sábado, 27 de abril de 2019

Bolsonaro tenta insultar Lula, mas fracassa


Jair Bolsonaro, que se elegeu presidente apenas porque o ex-presidente Lula foi retirado da disputa por uma condenação sem provas, tentou fazer uma piada sobre a entrevista de Lula aos jornalistas Florestan Fernandes Júnior e Mônica Bergamo, que se tornou o tema mais debatido no mundo. "Acho que bebida é proibido na cadeia", disse Bolsonaro, que também afirmou não ser "cachaceiro". Lula afirmou que o Brasil hoje é governado por "um bando de loucos" e disse que irá tomar a primeira "cachaça" com os militantes que fazem a Vigília Lula Livre
247 – A força da entrevista de Lula, avaliado como o melhor presidente da história do Brasil e que só não é presidente pela terceira vez porque Sergio Moro, atual ministro da Justiça, o retirou da disputa presidencial mexeu com a cabeça de Jair Bolsonaro – presidente com a pior avaliação desde a redemocratização do Brasil. Ao tentar responder à fala de que o "Brasil é governado por um bando de malucos", Bolsonaro afirmou não ser "cachaceiro".
Confira seu tweet e reportagem da Reuters:
O consumo de bebida alcoólica é proibido na cadeia. Boa tarde a todos! pic.twitter.com/lu1fVSEJJB
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 27 de abril de 2019
(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro rebateu neste sábado declaração feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na véspera, de que o Brasil está sendo governado por um “bando de malucos”, afirmando que “pelo menos não é um bando de cachaceiros”.
Ao ser questionado nesta manhã sobre a declaração de Lula, que deu entrevista a dois veículos de imprensa autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro também criticou a decisão da Justiça.
“Pelo menos não é um bando de cachaceiros, né?”, disse a jornalistas. “Olha, eu acho que o Lula, primeiro, não deveria falar. Falou besteira. Quem era o time dele? Grande (parte) está preso ou sendo processado”, acrescentou.
“Eu acho que foi um equívoco, um erro da Justiça ter dado o direito de dar uma entrevista. Presidiário tem que cumprir sua pena.”
Em entrevista aos jornais Folha de S.Paulo e El País, o ex-presidente disse que o Brasil precisa fazer uma autocrítica.
“Vamos fazer uma autocrítica geral nesse país. O que não pode é esse país estar sendo governado por esse bando de malucos que governa o país. O país não merece isso e sobretudo o povo não merece isso”, disse Lula.



Lula diz que Ciro faz mal a si próprio e se diz pronto para recebê-lo


Reuters
"Ele não causa mal ao PT. Ele causa mal a ele mesmo. O Ciro Gomes precisa aprender uma lição elementar: é preciso aprender a ouvir coisas de que você não gosta. Suportar os contrários. Conviver na diversidade. Ele precisa aprender essa lição mínima", disse Lula em sua entrevista histórica, concedida nesta sexta-feira. "O dia em que ele pedir para me visitar, eu vou aceitar que ele me visite aqui, para ter uma conversa boa com ele. Porque eu gosto dele"
247 – Na entrevista histórica que concedeu aos jornalistas Florestan Fernandes Júnior e Mônica Bergamo, o ex-presidente Lula também mandou um recado para Ciro Gomes, do PDT, que tem feito ataques sistemáticos ao PT. "Deixa eu dizer uma coisa: eu, pessoalmente, gosto do Ciro Gomes, tenho respeito pelo Ciro Gomes. Ele não causa mal ao PT. Ele causa mal a ele mesmo. O Ciro Gomes precisa aprender uma lição elementar: é preciso aprender a ouvir coisas de que você não gosta. Suportar os contrários. Conviver na diversidade. Ele precisa aprender essa lição mínima", disse ele. 
"Quando foi governador do Ceará, ele não precisava disso. Quando foi prefeito de Fortaleza, não precisava disso. Mas, agora, para ser presidente do Brasil, ele precisa. E ninguém será presidente do Brasil se romper com o PT, o PC do B. Com a direita, não sei se a direita aceitaria ele. Como eu gosto do Ciro, o dia em que ele pedir para me visitar, eu vou aceitar que ele me visite aqui, para ter uma conversa boa com ele. Porque eu gosto dele. Eu gosto do Flavio Dino."
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Globo dá vexame histórico e censura entrevista com Lula


