domingo, 13 de janeiro de 2019

Itália impõe derrota a Bolsonaro e leva Battisti direto para Roma


A intenção do governo Bolsonaro de apresentar o italiano Cesare Batistti como um "troféu" acabou frustrada; pela manhã, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, deu como favas contadas a versão de que antes de seguir para a Itália, Batistti viria ao Brasil, em avião da Polícia Federal, para o devido show midiático; o general anunciou a versão depois de reunião com o presidente no Palácio da Alvorada; mas o premiê italiano Giuseppe Conte afirmou horas depois que ele será levado da Bolívia direto para a Itália.
247 - A intenção do governo Bolsonaro de apresentar o italiano Cesare Batistti como um "troféu" acabou frustrada. Pela manhã, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, deu como favas contadas a versão de que antes de seguir para a Itália, Batistti viria ao Brasil, em avião da Polícia Federal, para o devido show midiático. O general anunciou a versão depois de reunião com o presidente no Palácio da Alvorada. Mas o premiê italiano Giuseppe Conte afirmou horas depois que ele será levado da Bolívia direto para a Itália.
Em uma mensagem no Facebook, Conte disse que Battisti chegará em Roma nas próximas horas, em um voo direto de Santa Cruz de La Sierra, onde ele foi preso na madrugada deste domingo.
"Estamos satisfeitos com esse resultado que nosso país espera há muitos anos", escreveu o premiê, agradecendo o presidente Jair Bolsonaro –com quem disse ter falado– e as autoridades bolivianas.
Segundo anunciou o ministro da Justiça italiano, Alfonso Bonafede, Battisti será encaminhado para um presídio nos arredores de Roma. Sua chegada é esperada para esta segunda-feira (14).


Bolsonaro quer Battisti como troféu, mas Itália quer evitar o circo


Mal foi divulgada a notícia de que Cesare Battisti foi encontrado na Bolívia, Bolsonaro já se apressou em divulgar mensagens de vingança e de ataques ao PT (cujo governo Lula concedeu refúgio político ao italiano); Bolsonaro foi além e quer usar Battisti como troféu, obrigando-o a passar pelo Brasil antes de ser encaminhado à justiça italiana; Itália, no entanto quer evitar o "circo" e já enviou um avião para a Bolívia
247 - Mal foi divulgada a notícia de que Cesare Battisti foi encontrado na Bolívia, Bolsonaro já se apressou em divulgar mensagens de vingança e de ataques ao PT (cujo governo Lula concedeu refúgio político ao italiano). Bolsonaro foi além e quer usar Battisti como troféu, obrigando-o a passar pelo Brasil antes de ser encaminhado à justiça italiana. Itália, no entanto quer evitar o "circo" e já enviou um avião para a Bolívia. 
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo relata os bastidores do governo Bolsonaro: "o governo do presidente Jair Bolsonaro está atuando em cooperação com o governo da Bolívia e da Itália para a extradição do italiano Cesare Battisti, preso neste domingo (13). As autoridades brasileiras avaliam que Batistti deveria retornar ao país para depois ser extraditado para o território italiano. Uma reunião de emergência foi convocada no Palácio do Alvorada neste domingo (13) para discutir a prisão."
E prossegue: "os ministros Sérgio Moro (Justiça), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) chegaram por volta de 10h50 ao local para o encontro com Bolsonaro, que não constava da agenda oficial. Segundo pessoas próximas do caso, ainda não está confirmado se Battisti vai direto para a Itália ou se virá primeiro para o Brasil. Jornais italianos dizem que um avião daquele país foi enviado para a Bolívia."



Um a cada três inscritos na última etapa do Mais Médicos não compareceu para trabalhar


Mais de 1.400 profissionais com registro no Brasil e inscritos na segunda chamada do Programa Mais Médicos não se apresentaram nas cidades que haviam escolhido; de acordo com o Ministério da Saúde, a próxima chamada do programa está prevista para os dias 23 e 24; nela, brasileiros graduados no exterior poderão selecionar municípios de alocação pelo site do programa; nos dias 30 e 31 de janeiro, médicos estrangeiros poderão acessar o sistema e optar por localidades com vagas em aberto
Brasil de Fato - Mais de 1.400 profissionais com registro no Brasil e inscritos na segunda chamada do Programa Mais Médicos não se apresentaram nas cidades que haviam escolhido. Esse é o balanço do Ministério da Saúde divulgado nesta sexta-feira (11). Dos 1.707 que se inscreveram nesta etapa de seleção (de 7 a 10 de janeiro), menos de dois terços compareceram aos municípios escolhidos.
As 620 vagas que não foram ocupadas desta segunda fase equivalem a um a cada três inscritos, e se somam a outras 842 vagas que também não haviam sido preenchidas após o fim da primeira etapa, encerrada em 18 de dezembro. O que corresponde a 17,2% dos 8.517 postos de trabalho deixados pelos médicos cubanos, que deixaram o programa em 14 de novembro, pelas declarações "ameaçadoras e depreciativas" do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
De acordo com o Ministério da Saúde, a próxima chamada do programa está prevista para os dias 23 e 24. Nela, brasileiros graduados no exterior poderão selecionar municípios de alocação pelo site do programa. Nos dias 30 e 31 de janeiro, médicos estrangeiros poderão acessar o sistema e optar por localidades com vagas em aberto.
Edital
O governo havia afirmado que em um mês preencheria as 8.500 vagas médicas deixadas pelos profissionais cubanos. A promessa, feita junto com o lançamento do edital de seleção para o Mais Médicos, em 20 de novembro, não se confirmou. Inicialmente, a chamada buscava profissionais brasileiros, com registro no país, para ocupar 8.517 vagas do programa. Dessas, 5.968 foram preenchidas na primeira etapa de inscrição. As 2.549 vagas restantes foram, então, oferecidas novamente a médicos com diploma brasileiro na segunda etapa de seleção, que terminou nesta quinta (10).
No último dia 7, a médica cearense Mayra Pinheiro, secretária responsável pelo Mais Médicos no ministério, enviou mensagem de áudio pedindo aos médicos que não voltaram para Cuba preencherem um formulário. O mapeamento precederia a criação de cursos preparatórios, apoiados pela Associação Médica Brasileira e o Conselho Federal de Medicina, para submeter esse grupo a um "novo Revalida".
Pinheiro, que em vídeo de 2013 aparece xingando os cubanos que desembarcavam no aeroporto de Fortaleza, disse aos médicos que o governo tem tido dificuldade em localizar todos que permaneceram no Brasil e chamou-os de"colegas" e "irmãos".
A médica, que sempre colocou sob suspeita a capacidade técnica dos profissionais vindos de Cuba, na mensagem de áudio diz que o governo analisa editar uma medida provisória para garantir a permanência dos cubanos no programa que deverá chamar-se Mais Saúde, substituindo o Mais Médicos.
Outras etapas
Nas próximas fases, as mais de 1,4 mil vagas serão oferecidas a médicos que têm diploma estrangeiro — mesmo sem a revalidação do documento.
Os brasileiros formados no exterior escolhem os locais de atuação nos dias 23 e 24 de janeiro. Em seguida, se sobrarem vagas, estrangeiros formados fora do país podem escolher municípios onde trabalhar, nos dias 30 e 31 de janeiro.
Segundo o Ministério da Saúde, 10.205 médicos brasileiros ou estrangeiros formados no exterior completaram a inscrição de participação no Mais Médicos.


