sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Em desespero, Bolsonaro parte para o ataque contra MP e juiz


Cada vez mais acuado pelas denúncias de corrupção que atingem diretamente o filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro, Jair Bolsonaro criticou duramente o MP-RJ e afirmou que, “pelo que parece”, uma filha do juiz da 27ª Vara Criminal do Rio, Flávio Itabaiana, seria funcionária fantasma do governo do Rio de Janeiro.
(Foto: ADRIANO MACHADO - REUTERS)

247 - Acuado pelas denúncias de corrupção que atingem diretamente o filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro, Jair Bolsonaro criticou duramente o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), responsável pela operação desta semana que cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao parlamentar e afirmou que, “pelo que parece”, uma filha do juiz da 27ª Vara Criminal do Rio, Flávio Itabaiana, seria funcionária fantasma do governo do Rio de Janeiro. Itabaiana foi o magistrado que autorizou os mandados solicitados pelo MP fluminense. 
“Você já viu o MP do Estado do Rio de Janeiro investigar qualquer pessoa, qualquer corrupção, qualquer gente pública do Estado? E olha que o estado mais corrupto do Brasil é o Rio de Janeiro. Vocês já viram? Vocês já perguntaram pro governador Witzel porque a filha do juiz Itabaiana está empregada com ele? Já perguntaram? Pelo que parece, não vou atestar aqui, é fantasma. Já foram em cima do MP (para) ver se vai investigar o Witzel?”, disse Bolsonaro nesta sexta-feira (20),  na saída do Palácio da Alvorada.
Bolsonaro criticou a decisão de Itabaiana, feita em abril, que resultou na quebra do sigilo de 86 pessoas e nove empresas ligadas a Flávio no tempo em que ele era deputado pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). “Vocês perguntaram para o juiz Itabaiana como é que ele quebra 93 sigilos em cinco linhas? Fizeram busca e apreensão em casas de pessoas que não tinham nada a ver com isso”, afirmou. 
Ele também rebateu as acusações de que seu filho teria utilizado uma franquia de chocolates para lavar o dinheiro proveniente do esquema operado pelo ex-assessor Fabricio Queiroz na Alerj. “Arrombaram a loja de chocolate do meu filho. Se tivesse, se tivesse, se tivesse algo errado, não teria sumido? As franquias são controladas. Não é o cara que abre uma franquia e a matriz abandona. Ninguém lava dinheiro em franquia”, disse.
“ Acusaram ele de estar ganhando mais na casa de chocolate. O que acontece, quem leva mais cliente para lá, ele leva um montão de gente importante, ganha mais. É mesma coisa chegar para o, deixa eu ver, o Neymar e (perguntar) "por que está ganhando mais do que outros jogadores?". Porque ele é o mais importante. Não é comunismo”, emendou


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