vinte e quatro das 399 cidades do Paraná confirmaram protesto pró-Bolsonaro no domingo (26). A pauta continua confusa, há informações que é pela Reforma da Previdência, contra os ministros, contra o STF, contra o Congresso, 
PR – APUCARANA, Praça Rui Barbosa – 15h

PR – ASSIS CHATEAUBRIAND, Prefeitura – 14h
PR – CASCAVÉL, Catedral Nossa Senhora Aparecida – 15h
PR – CURITIBA, Boca Maldita – 14:30h
PR – FOZ DO IGUAÇÚ, Praça do Mitre – 10h
PR – GUARAPUAVA, Praça Cleve – 14:30h
PR – IPORÃ, Praça Nações Unidas – 14h
PR – JARDIM OLINDA, Av. Principal -10h
PR – LONDRINA, Av. JK c/Higienópolis Rotatória – 15h
PR – MARECHAL CÂNDIDO RONDON, Rotatória das Avenidas – 15h
PR – MARINGÁ, Na Catedral – 15h
PR – MATINHOS, Praça Central – 15h
PR – MEDIANEIRA, Praça Central – 14h
PR – MIRASELVA, Curicica – 9h
PR – PARANAGUÁ, Praça 29 Mário Roque – 18h
PR – PATO BRANCO, Praça da Igreja São Pedro – 15h
PR – PONTA GROSSA, Praça dos Polacos – 15h
PR – PRUDENTÓPOLIS, Queimadas – 10h
PR – RIO NEGRO, Praça Central – 15h
PR – SANTA INÊS, Cooperativa CCPD – 15h
PR – SUPERAGUI, Trapiche Central- 11h
PR – TOLEDO, Lago Municipal/D. Pedro II – 16h
PR – UMUARAMA, Praça – 14h
PR – URSOLINDA, Centro do Mundo – 13:30h

Fonte: Bem Paraná com blog da Política em Debate

Caminhões do Exército são usados em convocação de ato pró-Bolsonaro no PR

(Foto: Reprodução)


SÃO PAULO, SP, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Um vídeo de 20 segundos enviado para a Folha de S.Paulo por um leitor mostra dois caminhões caracterizados com as cores e símbolos do exército desfilando pelas ruas da cidade paranaense de Foz do Iguaçu, neste sábado (25), convocando a população para os protestos deste domingo a favor do governo do presidente Jair Bolsonaro.
Na gravação uma pessoa comenta "vocês não podem fazer isso" e "que absurdo", uma referência ao fato de que o Exército é proibido de participar de manifestações populares ou de fazer convocações para esse tipo de ato.
A reportagem enviou o vídeo para a assessoria de imprensa do Exército, que negou que os veículos em questão façam parte da sua frota.
O Exército afirmou que a manifestação não foi feita por integrantes da corporação e que as viaturas militares mostradas no vídeo são antigas. "Com autorização, as unidades militares promovem leilões de veículos destinados a colecionadores. As vendas costumam ocorrer quando as viaturas são consideradas não úteis, ou seja, quando o custo de manutenção chega quase ao valor total do veículo", disse a nota do Exército.
A reportagem também tentou localizar os caminhões e seus donos, mas as placas dos veículos estão ilegíveis no vídeo.
PROTESTOS
O presidente nacional do PSL, partido de Bolsonaro, disse não ver sentido no protesto de apoio ao governo Bolsonaro. Segundo Luciano Bivar, a legenda não apoiará o ato institucionalmente, mas a bancada está liberada para participar.
Com movimentos de direita rachados, grupos que organizam as manifestações passaram a adaptar o discurso para excluir motes radicais e tentar ampliar a adesão de apoiadores do governo. Pautas como o fechamento do Congresso e do STF (Supremo Tribunal Federal) ficaram em segundo plano.
As bandeiras anunciadas pelos mobilizadores se desdobraram tanto nas últimas horas que resultaram em um bloco difuso. As convocações falam também em demonstrar apoio à reforma da Previdência e ao pacote anticrime do ministro Sergio Moro, pedir a continuidade da Operação Lava Jato e defender a obrigação do voto nominal como estratégia para constranger parlamentares em projetos polêmicos.
Fonte: Bem Paraná

