terça-feira, 5 de março de 2019

Relembre um dos mais emblemáticos discursos de Lula


No dia 4 de março de 2016, há exatos três anos, Lula era levado de forma autoritária para um depoimento na Polícia Federal, em São Paulo, no episódio que popularizou o termo jurídico “condução coercitiva”. O caso demonstrou toda a perseguição política de Sérgio Moro, hoje no cargo de ministro da Justiça, ao ex-presidente. A data também ficou marcada por um dos mais emblemáticos discursos de Lula
Do Boletim da Resistência Democrática – 1. No dia 4 de março de 2016, há exatos três anos, Lula era levado de forma autoritária para um depoimento na Polícia Federal, em São Paulo, no episódio que popularizou o termo jurídico “condução coercitiva”. O caso demonstrou toda a perseguição política de Sérgio Moro, hoje no cargo de ministro da Justiça, ao ex-presidente. A data também ficou marcada por um dos mais emblemáticos discursos de Lula. Relembre: https://pt.org.br/episodio-da-conducao-coercitiva-completa-3-anos-de-perseguicao-a-lula/
2. A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e o líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), usaram suas redes sociais para relembrar os três anos do “sequestro” de Lula, sob a fachada de condução coercitiva. Pimenta afirma que esta foi a primeira das muitas “ilegalidades absurdas e criminosas” cometidas por Sérgio Moro contra o ex-presidente, que hoje é preso político do esquema da Lava-Jato. E Gleisi destaca que invadiram a casa do Lula, dos seus filhos e o Instituto Lula. “Queriam achar grana, ouro, joias... não encontraram”. Saiba mais: https://ptnacamara.org.br/portal/2019/03/04/hoje-completa-tres-anos-do-sequestro-de-lula-inicio-da-perseguicao-insana-ao-ex-presidente/
3. O cantor e compositor Chico Buarque e sua companheira Carol Proner enviaram carta de solidariedade a Lula, pela perda do neto Arthur, que faleceu nesta sexta-feira (1º) em decorrência de uma meningite meningocócica. O casal finalizou a carta assim: "Acompanhamos sua dor, sofremos ao seu lado e, mais que nunca, nos orgulhamos de você, nosso Presidente”. Veja o relato: https://pt.org.br/chico-buarque-e-carol-proner-escrevem-carta-em-solidariedade-a-lula/
4. Com a presença do arcebispo de Curitiba, Dom Francisco Cota de Oliveira, a Vigília Lula Livre realizou ato inter-religioso clamando por mais humanidade, solidariedade e tolerância. Além do arcebispo, que esteve na vigília pela primeira vez, a cerimônia foi celebrada por representantes de diversas vertentes religiosas: Assista: https://bit.ly/2ENbl27

PM paulista quebra braça de dirigente do PT que usava camisa Lula Livre


O presidente do diretório municipal do PT Atibaia, Geovani Doratiotto, teve o braço quebrado propositalmente por um policial militar, depois que ele já estava imobilizado, dentro de uma delegacia; o episódio aconteceu neste domingo 3, quando Geovani participava de um bloco de Carnaval com um grupo que foi provocado por defensores de Bolsonaro por conta de sua camiseta, que trazia a frase "Lula Livre"; ele foi agredido e, na delegacia, teve os braços apertados por algemas; policiais defendiam as agressões, segundo a companheira de Geovani; episódio será apurado pela corregedoria e também levado para a Comissão de Direitos Humanos da OAB, uma vez que Geovani é advogado
247 - O presidente do diretório municipal do PT Atibaia, Geovani Doratiotto, teve o braço quebrado propositalmente por um policial militar dentro de uma delegacia da cidade, no interior de São Paulo. O episódio aconteceu neste domingo 3, quando Geovani participava de um bloco de Carnaval com um grupo que foi provocado por defensores de Bolsonaro por conta de sua camiseta, que trazia a frase "Lula Livre". Ele foi agredido pelos eleitores de Bolsonaro e, na delegacia, teve o braço quebrado quando já estava totalmente imobilizado.
A companheira de Geovani, Pham Dal Bello, fez um relato do episódio em sua página no Facebook, denunciando que o grupo deles havia sido provocado por defensores de Bolsonaro no bloco e Geovani fora covardemente agredido por essas pessoas. Já na delegacia, "Geovani foi algemado com duas algemas que eles apertaram o quanto puderam para machucar", relatou.
"Do lado de fora eu vi policiais nitidamente defendendo as agressões direcionadas ao Geovani pelo simples fato do meu companheiro vestir uma camiseta do Lula. Meu companheiro teve o braço quebrado por um policial por questionar as lesões e uso de duas algemas, quebraram o úmero e ele perdeu o movimento dos dedos", contou ainda.
O deputado federal Alencar Santana Braga (PT-SP) informou ao 247 que conversou por telefone com o ouvidor da PM, Benedito Mariano, que vai instalar um procedimento imediato para apurar a agressão, no qual o dirigente do PT será ouvido. O caso será levada para a corregedoria da corporação e também para a Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), uma vez que Geovani é advogado.
De acordo com o deputado, o ouvidor pediu para que Doratiotto fosse registrar a ocorrência na corregedoria na próxima quarta-feira 6. O 247 tentou contato com Geovani, mas não conseguiu retorno. Confira abaixo a íntegra do relato de Pham e o vídeo da agressão:


