quarta-feira, 1 de maio de 2019

Golpe e reforma trabalhista arruinaram mercado de trabalho


Agência Brasil
Crise econômica aberta pelo golpe de 2016, contra Dilma Rousseff, tornou desastroso o cenário econômico para os trabalhadores, que não têm o que celebrar - e sim lutar - neste 1º de Maio, Dia do Trabalho; índice de desemprego persiste em níveis altos, combinado a vagas informais e a subutilização de trabalhadores
247 - A crise econômica iniciada com o golpe de 2016, que tirou do poder ilegalmente a presidente eleita Dilma Rousseff, tornou desastroso o cenário econômico para os empresários e trabalhadores, diminuindo o crescimento do Brasil e a expectativa de avanço para os próximos anos e, consequentemente, o mercado de trabalho.
Nos últimos anos, o índice de desemprego persiste em níveis altos (12,7%, atingindo 13,4 milhões de brasileiros), combinado a vagas informais e a subutilização de trabalhadores - o que inclui brasileiros que gostariam de trabalhar mais horas e os que desistiram de procurar emprego.
A reforma trabalhista, que entrou em vigor em novembro de 2017, pelo governo golpista de Michel Temer, prometeu à época criar 6 milhões de vagas, mas apenas precarizou as relações trabalhistas e a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
Desde o período da Reforma Trabalhista, o total de brasileiros ocupados passou de 90,3 nos três primeiros meses de 2018 para 91,9 milhões neste ano - ou seja, 1,6 milhão a mais em um ano.


28 milhões de brasileiros não têm o que comemorar, diz coordenador de pesquisa do IBGE


Agência Brasil
Declaração foi feita por Cimar Azeredo durante entrevista nesta terça 30 para anunciar os resultados da pesquisa Pnad Contínua, do IBGE; ele se referiu à taxa de subutilização da força de trabalho brasileira, que bateu recorde no primeiro trimestre de 2019, chegando a 25% e atingindo 28,3 milhões de brasileiros
247 - Neste Dia do Trabalho, 28 milhões de pessoas não vão ter condições de comemorar. A frase não foi dita por nenhum líder sindical, mas pelo coordenador da pesquisa Pnad Contínua, do IBGE, Cimar Azeredo, durante a entrevista em que divulgou os números do levantamento nesta terça-feira 30. 
Ele se referiu à taxa de subutilização da força de trabalho brasileira, que bateu recorde no primeiro trimestre de 2019, chegando a 25% e atingindo 28,3 milhões de brasileiros. Essa parcela da população não trabalhou nesse período ou trabalhou menos do que gostaria.
Trata-se do maior índice da história da Pnad, cuja série foi iniciada em 2012. Na comparação com o trimestre anterior, houve crescimento de 5,6%.
O número de pessoas desalentadas, que desistiram de procurar emprego, cresceu 3,9% no trimestre, chegando a 4,8 milhões. A taxa de desalentados, de 4,4%, também foi recorde no trimestre.