Cesare Battisti é preso na Bolívia


O italiano Cesare Battisti foi preso na cidade de Santa Cruz da La Sierra na Bolívia; ele era considerado foragido pela Justiça brasileira desde setembro de 2018, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, decretou sua prisão; Temer havia determinado sua extradição para a Itália em dezembro; em meio a razões humanitárias e desejo de vingança, o caso Battisti tende a recrudescer a já inflamada polarização ideológica que se alastra pela América Latina
247 - O italiano Cesare Battisti foi preso na cidade de Santa Cruz da La Sierra na Bolívia. Ele era considerado foragido pela Justiça brasileira desde setembro de 2018, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, decretou sua prisão. Temer havia determinado sua extradição para a Itália em dezembro. Em meio a razões humanitárias e desejo de vingança, o caso Battisti tende a recrudescer a já inflamada polarização ideológica que se alastra pela América Latina. 
reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que "ainda não há informações sobre os próximos passos de Battisti."
A Itália reivindica a extradição porque ele foi condenado em seu país pelo suposto assassinato de quatro pessoas na década de 1970.
Na perseguição a Battisti, a Polícia Federal brasileira no Brasil a busca do zero, sem nenhuma pista do paradeiro. "Para tentar encontrar o italiano, a polícia chegou até a fazer um quadro com diversas imagens de possíveis disfarces", afirma a reportagem.



Novo documentário sobre “facada” reforça suspeitas e necessidade de apuração


Mais um vídeo produzido pelo ‘True or Not’ chama a atenção para outras perguntas sem respostas que se acumulam em torno da ‘facada’ sofrida pelo então candidato à presidência da república Jair Bolsonaro; desta vez, o vídeo destaca a presença do ‘homem da camiseta azul’, que tentou evitar a aproximação de Adélio ao candidato e que teve seu depoimento suprimido pelas investigações; as novas imagens divulgadas – com nitidez impressionante – corroboram a tese de que houve uma ação deliberada que contou com vários participantes e que houve mais de uma tentativa de ataque, antes da ‘facada’ propriamente dita; pode-se ouvir a frase: “calma, tem que ter paciência”; veja o vídeo
247 – Mais um vídeo produzido pelo ‘True or Not’ chama a atenção para outras perguntas sem respostas que se acumulam em torno da ‘facada’ sofrida pelo então candidato à presidência da república Jair Bolsonaro. Desta vez, o vídeo destaca a presença do ‘homem da camiseta azul’, que tentou evitar a aproximação de Adélio ao candidato e que teve seu depoimento suprimido pelas investigações. As novas imagens divulgadas – com nitidez impressionante – corroboram a tese de que houve uma ação deliberada que contou com vários participantes e que houve mais de uma tentativa de ataque, antes da ‘facada’ propriamente dita. Pode-se ouvir a frase: “calma, tem que ter paciência”.
O documentário prossegue até o momento fatídico. Neste ponto, pode-se ouvir as frases: “não te falei?” e “Acertaram ele, porra”. As imagens mostram que havia uma expectativa ampla e generalizada por um ‘ataque’.
Os novos vídeos divulgados são elementos extremamente relevantes para as investigações que ainda correm sob responsabilidade da Polícia Federal.
O mais impressionante, no entanto, é que nem Bolsonaro, nem seus filhos e nem seus aliados pedem uma apuração mais rigorosa do caso. Tudo parece estar devidamente tranquilo para todos eles que, em tese, deveriam ser os maiores interessados em esclarecer a motivação e restituir a cena do ‘crime’ com fidedignidade técnica.
As imagens do atentado de 6 de setembro de 2018 que definiu as eleições nas próprias palavras de Bolsonaro ainda submergem em uma cortina de fumaça promovida agora, de maneira surpreendente, pelo governo liderado pela ‘vítima’.
As investigações ‘independentes’ do caso devem continuar até que a pressão popular pela busca da verdade factual do episódio ganhe o contorno dramático dos expectadores que perdem a cena principal de um filme.