Mais uma
revelação bombástica: o miliciano Adriano da Nóbrega, chefe do Escritório do
Crime, e um dos principais suspeitos de assassinar Marielle Franco, também
recebia parte dos salários desviados do gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj;
escândalo cresce e torna praticamente insustentável a permanência de Sergio
Moro no governo
247 - No documento
em que pediu à Justiça os mandados de busca e apreensão, o Ministério Público
do Rio afirma que o chefe da milícia Escritório do Crime, o ex-PM Adriano
Magalhães da Nóbrega, ficava com parte dos valores arrecadados na
"rachadinha" no gabinete de Flávio Bolsonaro à época em que ele era
deputado estadual.
O Escritório do Crime, que atua em Rio das
Pedras, na zona oeste do Rio de Janeiro, é apontado pela Polícia Civil do Rio e
pela promotoria como responsável pela morte da vereadora Marielle Franco
(PSOL), em março de 2018. Adriano está foragido da Justiça.
De acordo com o
Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc), diálogos de
WhatsApp da ex-mulher do miliciano, Danielle Mendonça da Costa, com o
ex-assessor Fabrício Queiroz — apontado como operador financeiro no esquema do
gabinete de Flávio — e com Adriano mostram que o chefe do Escritório do Crimes
tentou manter sua ex-esposa no cargo e admitiu que era beneficiado por parte
dos recursos desviados por parentes dele também nomeados na Assembleia
Legislativa do Rio (Alerj).
Em conversa no dia 6 de janeiro, Danielle
relata a Adriano problemas financeiros e ele se compromete a ajudar com
"um complemento". Nessa mesma conversa, o ex-PM afirma que
"contava com o que vinha do seu também", indicando que recebia parte
dos valores oriundos de rachadinha no gabinete de Flávio. O MP não revela,
contudo, o quanto Adriano teria embolsado.
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