domingo, 7 de abril de 2019

Lula questiona: por que têm tanto medo de Lula Livre?


Ricardo Stuckert
"Por que têm tanto medo de Lula livre, se já alcançaram o objetivo que era impedir minha eleição, se não há nada que sustente essa prisão? Na verdade, o que eles temem é a organização do povo que se identifica com nosso projeto de país. Temem ter de reconhecer as arbitrariedades que cometeram para eleger um presidente incapaz e que nos enche de vergonha", diz o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi colocado como preso político há exatamente um ano para ser impedido de disputar uma eleição que venceria em primeiro turno
247 – Preso político há exatamente um ano, condição em que foi colocado para não disputar uma eleição presidencial que venceria em primeiro turno, o ex-presidente Lula publica artigo neste domingo, em que desabafa e explica os motivos da quebra da ordem institucional no Brasil. "Faz um ano que estou preso injustamente, acusado e condenado por um crime que nunca existiu. Cada dia que passei aqui fez aumentar minha indignação, mas mantenho a fé num julgamento justo em que a verdade vai prevalecer. Posso dormir com a consciência tranquila de minha inocência. Duvido que tenham sono leve os que me condenaram numa farsa judicial", diz ele.
"O que mais me angustia, no entanto, é o que se passa com o Brasil e o sofrimento do nosso povo. Para me impor um juízo de exceção, romperam os limites da lei e da Constituição, fragilizando a democracia. Os direitos do povo e da cidadania vêm sendo revogados, enquanto impõem o arrocho dos salários, a precarização do emprego e a alta do custo de vida. Entregam a soberania nacional, nossas riquezas, nossas empresas e até o nosso território para satisfazer interesses estrangeiros", prossegue Lula, denunciando o entreguismo de Michel Temer e de Jair Bolsonaro, que é a sua continuidade, com tintas autoritárias.
"Hoje está claro que a minha condenação foi parte de um movimento político a partir da reeleição da presidenta Dilma Rousseff, em 2014. Derrotada nas urnas pela quarta vez consecutiva, a oposição escolheu o caminho do golpe para voltar ao poder, retomando o vício autoritário das classes dominantes brasileiras. O golpe do impeachment sem crime de responsabilidade foi contra o modelo de desenvolvimento com inclusão social que o país vinha construindo desde 2003. Em 12 anos, criamos 20 milhões de empregos, tiramos 32 milhões de pessoas da miséria, multiplicamos o PIB por cinco. Abrimos a universidade para milhões de excluídos. Vencemos a fome", recorda Lula.
Sobre os motivos de sua prisão, que são evidentes, ele faz também uma lembrança. "Minha candidatura foi proibida contrariando a lei eleitoral, a jurisprudência e uma determinação do Comitê de Direitos Humanos da ONU para garantir os meus direitos políticos. E, mesmo assim, nosso candidato Fernando Haddad teve expressivas votações e só foi derrotado pela indústria de mentiras de Bolsonaro nas redes sociais, financiada por caixa 2 até com dinheiro estrangeiro, segundo a imprensa", aponta.
Por fim, Lula faz um questionamento importante. "Por que têm tanto medo de Lula livre, se já alcançaram o objetivo que era impedir minha eleição, se não há nada que sustente essa prisão? Na verdade, o que eles temem é a organização do povo que se identifica com nosso projeto de país. Temem ter de reconhecer as arbitrariedades que cometeram para eleger um presidente incapaz e que nos enche de vergonha. Eles sabem que minha libertação é parte importante da retomada da democracia no Brasil. Mas são incapazes de conviver com o processo democrático."


Maduro pede à comunidade mundial que exija que os EUA parem de agredir a Venezuela


sputinik
"Eu peço aos chefes de Estado e governos do mundo que levantem suas vozes [...] para defender as demandas para parar a agressão do imperialismo dos EUA contra o povo da Venezuela", disse Maduro durante uma grande manifestação em Caracas
Sputinik – O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu neste sábado à comunidade internacional que exija que os Estados Unidos parem com a agressão contra Caracas.
"Eu peço aos chefes de Estado e governos do mundo que levantem suas vozes [...] para defender as demandas para parar a agressão do imperialismo dos EUA contra o povo da Venezuela", disse Maduro durante uma grande manifestação em Caracas.
Maduro também chamou todas as forças dentro da Venezuela para formar uma união nacional para unir o país e exigir conjuntamente que as autoridades dos EUA parem de atacar a economia do país.
A Venezuela sofre há muito tempo de uma crise econômica aguda exacerbada pelas sanções dos EUA contra o país. Em janeiro, o líder da oposição, Juan Guaidó, declarou-se presidente interino da Venezuela após disputar a reeleição de Maduro em maio. Washington imediatamente endossou Guaidó e pediu a Maduro que renunciasse.
Maduro acusou os Estados Unidos de tentarem organizar um golpe para instalar Guaidó como um fantoche dos EUA. Rússia, China, Cuba, Bolívia, Turquia e vários outros países expressaram seu apoio a Maduro como o único presidente legítimo da Venezuela.
No mesmo ato em Caracas, Maduro pediu ao México, Uruguai, Bolívia e países caribenhos que contribuam para o diálogo nacional no país.
"Exorto o presidente do México, o presidente do Uruguai, o presidente da Bolívia e os primeiros-ministros de 14 países da Comunidade do Caribe a retomar a iniciativa no diálogo, que foi acordado em Montevidéu há dois meses", afirmou Maduro.
Maduro acrescentou que, com a participação do México, Uruguai, Bolívia e países do Caribe, a Venezuela poderia estabelecer um diálogo nacional com todos os setores políticos, culturais, econômicos e sociais.
Em fevereiro, os governos do México, Uruguai e a Comunidade do Caribe (CARICOM) propuseram o mecanismo de Montevidéu para resolver a crise, que prevê quatro fases: criar condições para um diálogo direto entre as partes conflitantes na Venezuela, processo de negociações, elaboração de um acordo e implementação do acordo.

