quarta-feira, 13 de março de 2019

No mesmo dia de tragédia que deixou 10 mortos, Bolsonaro anuncia que vai flexibilizar porte de armas


No mesmo dia em que dois jovens invadiram uma escola em Suzano, na Grande São Paulo, e abriram fogo contra estudantes e funcionário, deixando oito mortos e 17 feridos antes de se matarem, o presidente Jair Bolsonaro disse que está preparando um projeto para ser encaminhado ao Congresso flexibilizando o porte de armas pela população; segundo ele, a regra não pode ser tão "rígida" como a atual
247 - No mesmo dia em que dois jovens invadiram uma escola em Suzano, na Grande São Paulo, e abriram fogo contra estudantes e funcionário, deixando oito mortos e 17 feridos antes de se matarem, o presidente Jair Bolsonaro disse que está preparando um projeto para ser encaminhado ao Congresso flexibilizando o porte de armas pela população.
Segundo ele, a regra sobre o porte de armas não pode ser tão "rígida" como atualmente, embora não tenha fornecido maiores detalhes sobre o texto que pretende encaminhar ao Congresso sobre o assunto.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a declaração de Bolsonaro foi feita durante um encontro com jornalistas pouco antes da tragédia registrada em Suzano ser noticiada pela imprensa. No encontro, ele também disse dormir com uma arma ao lado da cama porque teme a existência de "riscos" no Palácio do Alvorada, apesar da existência de um forte esquema de segurança no local.
Em janeiro, como um de seus primeiros atos de governo, Bolsonaro editou um decreto flexibilizando a posse de armas pela população sob a alegação de que isso ajudaria a combater a violência.


Major Olímpio: tragédia em Suzano seria "minimizada" se professores estivessem armados


Ao invés de defender um controle mais rigoroso da posse de armas, o senador Major Olímpio (PSL) defendeu que professores deveriam ir trabalhar armados; "Se tivesse um cidadão com uma arma regular, dentro da igreja, de escola, professor, servente, policial aposentado trabalhando lá, poderia ter minimizado o tamanho da tragédia"; assista 
247 - O senador Major Olímpio (PSL-SP) se manifestou nesta quarta-feira, 13, no Senado, sobre o ataque de ataque de dois atiradores deixou 10 mortos em uma escola de Suzano (SP). 
Segundo o senador bolsonarista, se os professores estivessem  armados na escola, a situação poderia ter sido "minimizada". "Se tivesse um cidadão com uma arma regular, dentro da igreja, de escola, professor, servente, policial aposentado trabalhando lá, poderia ter minimizado o tamanho da tragédia", afirmou Major Olímpio.



Sobe para 10 o número de mortos no ataque de Suzano


Reuters | Reprodução
O tiroteio em uma escola pública de Suzano, no interior de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (13), deixou ao menos 10 mortos, incluindo estudantes e os dois responsáveis pelo ataque, que eram adolescentes, segundo as últimas informações divulgadas pela Polícia Militar de São Paulo; há ainda 23 feridos, que foram enviados a hospitais próximos
247 - O tiroteio em uma escola pública de Suzano, no interior de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (13), deixou ao menos 10 mortos, incluindo estudantes e os dois responsáveis pelo ataque, que eram adolescentes, segundo as últimas informações divulgadas pela Polícia Militar de São Paulo. Há ainda 23 feridos, que foram encaminhados a hospitais próximos.
Risco de bombas
A escola está isolado sob o risco de ainda haver artefatos explosivos no interior. Segundo o comandante-geral da Polícia Militar, equipes do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) estão fazendo uma varredura na unidade. A informação é do jornal Estado de S.Paulo. 
"A preocupação nesse momento é desmantelar os artefatos explosivos, prestar socorro às vítimas e atender as famílias", disse o coronel Salles. Ele não informou quantos artefatos desse tipo foram encontrados.
Atiradores têm entre 20 e 25 anos, diz polícia; eles utilizavam quatro carregadores
Segundo a Polícia Militar, os atiradores têm entre 20 e 25 anos. Eles se mataram após abrirem fogo na escola. As informações ainda são desencontradas, mas a polícia chegou a dizer que os atiradores são ex-alunos do colégio. O governador João Doria disse que isso ainda estava sob investigação.
Os atiradores levavam consigo 4 jet loaderes, que são peças de plástico usadas como carregadores, uma arma de calibre 38, uma besta (espécie arma medieval que dispara flechas), uma caixa que aparenta ser explosivo e garrafas montadas como coquetéis molotov.
A polícia ainda informa que antes de entrar na escola, os dois atiradores atiraram contra o proprietário de um lava-jato que fica em frente à escola. O homem está passando por cirurgia na Santa Casa de Suzano. A informação é do jornal Folha de S.Paulo. 
Leia mais sobre o atentado em Suzano aqui. 


