Greve dos caminhoneiros paralisou o país em maio de 2018 |
No último dia 8, uma das lideranças dos caminhoneiros
autônomos, Marconi França, anunciou que a categoria vai realizar uma
paralisação na próxima segunda-feira (16). Em vídeo gravado na sede da Central
Única dos Trabalhadores (CUT) do Rio de Janeiro, Marconi afirmou que a greve seria massiva e iria "parar
o Brasil". Porém, lideranças que participaram da paralisação de 2018,
afirmam que o movimento está sendo puxado pela esquerda com o objetivo de
atrapalhar o governo Bolsonaro e que, por isso, a
categoria não irá aderir com o mesmo peso.
Além de representantes do Nordeste, estavam presentes no
vídeo de divulgação caminhoneiros de São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Paraíba
e Mato Grosso. Segundo Marconi, o que está motivando a paralisação é a
insatisfação com o governo de Jair Bolsonaro, que não teria
cumprido promessas aos trabalhadores. Segundo o blog da
Vera Batista, do jornal Correio Braziliense, primeiro veículo a divulgar o ato,
“pelo menos 70%” dos cerca de 4,5 milhões de profissionais autônomos e
celetistas devem parar.
Marconi, que
assumiu contar com o apoio da CUT, foi além e chamou a população a abraçar a
greve junto com a categoria. "Você pai e mãe de família que não está satisfeito
com o preço da gasolina, com o preço do gás. Essa briga é por todos",
disse.
Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco,
foi uma das lideranças que mobilizou as
paralisações de 2018. Ele afirma que desta vez a
mobilização não conta com apoio amplo dentro da categoria. Dedeco diz que essa
é uma manobra da esquerda para atrapalhar o governo Bolsonaro. Segundo o
caminhoneiro, esta greve não terá força.
Mudando o discurso
que tinha em abril, Wanderlei afirma que os
profissionais estão sendo atendidos pelo governo Bolsonaro. "Em relação à categoria,
ele está atendendo todas as pautas da categoria. Ele está com as portas abertas
para a categoria. É uma meio dúzia de lideranças de esquerda que querem tocar o
terror. Querem fazer o caos para derrubar o governo e querem usar os
caminhoneiros como massa de manobra", diz Dedeco.
A reportagem entrou em contato com a CUT, mas não obteve
resposta.
Fonte: Congresso em Foco
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