O acordo
de delação de Sergio Cabral foi submetido ao ministro Edson Fachin, do STF,
porque um dos anexos se refere ao deputado Aécio Neves (PSDB-MG), caso em que o
ministro é relator
Cabral delata Aécio e aponta propina de R$ 1,5 milhão na campanha de 2014 (Foto: Foto: Wellington Pedro/Imprensa MG) |
247 – O deputado Aécio Neves (PSDB-MG), protagonista do golpe
de 2016 e símbolo maior da impunidade no Brasil, foi delatado por Sergio
Cabral, segundo informa o jornalista Ítalo Nogueira, em reportagem publicada na
Folha de S. Paulo.
"Preso há
três anos, Cabral passou a confessar desde o início de 2019 os crimes que lhe
são atribuídos: corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Assumiu
no primeiro semestre ser o dono de cerca de US$ 100 milhões (R$ 407 milhões)
devolvidos em 2017 por dois doleiros que se tornaram delatores. Também abriu
mão, junto com a mulher Adriana Ancelmo, de bens como apartamentos, carros,
lanchas e dinheiro em contas já apreendidos", aponta o jornalista.
"Cabral ratifica a entrega desses
bens no acordo com a PF, ainda que já em poder da Justiça. Não há previsão de
devolução de recursos, embora haja sinalização sobre a entrega de novos bens
ainda não avaliados. O acordo de delação foi submetido a Fachin porque um dos
anexos se refere ao deputado Aécio Neves (PSDB-MG), caso em que o ministro é
relator. Nos demais, Cabral menciona atos ilícitos de ministros do STJ
(Superior Tribunal de Justiça), TCU (Tribunal de Contas da União) e
deputados", diz ainda a reportagem.
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