Gleisi: o Brasil precisa de paz


A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, comentou sobre a tragédia ocorrida em escola no município de Suzano; dois atiradores entraram na escola estadual Professor Raul Brasil, na manhã desta quarta-feira (13), em Suzano, e dispararam contra estudantes e uma funcionária; Cinco estudantes e a diretora morreram e os atiradores teriam se matado na sequência; "Toda solidariedade às vítimas da escola de Suzano. Tragédias como essa resultam do incentivo à violência e à liberação do uso de armas. O Brasil precisa de paz", disse
247 - A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, comentou em seu Twitter sobre a tragédia ocorrida em escola no município de Suzano. Dois atiradores entraram na escola estadual Professor Raul Brasil, na manhã desta quarta-feira (13) e dispararam contra estudantes e uma funcionária. Cinco estudantes e a diretora morreram e os atiradores teriam se matado na sequência. Ao menos 30 disparos foram feitos. 
"Toda solidariedade às vítimas da escola de Suzano. Tragédias como essa resultam do incentivo à violência e à liberação do uso de armas. O Brasil precisa de paz", disse. 
 



Atiradores invadem escola em Suzano e abrem fogo contra crianças e funcionários


Reprodução/TV Globo | Reprodução/Facebook
Dois atiradores entraram na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, e abriram fogo contra estudantes e funcionários; de acordo com informações preliminares, pelo menos sete pessoas teriam morrido no ataque; outras 17 pessoas teriam ficado feridas e sido levadas para dois hospitais da região; atiradores teriam se matado logo após o atentado; equipes da Polícia Militar, do Samu e da Guarda Metropolitana, além de um helicóptero, foram deslocadas para o local
247 - Dois jovens encapuzados entraram na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, e abriram fogo contra estudantes e funcionários. De acordo com informações preliminares, pelo menos sete pessoas teriam sido atingidas pelos disparos e morrido no local. Os atiradores teriam se suicidado logo após o ataque.
Ao menos 17 pessoas estariam feridas e estão sendo levadas para hospitais da região. Dez adolescentes foram levados para o Hospital Santa Maria, que fica nas imediações da escola. Outros feridos foram levados para a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, também no município. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), cancelou a agenda que teria nesta quarta-feira (13) e está se dirigindo para o local.
De acordo com a Polícia Militar, minutos antes do tiroteio, uma pessoa foi baleada em uma agência localizada a 500 metros da escola.
A corporação informou que todo o efetivo da 1ª Companhia do 32º Batalhão de Suzano foi destacado para atender a ocorrência. Equipes do Samu e da Guarda Metropolitana, além de um helicóptero, foram deslocadas para o local.
De acordo com o Censo Escolar de 2017, a escola possui 358 alunos no ensino fundamental e outros 693 no ensino médio. 



Delegado que solucionou morte de Marielle e citou Bolsonaro será afastado


O jornalista Lauro Jardim revelou nesta manhã que o delegado Giniton Lages, responsável pela investigação da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes, será afastado do caso pela Polícia Civil; "Oficialmente, o motivo dado será que ele cumpriu sua missão", escreveu Jardim; Lages desagradou profundamente o bolsonarismo ao citar o presidente da República e sua família na entrevista coletiva sobre a prisão dos assassinos no final da manhã desta terça-feira.
247 - O jornalista Lauro Jardim revelou em sua coluna no jornal O Globo na manhã desta quarta-feira (13) que o delegado Giniton Lages, responsável pela investigação da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes, será afastado do caso pela Polícia Civil. "Oficialmente, o motivo dado será que ele cumpriu sua missão", escreveu Jardim. Lages desagradou profundamente o bolsonarismo ao citar o presidente da República e sua família na entrevista coletiva sobre a prisão dos assassinos no final da manhã desta terça-feira.



O chefe da Polícia Civil, delegado Marcus Vinícius Braga, indicará na semana que vem o encarregado da segunda etapa da investigação, centrada em descobrir quem mandou matar a vereadora e o motorista -informou Jardim em sua nota.
A citação a Bolsonaro foi bombástica e teve alto impacto ao ser manchete do Brasil 247 no início da tarde desta terça. Leia o relato da reportagem:
Apareceu o primeiro vínculo concreto entre a família de Jair Bolsonaro e a de Ronnie Lessa: um dos filhos de Bolsonaro namorou a filha de Lessa. O fato foi confirmado pelo delegado responsável pela Divisão de Homicídios da capital fluminense, Giniton Lages, durante a entrevista coletiva sobre a prisão de Lessa e do outro assassino, o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz. Bolsonaro e Lessa moram no mesmo condomínio na Barra da Tijuca, no Rio. Com os filhos namorando, que tipo de relação estabeleceu-se entre as duas famílias?
Num trecho quase inaudível da entrevista, um repórter não identificado pergunta: "Está confirmado que o filho mais novo de Bolsonaro namorou ou namora a filha de Ronie Lessa?". Lages responde: "Está confirmado, mas isso não é objeto de investigação neste momento". Em seguida, afirma: "Mas poderá ser mais pra frente". Neste momento, Lages foi interrompido por alguém que não foi possível identificar na transmissão e o assunto desaparece da agenda.
O filho mais jovem de Bolsonaro é Jair Renan Bolsonaro, de 20 anos, mas o nome dele não foi mencionado na pergunta nem na resposta.