sábado, 4 de maio de 2019

Com tiro amigo, Maringá sobe o tom contra o aumento da água


Com tiro amigo, Maringá sobe o tom contra o aumento da água
Maringá amanheceu nesta sexta-feira (3) repleta de outdoors com propagandas contrárias ao reajuste das tarifas da Sanepar e pelo fim da tarifa mínima da água. Com a mensagem, “O povo não aguenta mais essa conta!” o anúncio, assinado pelo vereador Alex Chaves (PHS), convoca a população a apoiar a luta.
Chaves é o líder na Câmara Municipal do prefeito Ulisses Maia (PDT), que por sua vez é um dos principais prefeitos do grupo do governador Ratinho Jr (PSD). O vereador vem batendo no assunto há alguns dias na imprensa local, sem – pelo que se observa – restrição por parte de Ulisses Maia. O PHS também fez parte da coligação de Ratinho Jr em 2018.
Dias atrás, a cidade já havia protagonizado outra ação contra o reajuste da água que teve repercussão nacional. O Procon de Maringá, dirigido por João Regiani, homem de confiança de Maia, multou em caráter preventivo a Sanepar e a Agepar em R$ 1,5 milhão. O valor só será efetivado caso a empresa implante o reajuste de 12,1% nas tarifas de água e esgoto.
A briga com a Sanepar vem de longe, a prefeitura de Maringá está em litígio judicial com a Sanepar, solicitando a retomada dos serviços, já que o contrato está vencido e foi renovado de forma irregular.
Fonte: Contraponto


Aumento de 12,13% na conta da Sanepar deve valer a partir de 17 de maio

(Foto: Ike Stahlke/Sanepar)

Com a publicação em Diário Oficial da homologação do aumento de 12,13% na conta de água e esgoto da Sanepar, a tarifa reajustada já poderá ser cobrada a partir do dia 17 de maio, segundo a companhia de saneamento.
Para definir a data, foi considerado que a homologação do reajuste já foi “amplamente divulgada” a partir do dia 15 de abril, quando o conselho executivo da Agepar homologou a decisão. A regra sobre o reajuste determina que passe a valer 30 dias após a data da publicação em Diário Oficial, mas a Sanepar considera que já houve publicização cobrada em lei. A publicação em Diário Oficial foi feita por volta das 17 horas do dia 23 de abril passado.
O aumento deve ser aplicado na conta do consumidor de forma gradativa, a partir do próximo dia 17, dependendo da data da leitura de cada consumidor. 
O reajuste de 12,13%, acima da inflação, que foi de 4,5% no período, foi autorizado no último dia 15 pela Agepar, a pedido da Sanepar.
Em seis anos da gestão Beto Richa (PSDB), entre 2011 e 2017, o reajuste foi de 123,96% - acima da inflação do período, que ficou em 47,49%. O último reajuste da tarifa da Sanepar, de 2018, ficou em 5,12%. (2019: 12,13%; 2018: 5,12%; 2017: 8,53%; 2016: 10,48%; 2015: 12,5% - em duas etapas de 6,5% e 6%).
A Sanepar afirma que o índice é composto pela inflação dos custos do setor de saneamento mais a terceira parcela do diferimento aprovado na revisão tarifária de 2017.


Venezuela vai agir com peso contra golpistas, diz procurador geral


A justiça venezuelana vai agir com todo o peso da lei contra aqueles que violaram a ordem constitucional, disse o procurador-geral Tarek William Saab
Prensa Latina - A justiça venezuelana vai agir com todo o peso da lei contra aqueles que violaram a ordem constitucional, disse o procurador-geral Tarek William Saab.
Ele advertiu que as pessoas ligadas à recente tentativa de golpe são traidores do país, sobre os quais o Ministério Público realiza investigações. Serão processadas de acordo com a Constituição e demais leis do país.
O procurador disse que as investigações continuam e alguns presos começam a dar depoimentos importantes.


Bolsonaro trai caminhoneiros com novo aumento do diesel


Reuters
A Petrobras informou em seu site na noite desta sexta-feira aumento de 2,56% no preço do diesel nas refinarias. Com isso, o valor cobrado às refinarias, sem impostos, passará dos atuais R$ 2,2470 para R$ 2,3047. É um aumento médio de R$ 0,0577. Os novos preços começam a valer a partir do primeiro minuto deste sábado
247 – O governo Bolsonaro voltou a atacar os caminhoneiros, com novo aumento no diesel. "A Petrobras informou em seu site na noite desta sexta-feira aumento de 2,56% no preço do diesel nas refinarias. Com isso, o valor cobrado às refinarias, sem impostos, passará dos atuais R$ 2,2470 para R$ 2,3047. É um aumento médio de R$ 0,0577. Os novos preços começam a valer a partir do primeiro minuto deste sábado", informa o jornalista Bruno Rosa, em reportagem no Globo. "Também na tarde desta sexta-feira, a Petrobras anunciou reajuste médio de 3,4% no preço do gás de botijão residencial (de até 13 quilos) a partir de domingo. O preço médio vai passar dos atuais R$ 25,33 para R$ 26,20, sem impostos."

