segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Oposição checará presença de milicianos em indulto de Natal de Bolsonaro

Bolsonaro e suas ligações. Foto: Reprodução/Jornal GGN


Se não houver recuo, o presidente Jair Bolsonaro deve fechar o ano com mais uma polêmica. Às vésperas do Natal, o tradicional indulto presidencial deve ser tão contestado quanto os que foram assinados por Michel Temer (MDB). No governo bolsonarista, saem os investigados por corrupção liberados pelo emedebista e entram policiais militares e outros agentes de segurança envolvidos em crimes. De mãos amarradas, a oposição já se prepara para fazer um pente-fino nos nomes indultados.
A luz de alerta acendeu em agosto, quando Bolsonaro avisou em café da manhã com membros da imprensa que seu primeiro indulto “traria nomes surpreendentes”. O presidente avisou que gostaria de libertar policiais envolvidos em casos famosos, como a invasão do extinto presídio do Carandiru, do ataque em Eldorado do Carajás e o caso do ônibus 174. Com a produção por atacado de crises do governo, o assunto acabou saindo dos holofotes. No último sábado, Bolsonaro tocou novamente no assunto e disse que não há possibilidade do indulto não contemplar agentes de segurança de diversas categorias. Foi uma resposta à proposta de indulto de Natal apresentada pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), que deixou de fora a categoria.
A principal preocupação é com a liberação de policiais envolvidos com milícias, relação que assombra o governo desde antes da posse de Bolsonaro. Vai na linha histórica das posições do atual ocupante do Palácio do  Planalto, que chegou a defender que as milícias muitas vezes só querem “organizar a segurança de sua comunidade”.
Fonte: DCM


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