Pesquisa revela: melhor momento da imagem do Brasil foi no governo Lula


A pesquisa I See Brazil, que leva em consideração reportagens de grandes veículos de imprensa em diversos países, mostra que a imagem do Brasil no exterior vive um de seus piores momentos, entre outros motivos pelo "presidente desconectado das pautas do século XXI", enquanto que o melhor momento ocorreu há 10 anos, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
247 - Pesquisa da Imagem Corporativa feita no primeiro trimestre de 2019 com 1.822 reportagens de grandes veículos de imprensa de onze países revela que a imagem do Brasil no exterior vive um de seus piores momentos, com 73% das notícias negativas.
O melhor momento ocorreu há 10 anos, no governo Lula, quando 83% das reportagens retratavam o país de forma positiva, informa Lauro Jardim neste domingo (26) em O Globo.
O levantamento I See Brazil deste ano mostra que apenas 27% das reportagem foram positivas. Os principais motivos para a péssima imagem do Brasil no exterior, segundo Lauro Jardim, são: Jair Bolsonaro, "o presidente desconectado das pautas do século XXI", o acidente em Brumadinho (MG) e a economia em retração.


Quem convoca as manifestações pró-Bolsonaro


Antonio Cruz/Ag�ncia Brasil
Sem uma organização centralizada, as manifestações previstas para este domingo (26) pelo Brasil têm sido convocadas por grupos políticos de direita e extrema-direita originários das redes sociais, como o Movimento Avança Brasil e o NasRuas, por dissidentes do MBL (Movimento Brasil Livre) e Vem Pra Rua, pelo Clube Militar e por empresários como João Appolinário (Polishop) e Luciano Hang (Havan)
247 - Com forte identificação com o bolsonarismo, os grupos de direita e extrema-direita que nasceram nas redes sociais como o Direita São Paulo e o Consciência Patriótica, além do Movimento Avança Brasil e o NasRuas, estão convocando para os atos deste domingo (26), diferentemente do MBL (Movimento Brasil Livre) e do Vem Pra Rua, que tiveram papel importante nas manifestações que derrubaram a ex-presidente Dilma Rousseff, mas não participarão hoje. Com isso, dissidentes desses dois grupos que não concordaram com a decisão também aderiram aos atos, informa o Nexo.
"Outra fonte de convocação é o Clube Militar, que reúne entre seus sócios militares da reserva, da ativa e também civis. Em nota oficial, a instituição convocou seus quase 40 mil sócios a irem às ruas e declarou que os atos apoiam 'reformas necessárias à governabilidade'. Não é comum o Clube Militar apoiar institucionalmente manifestações. Fundado no século 19 e sediado no Rio, o Clube Militar não tem nenhum vínculo formal com as Forças Armadas e é dirigido por oficiais que já passaram à reserva, mas exerce influência na corporação. O vice-presidente Hamilton Mourão chefiou o Clube Militar em 2018. Além disso, um grupo de empresários apoia publicamente as manifestações, por meio do recém-criado Instituto Brasil 200, que reúne executivos e defende a implantação de medidas liberais na economia. Entre eles estão João Appolinário (dono da Polishop) e Luciano Hang (dono da Havan)", conta a reportagem.