A edição deste sábado do jornal O Globo, da família Marinho, simplesmente ignora a entrevista concedida pelo ex-presidente Lula, que foi o assunto mais debatido no mundo nesta sexta-feira. Na entrevista, Lula falou sobre sua condição de preso político, do papel da mídia na destruição do Brasil e disse ainda que o Brasil é governado por malucos. Censura da Globo lembra capítulos tristes de sua história, como o veto à campanha Diretas-Já
247 – O grupo Globo de comunicação provou, mais uma vez, não ter compromisso com a democracia, com seus leitores e com a liberdade de expressão ao censurar a entrevista concedida pelo ex-presidente Lula, que foi o tema mais comentado do mundo nesta sexta-feira.
Na entrevista, Lula falou sobre sua condição de preso político, do papel da mídia na destruição do Brasil e disse ainda que o Brasil é governado por malucos. Censura da Globo lembra capítulos tristes de sua história, como o veto à campanha Diretas-Já
Leia, abaixo, reportagem da Reuters sobre a entrevista:
BRASÍLIA (Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em sua primeira entrevista à imprensa desde que foi preso há pouco mais de um ano, que o país está sendo governado por um “banco de malucos”, revelou ter recusado conselhos de aliados para deixar o país na iminência da prisão e fez duras críticas ao ministro da Justiça e primeiro juiz que o condenou na operação Lava Jato, Sérgio Moro, a quem diz querer “desmascarar”.
“Vamos fazer uma autocrítica geral nesse país. O que não pode é esse país estar sendo governado por esse bando de malucos que governa o país. O país não merece isso e sobretudo o povo não merece isso”, afirmou o ex-presidente, ao defender uma autocrítica da elite brasileira após a eleição do presidente Jair Bolsonaro.
Depois de uma batalha jurídica —em que foi proibido de ser entrevistado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) durante a campanha eleitoral—, o ex-presidente falou com os jornais Folha de S.Paulo e El País na sede da Polícia Federal em Curitiba, onde cumpre pena por condenação por corrupção e lavagem de dinheiro no processo do tríplex do Guarujá (SP).
Na entrevista, Lula fez críticas a Bolsonaro, embora não tenha sido taxativo em relação ao presidente. Disse que “ou ele constrói um partido sólido, ou não perdura”.
Ao ser perguntado se se dava conta de que poderia passar o resto da vida preso, disse não ter problema com isso, mas que vai provar sua inocência.
“Adoraria estar em casa com minha mulher, meus filhos, meus netos, meus companheiros, mas eu não faço nenhuma questão porque eu quero sair daqui com a cabeça erguida como eu entrei. Inocente. E só posso fazer isso se eu tiver coragem e lutar com isso”, afirmou.
Lula conta que, quando ficou claro que o objetivo era prendê-lo, aliados lhe disseram para sair do país, se refugiar numa embaixada ou até fugir. Mas ele afirmou ter tomado uma decisão de que deveria ficar e mirou seus ataques aos principais personagens envolvidos em sua condenação.
“Eu tenho tanta obsessão de desmascarar o Moro, desmascarar o Deltan Dallagnol (coordenador da Lava Jato no Ministério Público Federal) e a sua turma e desmascarar aqueles que me condenaram que eu ficarei preso durante 100 anos, mas eu não trocarei a minha dignidade pela minha liberdade”, disse.
“Eu tenho certeza que eu durmo todo dia com a minha consciência tranquila. Tenho certeza que o Dallagnoll não dorme e que o Moro não dorme”, reforçou. “Sei muito bem qual lugar que a história me reserva. E sei também quem estará na lixeira.”
Na entrevista, o ex-presidente se mostrou esperançoso em uma eventual vitória futura no STF no seu processo. Disse que o Supremo teve “coragem” em analisar uma série de casos, como a liberação das pesquisas com células-tronco, na demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em permitir a união homoafetiva “contra todo o preconceito evangélico” e a favor da adoção das cotas para negros nas universidades, em decisões contrária a boa parte da opinião pública.
“Ela (A Suprema Core) já demonstrou que teve coragem e se comportou. No meu caso, a única coisa é que votem em relação aos autos do processo. Não peço favor a ninguém”, disse.
Na parte da entrevista que foi divulgada pelos veículos, não há comentário dele a respeito da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que manteve a condenação no caso do tríplex, mas reduziu a pena para 8 anos e 10 meses de prisão, o que poderia abrir a possibilidade para que tenha direito a pedir a progressão para o regime semiaberto —em que teria direito a trabalhar fora da cadeia de dia e voltar à noite— a partir de setembro.
Em pelo menos um momento divulgado pelos jornais, Lula mostrou emoção e chorou, quando foi perguntado sobre a morte do neto, Arthur, de 7 anos, no mês passado, e da morte do irmão Vavá, em janeiro deste ano.
Apesar da lei de execuções penais prever a autorização para presos irem ao velório e enterro de parentes próximos, o ex-presidente não pôde comparecer ao enterro do irmão. No entanto, foi autorizado a sair por algumas horas para o velório e cerimônia de cremação do neto.
“A morte do meu neto é uma coisa que não... Às vezes penso que seria tão mais fácil se eu tivesse morrido... já vivi 73 anos, poderia morrer e deixar meu neto viver”, disse, chorando.
“Mas não são apenas esses momentos que deixam a gente triste. Eu sou um homem que tento ser alegre, que tento trabalhar muito essa questão do ódio. Eu trabalho muito para vencer a questão do ódio, da mágoa profunda. Eu tenho muitos momentos de tristeza aqui. O que me mantém vivo, que eles têm que saber, é meu compromisso com esse país.”
O ex-presidente disse ter preocupação com seus familiares —citando o fato de que ele está com os bens bloqueados. Mas ele destacou que também se preocupa com o Brasil, ao citar que antes o país era uma referência e que a situação atual é uma “avacalhação”.
Os jornalistas ficaram por mais de duas horas com o ex-presidente, em uma sala de reuniões na sede da PF, em Curitiba, onde Lula está preso desde 7 de abril do ano passado.
Segundo as reportagens, pelas regras da PF, os jornalistas teriam que ficar a quatro metros da sala. No entanto, de acordo com vídeo publicado pela Folha de S.Paulo, Lula, ao chegar na sala, cumprimentou e abraçou os jornalistas, antes de sentar na sua mesa.