CCR vai reconhecer pagamento de propina para tucanos no Paraná


A Rodonorte, empresa do grupo CCR, vai reconhecer que pagou propina para tucanos no Paraná em acordo com a força-tarefa da Lava Jato, informa a jornalista Daniela Lima; ex-motorista da concessionária disse que entregou malas de dinheiro na sede do governo, no Tribunal de Contas do estado e na associação das empresas concessionárias
247 - A Rodonorte, empresa do grupo CCR, vai reconhecer que pagou propina para tucanos no Paraná em acordo com a força-tarefa da Lava Jato, informa a jornalista Daniela Lima, no Painel.
"A negociação está em fase final. Como tem ações na Bolsa e aposta na conquista de novas concessões que irão a leilão, a companhia quer limpar o trilho de irregularidades para não correr o risco de enfrentar problemas na Justiça. Um ex-motorista da concessionária disse que entregou malas de dinheiro na sede do governo", diz a jornalista.
O ex-motorista, que trabalhava na presidência da Rodonorte, disse que além dos montantes levados ao Palácio Iguaçu, ele também relatou entregas no Tribunal de Contas do estado e na associação das empresas concessionárias.


PT irão Supremo contra caixa dois da lava jato


O PT informa que irá ao Supremo Tribunal Federal (STF), após o Carnaval, contra o bilionário fundo privado criado pela lava jato com recursos da Petrobras — uma espécie de caixa dois da força-tarefa de Curitiba, conta o jornalista Esmael Morais
Esmael Morais - O PT informa que irá ao Supremo Tribunal Federal (STF), após o Carnaval, contra o bilionário fundo privado criado pela lava jato com recursos da Petrobras — uma espécie de caixa dois da força-tarefa de Curitiba.
O aporte pago pela estatal de petróleo de R$ 2,5 bilhões seria gerido pela Petrobras, Ministério Público Federal e Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Pelo acordo firmado entre as partes, metade dos recursos seria destinada a eventuais ressarcimentos a sócios minoritários e outra para a reforma de escolas públicas.
Para o PT, de boas intenções o inferno está cheio. Portanto, afirma o partido, o MPF não tem competência para definir os caminhos de recursos públicos por mais nobres sejam. Essa tarefa cabe exclusivamente aos poderes legislativo e executivo, sustentam os petistas.
O partido vê a ideia do bilionário fundo privado como um verdadeiro caixa dois da lava jato que, inclusive, é suspeita de remunerar as delações premiadas para incriminar justamente o PT.
Mas não é só os petistas de carteirinha que se levantam contra o caixa dois da lava jato. O eterno senador Roberto Requião (MDB-PR), do alto de seus 78 anos completados hoje, disse que a força-tarefa faz “achaque” e que ensejaria a prisão de procuradores do Ministério Público Federal. “Dois bilhões e meio de reais é muito dinheiro. Além disso, a lava jato pode perseguir e punir mais para ampliar seu caixa dois. Os políticos jamais foram tão ousados assim”, afirmou o ex-parlamentar ao Blog do Esmael.
Resumo do samba: a lava jato não é flor que se cheire.