Fascismo mostrará seu tamanho neste domingo


Adriano Machado - Reuters
Neste domingo, será possível avaliar qual é a dimensão do fascismo no Brasil, com as manifestações convocadas em defesa de Jair Bolsonaro, um governo que perde popularidade e derrete em cinco meses; num jogo de idas e vindas, Bolsonaro convocou a manifestação em seu favor contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, mas depois de um racha até mesmo nos grupos de direita
247 – Quantos fascistas existem no Brasil? Será possível contá-los no ato deste domingo, em que brasileiros sairão às ruas num protesto contra as instituições, convocado por Jair Bolsonaro, que, depois, recuou. Os alvos serão o Congresso e o Supremo Tribunal Federal, que, em tese, impediriam que Jair Bolsonaro, o 'Messias', salve o Brasil. Esse discurso perdeu força, no entanto, com a constatação de que Bolsonaro é quem destrói o Brasil, com os ataques à educação, ao conhecimento, à soberania e sua defesa dos interesses das milícias.
Abaixo, a íntegra da análise da BITES:
O interesse pelas manifestações de domingo, dia 26 de maio, parece não ter aumentado na véspera do evento, como era de se esperar. Mesmo diante dessa latência, considerando o intervalo de cinco dias anteriores aos atos, até às 20h de hoje, o volume de menções, no Twitter, a protestos, manifestações ou as hashtags de apoio ao 26 de maio era seis vezes maior que as menções aos protestos do dia 15.
Foram 1,2 milhão de posts contra 206 mil para os atos da semana passada. Os dados do Sistema Analítico BITES indicam, até agora, mesmo com algum arrefecimento da oposição ao centrão, após a aprovação da MP 870, e as dúvidas sobre as pautas da manifestação, que os atos do próximo domingo podem surpreender por sua consistência e capilaridade.
A peculiaridade do evento deste dia 26 é a inexistência de uma pauta unificada, nem lideranças fortes facilmente identificáveis. Isso demonstra que, com o desembarque da mobilização de grupos responsáveis pelas manifestações contra Dilma Rousseff, como o MBL e o Vem Pra Rua, há um vácuo no bolsonarismo a ser ocupado. E como o poder não permite o vazio, alguém assumirá a posição.
Isso não significa que as manifestações fracassarão – na verdade, a perda de audiência de Kim Kataguiri e de Lobão, que sintetizaram em suas figuras o abandono ao governo por parte da direita, indica justamente que Bolsonaro segue forte.
Lobão só perdeu seguidores desde o dia 10 de maio – 42,9 mil até agora. Da base de Kim desembarcaram 100,7 mil seguidores desde 18 de maio.* No mesmo período, o empresário Luciano Hang, da Havan, ganhou 44,4 mil; Allan dos Santos, do site bolsonarista Terça Livre, 8,9 mil; Olavo de Carvalho, 16,3 mil. Os três apoiam as manifestações.
Mesmo sem declarar apoio público, Bolsonaro pode terminar o domingo mais conectado aos aliados fiéis. A possível cristalização da relação irá se refletir diretamente nos próximos passos do governo junto ao Congresso Nacional, especialmente no debate da reforma da Previdência e em projetos ligados à pauta de costumes.
Outro fator que pode surpreender é o método de convocação. No Facebook, os 10 principais eventos catalogados por BITES convocando para as manifestações pró-Bolsonaro somaram 11,8 mil confirmados e 23,6 mil interessados, até agora. É um número menor que o dos eventos do dia 15. Fruto justamente da falta de coordenação de grandes grupos como o MBL.
No caso dos eventos do dia 15, diretórios centrais de estudantes e sindicatos puxaram os atos. Agora, o volume de menções às manifestações segue alto, ainda que não haja essa centralização em grandes eventos.
A propaganda das manifestações se alastra pelo Whatsapp. Em uma centena de grupos monitorados por BITES nessa plataforma digital há uma intensa atividade em torno do próximo domingo, incluindo a divulgação de uma lista de manifestação em 350 cidades.
O grupo pró-Bolsonaro que vai às ruas domingo certamente não terá a mesma força que as manifestações antipetistas de 2015 e 2016. Apesar disso, terá capilaridade e espontaneidade. A partir de domingo, haverá uma busca por líderes alinhados às causas desse novo ciclo.
No Google, as buscas pelos protestos ou por Bolsonaro não cresceram consideravelmente nos últimos dias. Desde o dia 19, as buscas pela palavra-chave 26 de maio ou por manifestações e protestos se mantêm estáveis. O volume de buscas está abaixo do volume no dia 15 – mas ainda acima das buscas nas vésperas da manifestação de estudantes.
As buscas pelo próprio Bolsonaro estão num patamar abaixo de 40% do volume de buscas sobre ele no dia 16, dia seguinte ao protesto contra ele. Pode parecer indício de fracasso – mas é amanhã que deve começar a aparecer, de forma mais consistente, esse interesse pelos eventos.