Mais da metade dos eleitores das regiões que elegeu Bolsonaro está frustrada


Pesquisa Datafolha que aponta que Jair Bolsonaro tem a pior avaliação já registrada para um presidente em início de mandato, destaca que a perda do capital político é registrada de forma expressiva em regiões que ajudaram na sua eleição; No Sul, região onde Bolsonaro teve a maior votação (68%), índice do que consideram o seu governo como ótimo ou bom despencou para 39% e outros 54% avaliam que o seu governo fez menos que o previsto. No Sudeste, onde teve 65,4% dos votos válidos, a frustração alcança 59%
247 - A pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (7), que aponta que Jair Bolsonaro tem a pior avaliação já registrada para um presidente em início de mandato (Leia no Brasil 247), destaca que a perda do capital político do ex-capitão é registrada de forma expressiva em regiões que ajudaram na sua eleição.
No Sul, região onde Bolsonaro teve a maior votação (68%), os que consideram o seu governo como ótimo ou bom despencou para 39% e outros 54% avaliam que o seu governo fez menos que o previsto. No Sudeste, onde teve 65,4% dos votos válidos, a frustração alcança 59%.
Na Região Nordeste, onde o ex-prefeito Fernando Haddad bateu Bolsonaro ao obter quase 70% dos votos válidos na última eleição presidencial, 68% dos eleitores afirmar que o presidente fez menos do que o esperado.
O índice de aprovação da gestão Bolsonaro encontra apoio, variando de 41% 45%, entre o eleitorado que ganha acima de cinco salários mínimos, praticamente empatando com os que dizem não aprovar o governo.


Manifestação pró-Lula começa com caminhada do Boa Vista ao Santa Cândida


(Foto: Ernani Ogata)
Centenas de manifestantes iniciaram, nesta manhã de domingo (7), o ato Lula Livre, que marca um ano da prisão do ex-presidente Lula. Desde 7 de abril de 2018 Lula está preso na carceragem da Polícia Federal, no Santa Cândida, em Curitiba.
O primeiro ato da manifestação de simpatizantes do ex-presidente começou com uma caminhada desde o Terminal do Boa Vista seguindo para o acampamento da Vigília Lula Livre, montada desde o ano passado nas proximidades da Polícia Federal.
Em razão da expectativa de grande número de manifestantes, a Polícia Miliar estabeleceu perímetros para manifestação no entorno da PF. Até as 19 horas estão programadas diversas manifestações de apoio ao ex-presidente. No Brasil, movimentos de 17 capitais confirmaram agenda de mobilizações, além de 32 atividades em 15 países.
Fonte: Bem Paraná

Bolsonaro tem a pior avaliação da história, aponta Datafolha


José Cruz/Agência Brasil
Prestes a completar 100 dias no cargo, Jair Bolsonaro tem a pior avaliação já registrada para um presidente em início de mandato. Segundo o instituto Datafolha, 30% dos brasileiros consideram o governo de Bolsonaro ruim ou péssimo, índice semelhante ao daqueles que consideram ótimo ou bom (32%) ou regular (33%). Bolsonaro perde para Dilma, Lula, FHC e Collor. Seu comportamento é considerado inadequado e até seus eleitores estão frustrados
247 – Prestes a completar 100 dias no cargo, Jair Bolsonaro tem a pior avaliação já registrada para um presidente em início de mandato. Segundo o instituto Datafolha, 30% dos brasileiros consideram o governo de Bolsonaro ruim ou péssimo, índice semelhante ao daqueles que consideram ótimo ou bom (32%) ou regular (33%). Bolsonaro perde para Dilma, Lula, FHC e Collor.
"Os petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, alvos frequentes de críticas do atual presidente, eram mal avaliados apenas por 10% e 7% da população ao fim dos primeiros três meses do governo", aponta a reportagem de Igor Gielow, sobre a pesquisa. "Nesses primeiros meses, Bolsonaro viveu diversos episódios de desgaste político: a investigação sobre milícias envolvendo o gabinete de seu filho Flávio na Assembleia do Rio, as candidaturas de laranjas de seu partido, os entrechoques entre militares e a ala do governo sob influência do escritor Olavo de Carvalho, a crise no MEC, a troca de farpas com o Congresso e a dificuldade no encaminhamento da reforma da Previdência. A economia segue em ritmo lento, e a taxa de desemprego subiu em relação ao trimestre passado —está em 12,4%", diz ainda o jornalista.
A pesquisa também capta um sentimento de frustração generalizado. "Para 61% dos ouvidos, Bolsonaro fez menos do que se esperava no exercício do cargo. Já 13% consideram que ele fez mais, enquanto 22% avaliam que ele fez o que era esperado", aponta Gielow. "O comportamento do presidente, que se envolveu em polêmicas como a divulgação de um vídeo pornográfico para criticar o que seriam abusos nas ruas durante o Carnaval, é avaliado como correto por 27% dos ouvidos."