Lula diz sentir pena de Antonio Palocci


"Eu tenho pena do Palocci porque um homem da qualidade política dele não tinha o direito de jogar a vida fora como ele jogou. Tenho um profundo respeito pela mãe do Palocci, que é fundadora do PT, que carrega barro até hoje pelo PT lá em Ribeirão Preto. Mas lamentavelmente eu tenho pena do Palocci. Ele não merecia fazer com ele o que ele está fazendo", disse o ex-presidente Lula
247 – Na entrevista desta sexta-feira, o ex-presidente Lula também falou sobre Antonio Palocci, que foi seu ministro e depois o traiu. "Desde os anos 1970 você que tem no Brasil uma disputa entre o cara que foi preso e denunciou o companheiro que era traidor. Quem não denunciou é o herói. Eu nunca tratei assim. Eu acho que o ser humano tem um limite do suportável do ponto de vista psicológico, da dor que ele recebe", disse ele.
"Eu tenho pena do Palocci porque um homem da qualidade política dele não tinha o direito de jogar a vida fora como ele jogou. Tenho um profundo respeito pela mãe do Palocci, que é fundadora do PT, que carrega barro até hoje pelo PT lá em Ribeirão Preto. Mas lamentavelmente eu tenho pena do Palocci. Ele não merecia fazer com ele o que ele está fazendo."
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Indústria vai produzir a bota “7 Léguas” em Apucarana


Com investimento de R$ 6 milhões, a empresa Workflex vai ofertar 100 novos empregos 
(Foto: Profeta)

A indústria Workflex Company, estabelecida no Parque Industrial Oeste – em frente ao Núcleo João Paulo I – anunciou nesta sexta-feira (26/04) ao prefeito Junior da Femac e ao secretário de indústria e comércio, Edison Peres Estrope, um investimento de R$ 6 milhões para ampliar sua linha de produção em Apucarana. A empresa, que já gera 130 postos de trabalho, está agregando um novo produto: a bota “7 Léguas”, cuja marca acaba de ser comprada.
Os empresários Renato Mincache e Miguel Evaristo Vieira Filho, da Workflex, informam que com os novos equipamentos já adquiridos para a produção da bota 7 Léguas serão gerados de imediato mais 100 empregos na indústria. “A nossa empresa que concorre com a Grandene e Vulcabras entre outras, vai passar a produzir 350 mil pares de botas de PVC e EVA por mês”, anuncia Renato Mincache.
Miguel Evaristo Vieira Filho revela que a Workflex Company está se tornando a maior empresa deste segmento no Brasil. “A indústria apucaranense passa a ser uma das duas empresas do planeta – ao lado de uma indústria russa – que injetam direto a sola da bota com o restante do calçado”, explica ele.
Conforme anunciaram os empresários apucaranenses, atualmente a empresa ocupa uma área de 4.000 metros quadrados em sua linha de produção. E, a partir de agora, irá agregar mais 3.500 mil metros quadrados para implantar a fábrica da bota 7 Léguas. “Com essa nova linha passamos a figurar como a maior empresa do país, em capacidade produtiva instalada, neste segmento de calçados de PVC e EVA”, destaca Mincache.
Miguel Vieira Filho revela que os produtos da Workflex Company, inclusos na categoria de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), são comercializados com frigoríficos, indústrias químicas e agroindústrias do Brasil e países do Mercosul.
O prefeito Junior da Femac agradeceu aos empresários por acreditarem e investirem em Apucarana gerando empregos e impostos no Município. “Recebemos da Workflex algumas demandas para a ampliação da empresa e a prefeitura estará à disposição para contribuir no que estiver ao nosso alcance”, comentou o prefeito.
Mincache e Vieira Filho também pediram o apoio do prefeito Junior da Femac, no sentido de que o Governo do Estado possa rever a alíquota de ICMS do setor. “Está difícil trabalhar no Paraná, por conta dos incentivos que os nossos concorrentes de São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais dispõem”, critica Vieira, acrescentando que “enquanto no Paraná se paga 12%, nos demais estados a alíquota é de 7%”.
Junior da Femac se comprometeu a levar pessoalmente ao Governador Ratinho Junior a reivindicação deste segmento produtivo. “É preciso estimular a geração de empregos e com essa concorrência, realmente fica difícil para as indústrias paranaenses de calçados de segurança competirem com paulistas, mineiros e catarinenses”, assinalou Junior.