O jornal
da família Frias, que apoiou o golpe de estado de 2016 contra a ex-presidente
Dilma Rousseff e a eleição fraudada de 2018 sem a participação do ex-presidente
Lula, apela neste domingo para que o Legislativo e o STF contenham os ímpetos
autoritários do projeto neofascista de Jair Bolsonaro, que só chegou ao poder
com a conivência da mídia corporativa
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(Foto: Marcos Corrêa/PR | Webysther Nunes) |
247 – O jornal Folha de
S. Paulo, que em 2016 apoiou a destruição da democracia brasileira com o golpe
de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff e apenas três anos depois se
tornou alvo da ira neofascista do bolsonarismo, apela neste domingo para que os
poderes Legislativo e Judiciário contenham o projeto neofascista que se tenta
implantar no Brasil.
"Os reiterados flertes do governo
Jair Bolsonaro com símbolos autoritários ampliaram o clima de desconfiança no
Legislativo e no Judiciário e reforçaram a avaliação nesses dois Poderes de que
a estabilidade e a segurança jurídica e institucional do país dependem, cada
vez mais, do Congresso e do STF (Supremo Tribunal Federal) —e menos do Palácio
do Planalto", aponta a principal reportagem deste
domingo do jornal da família Frias, assinada pela jornalista Thais Arbex.
"A reação
imediata dos presidentes do Supremo, Dias Toffoli, e da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), à fala do ministro Paulo Guedes (Economia) sobre o AI-5 teve caráter
quase que pedagógico, avaliam congressistas e ministros das cortes
superiores", aponta ainda a jornalista, que diz que "Toffoli e Maia
atuaram para estabelecer limites, freando a escalada da retórica autoritária do
governo."
A realidade, no entanto, aponta que os
principais veículos da mídia corporativa vivem uma situação esquizofrênica no
Brasil. Apoiaram o golpe de 2016 para que fosse implantado um projeto
neoliberal na economia, mas lamentam que este mesmo projeto esteja sendo
implantado com tintas autoritárias e neofascistas – sem se dar conta de que
neoliberalismo e democracia talvez sejam incompatíveis nos dias atuais.
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