Entrevista de Lula a Kennedy Alencar será exibida neste sábado


Ricardo Stuckert
“Até porque, na minha idade, quanto a gente fica com ódio a gente morre antes e não quero morrer”, afirmou. “Eu durmo todo dia com minha consciência tranquila, e tenho certeza que o Dallagnol não dorme e o Moro não dorme. E aqueles juízes do TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) que nem leram a sentença? Fizeram um acordo lá. Era melhor que um só tivesse lido e ter falado: todo mundo aqui vota igual", disse ele
Da Rede Brasil Atual – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu nesta sexta-feira (3) uma nova entrevista, desta vez ao jornalista Kennedy Alencar, na superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Correção: A matéria vai ao ar às 19h25 deste sábado (4) no telejornal da RedeTV!. Anteriormente, havia sido divulgado que a exibição seria nesta sexta.
Esta é a segunda entrevista concedida por Lula desde que foi levado a Curitiba, em 7 de abril do ano passado. Na última sexta (26), ele falou aos jornalistas Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo, e Florestan Fernandes Junior, do El Pais. Entre diversos temas, ele reafirmou que vai trabalhar para provar sua inocência.
Kennedy antecipou em seu blog que Lula pretende pedir progressão da pena para deixar a prisão fechada em Curitiba. O ex-presidente está tratando do assunto com seus advogados e insiste que o gesto não pode ser interpretado como admissão de culpa, mas como exercício de um direito necessário para que siga lutando por justiça e pelo reconhecimento de sua inocência. Leia trechos:
Por que você acha que eu digo que não troco a minha dignidade pela minha liberdade? Porque, de vez em quando as pessoas falam “Ah, mas agora foi julgado e tem a tal da detração [penal] e você já pode sair”. Obviamente, quando os meus advogados disserem “Lula, você pode sair”, eu vou sair. Só sairei daqui se qualquer coisa que tiver que tomar decisão não impedir de eu continuar brigando pela minha inocência.
A questão da detração, presidente, é um direito que o sr. tem, pq o sr. já tem menos de oito anos de pena a cumprir. E, no regime brasileiro,  pode ir para o semiaberto. Como não há vagas, o sr. poderia sair para trabalhar durante o dia e voltar para casa. O sr. vai pedir a detração penal?
Lula: Olha, eu só pedirei no dia em que meus advogados, o Cristiano e o Batochio, disserem pra mim “Presidente Lula, o sr. pode pedir, que, se o sr. pedir, o sr. pode continuar a sua briga pela sua inocência”. (...)

Eu vou ter uma reunião com o Cristiano hoje, que eu quero entender bem isso. Tem muita gente dando palpite. (...)
Eu quero continuar provando a minha inocência. Aí, eu posso pedir. (…)  Olha, se os advogados disserem para mim, “Lula, você pode pedir a detração e você vai continuar brigando pela sua inocência do mesmo jeito que você está”, eu não tenho nenhum problema de pedir, porque eu quero sair daqui. (...)
Eu quero ir para casa. Agora, se eu tiver que abrir mão de continuar a briga pela minha defesa, eu não tenho nenhum problema de ficar aqui.
Dignidade
"Tomei a decisão de que meu lugar era aqui. Tenho tanta obsessão de desmascarar o Moro, o Dallagnol e sua turma que eu ficarei preso 100 anos, mas não trocarei minha dignidade pela liberdade", disse o ex-presidente.
Lula destacou ainda que, mesmo diante da sua situação, não guarda mágoas. “Até porque, na minha idade, quanto a gente fica com ódio a gente morre antes e não quero morrer”, afirmou. “Eu durmo todo dia com minha consciência tranquila, e tenho certeza que o Dallagnol não dorme e o Moro não dorme. E aqueles juízes do TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) que nem leram a sentença? Fizeram um acordo lá. Era melhor que um só tivesse lido e ter falado: todo mundo aqui vota igual.”
Nesta quinta (2), o ex-presidente recebeu a visita dos ex-ministros dos Direitos Humanos Paulo Vannuchi e Paulo Sérgio Pinheiro. Vannuchi disse na saída que nem como preso político à época da ditadura civil-militar tinha restrições similares às de Lula em Curitiba. "Ele (Lula) não tem nenhuma queixa sobre o atendimento imediato que as pessoas aqui fazem. Mas as regras que são impostas lá de cima são inaceitáveis, e eu comparei com a minha situação de preso político durante cinco anos, no pior momento da ditadura", pontuou.