Foto: Divulgação/ Portal Brasil) |
O número de
beneficiários dos principais programas de auxílio para famílias que vivem na
pobreza ou na extrema pobreza está caindo no Paraná. E ao que tudo indica,
deverá cair ainda mais. E isso não acontece porque a desigualdade esteja
diminuindo e/ou a pobreza retrocedendo, mas porque a crise do Estado (tanto no
âmbito federal como no estadual e municipal) tem obrigado o corte de orçamento
para programas sociais como o Bolsa Família e o "Minha Casa, Minha
Vida".
Para o próximo ano, por exemplo, a
estimativa é que o Bolsa Família sofra um corte de 7,8%, enquanto o "Minha
Casa, Minha Vida" teria perderia 42% de seu orçamento.
Em entrevista ao jornal Extra, do Rio de
Janeiro, o economista Francisco Menezes, consultar da Action Aid e do Ibase,
estimou que, no caso do Bolsa Família, esses cortes poderiam significar 400 mil
famílias a menos sendo atendidas em 2020. Isso, é claro, caso prospere a
proposta orçamentária do governo.
"Em função do quadro social, o
problema da fome está reaparecendo de forma grave. Num contexto de pobreza e
extrema pobreza, o programa deveria ter sido ampliado. A opção por um programa
de austeridade para superar a crise penalizou os mais pobreS", disse o
economista em entrevista ao jornal.
No Paraná, desde maio deste ano o número
de beneficiários do programa federal vem caindo. No quinto mês do ano, haviam
287.845 famílias recebendo o auxílio. Em outubro, já eram 263.156, uma queda de
8,6%. E os números vão sofrendo redução mês a mês, seguindo a tendência
nacional: no país, haviam 12.229.847 beneficiários em outubro, número 5,1%
menor que os 12.880.880 registrados em maio deste ano.
Dads da Folha de S. Paulo, inclusive,
mostram que no governo Bolsonaro tem despencado o número de famílias que
conseguem ingressar no programa. Ate o quinto mês deste ano, 220 mil famílias,
em média, conseguiam o benefício por mês. Em junho, caiu para 2.500, e desde
então o patamar tem se mantido baixo. É a primeira vez na historia do programa
que o número de ingressantes fica tanto tempo abaixo de 10 mil famílias.
A estimativa do governo, extraoficial,
aponta que há atualmente cerca de 700 mil famílias brasileiras aguardando para
entrar no programa de transferência de renda. Por falta de dinheiro, contudo, o
governo federal estaria barrando a entrada de novas famílias.
Fonte:
Bem Paraná
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