Em pleno Carnaval, Bolsonaro ataca Caetano e Daniela Mercury


Depois de atacar a Educação, Bolsonaro volta agora suas baterias no Carnaval contra os artistas do país, as artes e a cultura nacional; num tweet na manhã desta terça, ele atacou com violência Caetano Veloso e Daniela Mercury afirmando que eles sequer são artistas e acusou-os falsamente de viveram às custas da Lei Rouanet: "Esse tipo de 'artista' não mais se locupletará da Lei Rouanet"; Bolsonaro referiu-se a dois dos mais relevantes artistas do país como "dois 'famosos'"; é uma retaliação ao videoclipe "Proibido o Carnaval" lançado no início de fevereiro.
247 - Depois de atacar a Educação, Bolsonaro volta agora suas baterias no Carnaval contra os artistas do país, as artes e a cultura nacional. Num tweet na manhã desta terça-feira de Carnaval (5), ele atacou com violência Caetano Veloso e Daniela Mercury afirmando que eles sequer são artistas e acusou-os falsamente de viveram às custas da Lei Rouanet: "Esse tipo de 'artista' não mais se locupletará da Lei Rouanet". O presidente da República referiu-se a dois dos mais relevantes artistas do país como "dois 'famosos'". É uma retaliação ao videoclipe "Proibido o Carnaval" lançado no início de fevereiro.
No seu tweet, Bolsonaro divulga a gravação de um artista cujo nome é omitido com uma marchinha de ataque aos dois artistas e que começa com o cantor anunciando: "Essa marchinha vai para o nosso querido Caetano Veloso e nossa querida Daniela Mercury... chupa!". O refrão da marchinha é o ataque mentiroso aos dois: "Ê ê ê ê ê, tem gente ficando doida sem a tal Lei Rouanet". 

O ataque de Bolsonaro é uma retaliação bolsonarista ao videoclipe, "Proibido o Carnaval", que os dois lançaram no início de fevereiro. Numa música que mistura ritmos e cores carnavalescas, o vídeo retrata uma festa repleta de convidados e dançarinos de ambos os sexos. O ritmo é frenético, alegre e o vídeo é sensual. Daniela e Caetano beijam-se, assim como vários dançarinas e dançarinos de todos os sexos, com beijos entre todos.
O vídeo termina com uma homenagem a Jean Wyllys, que desistiu de seu mandato e exilou-se depois de mais de um ano de ameaças de morte dos bolsonaristas: ""Dedico este videoclipe ao meu amigo amado e incansável guerreiro Jean Wyllys. Estamos te esperando de volta: o Carnaval não está proibido! Axé!!!".
A letra de "Proibido o Carnaval" faz uma crítica bem humorada a todo ideário bolsonarista quanto aos direitos civis e à moral social, com uma referência direta à declaração da ministra Damares Alves (da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos) para quem meninos deve vestir azul e as meninas, rosa. Cantaram Daniela e Caetano: "Vai de rosa ou vai de azul?".
Leia a letra e veja a seguir o videoclipe de "Proibido o Carnaval":
Está proibido o Carnaval
Nesse país tropical
Está proibido o Carnaval
Nesse país tropical
Tô no meio da rua, tô louca
Tô no meio da rua sem roupa
Tô no meio da rua com água na boca
Vestida de rebeldia, provocando a fantasia
Tô no meio da rua, tô louca (hum)
Tô no meio da rua sem roupa (ah é)
Tô no meio da rua com água na boca
Vestida de fantasia, provocando a rebeldia
Minha alma não tem tampinha
Minha alma não tem roupinha
Minha alma não tem caixinha
Só tem asinha
Minha alma não tem tampinha
Minha alma não tem roupinha
Minha alma não tem caixinha
Minha alma só tem asinha
A mulherada comandando a batucada
O trio elétrico cantava, libertando a multidão
Frevo fervando no Galo da Madrugada
Pernambuco não parava de fazer revolução
Filhos de Gandhi, o afoxé na resistência
O Caboclo era soldado no Brasil da Independência
No crocodilo, Stonewall, estou aqui
No carnaval beijando free
Salvador é a nova Grécia

Quilombola, Tupinambá
O corpo é meu, ninguém toca
Vatapá, caruru
Iemanjá lá no sul
Vai de rosa ou vai de azul?
Abra a porta desse armário
Que não tem censura pra me segurar
Abra a porta desse armário
Que alegria cura, venha me beijar
Abra a porta desse armário
Que não tem censura pra me segurar
Abra a porta desse armário
Que alegria cura, venha me beijar
Está proibido o Carnaval
Nesse país tropical
Está proibido o Carnaval
Nesse país tropical
Tô no meio da rua, tô louca (tá louca?)
Tô no meio da rua sem roupa (uau)
Tô no meio da rua com água na boca
Vestida de rebeldia, provocando a fantasia
Minha alma não tem tampinha
Minha alma não tem roupinha
Minha alma não tem caixinha
Minha alma só tem asinha
Minha alma não tem tampinha
Minha alma não tem roupinha
Minha alma não tem caixinha
Minha alma só tem asinha
A liberdade, a Caetanave, a Tropicália
O povo de Maracangalha sai dançando o meu axé
O samba ensina, o samba vence a violência
O samba é a escola de quem ama esse país como ele é
Eu falei: Faraó, e ninguém respondeu
Quem come aqui sou eu, Romeu
Libera a libido
Forró em Caruaru, é?
Vai de rosa ou vai de azul?
Abra a porta desse armário
Que não tem censura pra me segurar
Abra a porta desse armário
Que alegria cura, venha me beijar
Abra a porta desse armário
Que não tem censura pra me segurar
Abra a porta desse armário
Que alegria cura, venha me beijar
Está proibido o Carnaval
Nesse país tropical
Está proibido o Carnaval
Nesse país tropical
Axé, axé, axé, axé, axé (proibido? Tá proibido proibir)
Axé (axé), axé (axé), axé, axé, axé, axé!
Ficou safada




Tuiuti homenageia o salvador da pátria e puxa gritos por Lula Livre


A escola de samba Paraíso do Tuiuti realizou o desfile mais esperado desta noite, na Marquês de Sapucaí, com o enredo "O Salvador da Pátria", que homenageou o ex-presidente Lula. "Do nada um bode vindo lá do interior, destino pobre, nordestino sonhador, vazou da fome, retirante ao Deus dará, soprou as chamas do dragão do mar", diziam os versos que contagiaram a avenida. Ao fim do desfile, a plateia pediu Lula Livre; vídeo
247 – A escola de samba Paraíso do Tuiuti realizou o desfile mais esperado desta noite, na Marquês de Sapucaí, com o enredo "O Salvador da Pátria", que homenageou o ex-presidente Lula. "Do nada um bode vindo lá do interior, destino pobre, nordestino sonhador, vazou da fome, retirante ao Deus dará, soprou as chamas do dragão do mar", diziam os versos que contagiaram a avenida.
O carnavalesco da escola, Jack Vasconcelos, já havia antecipado a homenagem a Lula. “Vocês que fazem parte dessa massa irão conhecer um mito de verdade: nordestino, barbudo, baixinho, de origem pobre, amado pelos humildes e por intelectuais, incomodou a elite e foi condenado a virar símbolo da identidade de um povo. Um herói da resistência!”.
O bode ao qual se refere a letra é o bode Ioiô, personagem real das ruas de Fortaleza, onde chegou pelas mãos de um retirante que fugia de uma grande seca no interior cearense, em 1915. Carismático e popular, Ioiô perambulava pelas ruas da capital. Fazia diariamente o mesmo trajeto, da Praia do Peixe (hoje Praia de Iracema) à Praça do Ferreira; ao cair da tarde, voltava pelo mesmo caminho — daí o nome Ioiô. Fez muitos amigos, entre eles poetas e intelectuais, com os quais levava uma vida boêmia regada a muitas doses de cachaça. No auge da fama, Ioiô foi eleito para a Câmara de Vereadores, em 1922 — tempo em que as cédulas eram pedaços de papel escritos à mão –, mas levou um "golpe" da elite fortalezense e teve sua eleição impugnada. É no paralelismo entre o bode e Lula que está a marcada poética dos compositores láudio Russo, Moacyr Luz, Dona Zezé, Jurandir e Aníbal.